foi devagarinho, assim,
aos poucos, que a gente foi
aprendendo a olhar
o mundo através da janela de casadas coisas, das ruas,
residentes e afins,
um dia cheio de chuva,
de frio, de cobertor, de presença de mãe,
latidos de angústia,
aconchego e manhãs,
a fome, o sofrimento e
os olhos de Alah
bem para lá da compreensãoeu não sei aonde esse tempo vai,
eu não sei porque esse tempo foge assim —
pois de nos faltar tudo,
nos falta sobretudo tempo.
pois de nos faltar tudo, nos
falta
sobretudo tempo.quando criança, eu
o tive para brincar.
na adolescência,
para me apaixonar.
e quanto mais eu via
a coisas desse dia-a-dia,
menos eu queria olhar.foi devagarinho, assim,
aos poucos, que a gente foi
aprendendo a engatinhar
pela porta de casa afora▪ ▪ ▪
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Um Punhado de Grãos
Poetryaqui, meus escritos de puro senso estético. não descarto o algo a mais que o leitor possa achar, mas senti a necessidade de contar logo a verdade por trás disso: não são os arrepios que passam, mas a beleza que fingem. 🏆 Eleita uma das melhores his...