rondonianinho

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tarde que deita lá pra onde deito os olhos.
é guri pelado, barrigudo, que me passa em frente à porta
que nem infância que lá tive no quintal que era Rondônia.
pé de abiu, de ingá, de manga,
era infância que trepava,
era infância desbragada que caía
lá do alto com ruído para o chão.

e a música na tarde que entrava na noitinha
ia assim fazendo as sombras rebolarem de assanhadas,
mais moleques se ajuntavam, demoravam nas perversas brincadeiras que na rua trovejavam.

passa infância, vai correndo,
tão logo despe da nudez da ignorância,
cá me deixa a ter saudades,
no vagão da meia-idade,
a namorar vasta alegria
que era infância que lá tive no quintal que era Rondônia.

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Um Punhado de GrãosOnde histórias criam vida. Descubra agora