5: Fogo de Artifício

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- ALERTA DE GATILHO –

Esse capítulo possui cenas envolvendo baixa autoestima, relacionamentos abusivos, alcoolismo e racismo. Respeite os seus limites!

...

Você já se sentiu

Como um saco plástico

Flutuando com o vento

Querendo começar de novo?

Você já se sentiu

Se sentiu tão frágil

Como um castelo de cartas

A um sopro de desmoronar?

Você já se sentiu

Como se estivesse enterrado bem fundo

Gritando a sete palmos

Mas ninguém parece ouvir nada?

Você sabe que ainda

Há uma chance para você?

Porque há uma faísca em você

- Katy Perry -

4 meses e 26 dias para O Dia

Às quatro horas da tarde, as aulas do curso de Psicologia daquele dia acabaram. Ao tocar o sinal, Astrid arrumou suas coisas na mochila e se preparou para pegar o ônibus e partir para a sua querida residência.

Ao chegar no ponto de ônibus, percebeu alguns dos seus colegas de classe esperando o transporte público e se juntou a eles.

Cinco minutos depois, sentiu uma movimentação no portão de saída da escola. Virou-se em direção aquilo e ergueu as sobrancelhas ao visualizar um carro nunca visto naquela instituição de ensino antes por ela.

O veículo prata passou pelo ponto de ônibus mas, ao invés de seguir destino, estacionou. Enquanto isso, Astrid tentava adivinhar quem era o ser por trás daquelas janelas com películas escuras para a proteção do sol.

Não precisou demorar muito em seus pensamentos sobre aquilo. Logo, o dono do carro abaixou o vidro.

— Henrique? — A jovem arregalou os olhos e ficou boquiaberta, caminhando em direção a ele.

— Tá indo pra casa? — Ele perguntou, quase se atropelando nas palavras.

Ela assentiu e, empolgada com aquilo, entrou no veículo pela porta do carona.

— E aí? O que é isso? — Astrid questionou, colocando seu cinto de segurança e vendo o rapaz pisar no acelerador, rumo a sua moradia.

— Meus pais compraram pra mim! — Ele disse, com sorriso de orelha a orelha — Depois que a gente almoçou, meu pai me ligou e mostrou a surpresa que ele tinha. Disse que foi um presente para me parabenizar pela aprovação no Estrela do Rock!

— Nossa, imagino o quanto você deve estar feliz!

— Pra caramba! Astrid, desde pequeno, eu sonhava com o dia em que eu fizesse dezoito anos e pudesse dirigir!

A Estrela Morta do RockOnde histórias criam vida. Descubra agora