- Não quero que sua filha se aproxime do meu filho! - A voz grossa ecoou alto pela sala da diretoria - Sua filha não é o modelo certo para estar com ele!
- Eu não estou aqui para falar com quem minha filha deve andar ou não, ela é só uma criança! - Estava tão decidida naquela manhã, ficaria o dia todo nessa discussão sem se importar em perder o horário no trabalho se fosse o caso, para defender sua filha.
- Ela quebrou o braço do meu filho, além de ter deixado vários arranhões em seu rosto - A voz estérica da senhora Cleymont conseguia ser mais irritante do que a de seu marido, os dois mantinham um olhar critico intercalando entre a moça sentada na poltrona ao lado até o diretor que observava aquilo em silencio.
- Nossos filhos só estavam brincando, foi apenas um infeliz incidente - Com calma ela se pôs a encarar o casal ao seu lado.
- Um incidente provocado pela estupida da sua filha! - Aquilo soou alto outra vez, com um certo nojo em sua fala, a estéria dos Cleymont a fazia querer erguer a voz também para os colocar em seus lugares, mas só agravaria sua situação a frente da diretoria.
- Não fale assim dela, jogue seus insultos em mim mas não desconte em minha filha - Sua respiração acelerou e seu punho se fechou, em uma tentativa falha de se controlar para não ir para cima da senhora Cleymont e lhe ensinar bons modos - Ela não tem culpa de nada! - A senhora Stendal afirmava com convicção.
Suas mãos se cerraram em um aperto mais firme ao encosto da cadeira em que sentava, e a moça se pós de pé e seguiu ao fundo da pequena sala com um semblante serio.
- Com uma mãe estupida como..
- Estupida é você apontando algo que não existe em lugar nenhum, seu filho é grande para saber o que é bom ou ruim a ele, então não haja como se minha filha fosse responsável por escolhas que só cabem a ele.. - Um olhar desacreditado surgiu na mulher a seu lado, como uma Stendal estava aumentando o tom de voz com sigo? a senhora Cleymont se questionou.
- Senhora Stendal exijo que não repita esse insulto outra vez - O diretor a interrompeu - Vocês estão em um colégio, não na rua ou em qualquer outro local, peço respeito!
- Respeito? - Seu olhar seguiu para todos da sala - Esses pais insultam minha filha na sua frente e o senhor não faz absolutamente nada e tem a cara de pau de pedir respeito?
Uma camada de suor se estendia por sua testa, estava desgastada demais pela semana corrida no trabalho para se dar mais ali, estava decidida que naquela semana iria retirar Margo daquele maldito colégio, estava destruída de ver sua filha sempre cabisbaixa depois de uma manhã rotineira naquele lugar.
- Podem ter certeza que minha filha nunca mais irá cometer o mesmo erro de descer o nível e se envolver com um Cleymont! - Abriu um sorriso quando pode observar as expressões incrédulas que todos fizeram naquela sala - Bom acho que terminamos com o assunto, passar bem aos senhores, ate nunca mais! - A senhora Stendal seguiu ate a porta sem esperar alguma ordem ou chamado que a impedisse, ignorou as viradas de olhos e os insultos baixos, antes que o diretor falasse algo se retirou sem olhar para trás.
Ajeitou sua bolsa em seu ombro, levando sua mão a seu cabelo castanho o ajeitando como pode, dando adeus a secretária enquanto mantinha um sorriso simpático, o dia estava sendo tão estressante mas sua cabeça não parava de pensar em sua filha, só uma pessoa suja para insultar uma criança daquela forma, pensou para si mesma que nunca mais deixaria alguém se achar no direito de xingar sua filha, o incidente não passou de uma brincadeira que acabou errado, sua filha nunca machucaria alguém com intensão, tirara a filha desse inferno.
Se pôs parada em frente à porta, observou os desenhos de abelhas que a preenchia, sorriu de canto ao imaginar as pequenas crianças se divertindo ao desenharem suas abelhas, logo seu semblante voltou a ficar sério, com cuidado bateu na porta duas vezes e logo a professora abriu, seu olhar correu pela sala de aula se encontrando com uma Margo imersa em seus pensamentos sentada enquanto observava sem o menor interesse o movimento no estacionamento pela janela, sua filha que sentava ao fundo, estava tão quieta e assim que seus olhares se encontraram seus olhinhos brilharam e Margo logo abriu um sorriso.
- Com licença professora - Sorriu simpática a senhorita Clarice - Eu estou aqui para pegar a Margo mais cedo, como te avisei ontem pela manhã - A professora acenou e uma Margo sorridente veio em sua direção, levando com sigo sua pequena bolsa, enquanto a ajeitava em sua costa.
- Está tudo bem querida? - Senhorita Clarice questionou a pequena, enquanto Senhora Standel logo que a menina se aproximou, a fez um carinho em sua cabeça enquanto observava a inexpressão que voltava a pairar em Margo.
- Já vamos para casa né meu amor - Sorriu para a pequena - Nada que um bolo enorme de aniversário não a anime! - Ela se ajoelhou em frente a menina e fez cócegas em sua barriguinha, fazendo com que a garotinha ficasse um pouco sem fôlego, já com as bochechas rosadas a menina pedia para parar com aquilo - Até mais senhora, pode se despedir meu amor.
- Tchau - Margo dedilhou as palavras com um tom baixo, realmente aquele colégio sugava a felicidade de sua filha.
Margo levou sua mão até a de sua mãe, em um aperto quase como um pedido para que fossem o mais cedo possível embora dali, entendendo seu pedido a senhora Stendal se pôs de pé e Margo a puxou dali, sem ao menos olhar para traz, tão decidida quanto a mãe.
*Aqui é a escritora e meu Deus levei um tempo para revisar e desenvolver melhor essa budega e mesmo assim sinto que falta muito em relação a minha minha pequena experiência com escrita publicado algo mais longo e complexo, mas espero que tenham gostado, essa seria a primeira vez que me dedico realmente a algo aqui na wattpad, creio que n vai ficar conhecida.. porém quero explorar meu lado escritora por aqui, espero mesmo que tenham gostado, se vale de consolo esse foi apenas o prolongo, beijos amados e até breve*
PLÁGIO É CRIME
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Ao Norte
FanfictionAquela garota com o olhar perdido para o céu me fazia ficar eufórico, como pode ela estar tão calma em um momento desses? Ela não havia mudado nada, seus olhos castanhos continuavam imersos em seus pensamentos, eu amava a observar, ficaria horas a o...