a pele que habita é
nua de vergonhas, é
assim um pano úmido
de marcas de passadosé também um cobertor,
um amparo de silêncio —
quando chora, adoece, e
quando ri, se iluminaa pele que habita tem
no tato esses teus mapas:
e lhe decifra o dedo certo e
lhe rasga os tantos tapas▪ ▪ ▪
Curioso que, nesse caso, uma foto me inspirou a pele. A foto é minha, e nela se vê o meu avô: pioneiro tangaraense, homem que foi mocinho e vilão de tudo e de nada. Foi, porque hoje não é mais: o alzheimer o acometeu. Para nós, as lembranças, para ele, o delírio.
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Um Punhado de Grãos
Poetryaqui, meus escritos de puro senso estético. não descarto o algo a mais que o leitor possa achar, mas senti a necessidade de contar logo a verdade por trás disso: não são os arrepios que passam, mas a beleza que fingem. 🏆 Eleita uma das melhores his...