The Craiova's

A mundança

  Megalla atendeu a ligação dos seus pais enquanto descia do aeroporto internacional da Romênia. Sorriu enquanto deslizava a mala pelo longo corredor rumo ao ponto de taxi.

— Gente, estou chegando em casa em duas horas, sem estresse.

Sehun riu baixo e Kris bufou que ela era sempre a mesma insuportável. O rei lhe disse um oi amável antes de Hunnie prosseguir:

— Também estamos atrasados, meu bem, problemas de última hora, comece por nós caso não cheguemos a tempo, Nat também vai chegar em cima e Kyung ficará nervoso se tiver de fazer isso sozinho, receba os convidados e faça sala, por favor.

— Desconfiei que tinham saído para pescar mesmo quando liguei essa manhã. Não tem vergonha de convocar a elite do reino só para fazerem eles esperarem por vocês três? Isso é um teste para o pobre do consorte da Nat também? Porque parece.

— Dessa vez foi mesmo um acidente, Meg.

Megalla riu com a voz culpada de Hunie. Ela era a única que conseguia falar com aqueles três juntos e ainda receber uma confissão daquele tipo. A história deles quatro tinha os ligado de tal forma que ela era meio que uma extensão da tríade, e mesmo vivendo tão distante deles nos últimos anos, a conexão nunca se rompeu ou diminuiu, eles eram seus mesmos pais, só que mais velhos e bem casados – Finalmente, porque ninguém merece o Kris sem sexo – e ela pensava sempre que já era hora de se aposentar também e voltar a morar perto deles. As indústrias Ryven caminhava com as próprias pernas agora, ela podia se dar aquele luxo.

— Então se eu for a dama tríade perfeita essa noite eu ganho estrelinhas e posso fazer um pedido?

Silêncio do outro lado e era como se pudesse ver os três trocando olhares confusos. Sim, ela nunca pedia nada embora ao longo dos séculos eles tentassem mimá-la de tudo que era jeito.

— Você encontrou sua alma gêmea?

Sehun perguntou curioso:

— Pelos deuses Megalla, me diz que não é lobo, só isso, eu não posso ter um ataque de nervos agora!

Kris tinha dois lobos na família e ela bem sabia que adorava eles, embora jamais admitisse, mas a rixa com lycans continuava intacta da sua parte. Ele jamais perdoara a raça pelo que tinham feito com tia Carmen embora agora os lycans tivessem quase tantas regras quando os vampiros e fossem uma raça bem-comportada.

— Deixem-na dizer o que quer, apenas ouçam.

Seu rei e o homem mais perfeito do mundo disse em tom paciente e ela entrou no taxi sorrindo de orelha a orelha. Pelos deuses, amava aqueles três machos mais do que tudo no mundo.

— Vocês estão planejando se aposentar, não é? E eu queria saber se tem um espacinho para mim também.

— Que pergunta é essa menina? Você é nossa filha, é lógico que tem, aliás você demorou, inferno! Achei que essa coisa de ser executiva independente e dona da porra toda tivesse subido a sua cabeça. Não são lobos, graças aos deuses!

Kris disse irritadinho e Megalla gargalhou.

— Sério Kris, pare de usar esses termos juvenis populares que fica estranho, você não está falando isso com seu consorte, está?

— Claro que não, ficou louco Sehun!? Eu só estou usando isso com vocês, o quê? Viraram velhos gagas de vez, é isso, você conhece esse termo, inferno!?

— Meus deuses, vocês estão ficando impossíveis.

O rei disse e ela podia visualizar ele levando as mãos na cabeça desolado enquanto Kris e Hunie se olhavam cínicos. Conhecia todas as versões daqueles homens, os lordes e o rei, os homens amáveis com suas respectivas famílias e os garotões briguentos que se revelavam com ela. Com ela, eles eram apenas seus três pais vampiros todos fora da curva.