nada como aí andar, às soltas,
feito cão de solidão roendo a fibra
dessa obstruída juventude;
aí andar correndo em tempo
de pegar os bondes, aos montes, e
fugir pra Bahia e pitar,
com todos os santos de lá,
à beira do mar,
nos areais, nos cais,
nas ruas de pedra das vielas
na cidade baixa,
com as cabrochas do morro do capa-negro
onde muito negro se curvou,
onde muito espinhaço cantou e
onde hoje cantam os violões
sobre como há nada como aí
andar à solta feito cão de solidão.▪ ▪ ▪
VOCÊ ESTÁ LENDO
Um Punhado de Grãos
Poesiaaqui, meus escritos de puro senso estético. não descarto o algo a mais que o leitor possa achar, mas senti a necessidade de contar logo a verdade por trás disso: não são os arrepios que passam, mas a beleza que fingem. 🏆 Eleita uma das melhores his...