LÓTUS (pjm+jjk)

Capítulo 17 - JK ✨

O som dos passos apressados de Jimin ecoava na minha cabeça enquanto eu o seguia para dentro do galpão. Mesmo com o enjoo e a tontura que pareciam me fazer cambalear, não conseguia deixá-lo sozinho, não depois daquele estrondo.

Quando entrei, o som alto das músicas ainda dominava o ambiente, abafando qualquer outro ruído. Gente dançando, rindo e cantando, completamente alheia ao caos momentâneo que acontecera. Respirei fundo, tentando manter o controle enquanto olhava ao redor.

— Só um dos barris... explodiu ou algo assim. Nada grave — ouvi alguém comentar ao fundo.

De fato, o que vi era um grupo tentando organizar a bagunça. A explosão tinha derramado cerveja por todo o chão, molhado algumas pessoas e deixado um cheiro forte no ar. Era caótico, mas ninguém parecia ferido, só irritado ou rindo da situação.

Eu não ia ficar lá ajudando. Já estava passando mal o suficiente e me recusei a acrescentar limpar cerveja à minha lista de tarefas. Caminhei até a mesa de comida, peguei um pedaço de pizza fria e me sentei, tentando ignorar a dor latejante na minha cabeça e o enjoo ainda presente no meu estômago.

— Tá tudo bem por aqui? — a voz de Namjoon soou perto de mim, e ele se aproximou com Jin ao lado, ambos com expressões de preocupação.

Dei de ombros, mastigando a pizza com preguiça.

— Acho que sim. Não foi nada demais, só o barril mesmo.

— E você? — Namjoon arqueou uma sobrancelha, parecendo desconfiado.

— Eu tô bem. Minha cabeça tá latejando, e acho que bebi mais do que devia. Amanhã eu lido com isso — murmurei, esfregando os olhos.

Jin cruzou os braços, me analisando como se fosse meu irmão mais velho.

— Jeon, não fica noiado com essas coisas. Você sabe que o Jimin só vai falar sobre o que tá rolando quando se sentir confortável. Não adianta forçar ou pirar com ciúmes barato.

— Não tô pirando — retruquei, mas nem eu acreditava naquilo.

Namjoon riu baixo, dando um tapinha leve no meu ombro.

— Claro que não. Enfim, tenta descansar. Você tá com uma cara horrível.

Antes que eu pudesse responder, Jin me puxou gentilmente para o sofá vazio no canto do galpão.

— Deita aqui. Você tá precisando — ele disse, empurrando minha cabeça para o estofado enquanto cobria meu corpo com sua jaqueta.

— Eu tô bem... — comecei, mas a verdade é que o mundo estava girando demais para eu insistir.

— Shhh. Dorme um pouco. Amanhã você resolve as coisas com calma — Jin disse, sua voz mais gentil agora.

Fechei os olhos, o som abafado da música e as risadas ao fundo se misturando em algo distante. Por ora, só queria que minha cabeça parasse de doer. Vez ou outra, eu abria os olhos, observando o caos ao meu redor. Gente espalhada pelo galpão, o som ainda pulsando baixo em algum canto, garrafas vazias e restos de comida pelo chão. Tudo parecia meio surreal, como um sonho confuso de uma noite que tinha ido longe demais.

Em um momento, Jimin apareceu ao meu lado, me trazendo um remédio e um copo d'água. Ele se inclinou e deixou um beijo suave na minha testa, como se aquilo pudesse curar o caos interno que eu sentia. Sorri levemente antes de fechar os olhos novamente, desta vez apagando de verdade.

Quando abri os olhos novamente, o sol já invadia o galpão pelas frestas das janelas, com uma intensidade que parecia penetrar diretamente na minha cabeça. Me mexi devagar, sentindo o desconforto no corpo enquanto olhava ao redor.