Capítulo 3

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A viagem estava no fim, e como ele agradecia por isso, andar naquele frio doente como estava não era nada agradável. As dores no peito tinham aumentado, e as pernas pesavam mais, sem contar com as constante dor de cabeça. Se o dono da estalagem estiver certo, ao menos poderá passar em um curandeiro e conseguir algum remédio. Continuou caminhando durante algumas horas até chegar na aldeia, o local parecia ter sido próspero um dia, havia várias lojas fechadas, algumas crianças pareciam desnutridas, e a variedade de alimentos vendidos era pouca, sem contar que o número de mendigos era relativamente alto para o da população. Continuou andando até  que resolveu parar para comer,  sentou-se perto de dois homens e disfarçadamente começou a ouvir a conversa tentando descobrir algo.

- Tá cada vez mais difícil pegar peixe, ontem eu peguei alguma coisa na área boa. - disse o que parecia ser o mais novo.

- Não reclame, pelo menos você está vivo. Semana passada um viajante comeu um peixe do rio e agora tá lá na casa da curandeira ardendo em febre.  - disse o mais velho.

- Eu não entendo, como nosso rio foi ficar assim de repente...

Depois de comer, Sasuke perguntou pro balconista aonde morava alguma curandeira e resolveu ir em sua casa. Rapidamente ele chegou ao endereço indicado, uma casa estreita de dois andares, feita toda em madeira. Ele bateu na porta e foi atendido por uma menina de olhos azuis e cabelo castanho que devia ter uns 10 anos.

- Aqui é a casa da curandeira?  - perguntou para a garotinha.

- OBAA-CHAN TEM UM MOÇO BONITO PROCURANDO A SENHORA! - gritou a menina com o rosto virado pra dentro da casa.

Logo em seguida uma senhora de aparentes 75 anos apareceu nos fundos da casa.

- Kin não grite uma coisa dessas, você pode deixar o homem constrangido. Gomen pela minha neta. O que o senhor deseja?

Assim que a senhora terminou de falar ele sentiu uma mãozinha em sua testa,  instintivamente ele segurou o pulso da menina, que  tinha subido em um banco e agora o olhava com uma expressão preocupada no rosto enquanto o analisava, ele a olhou surpreso por não ter sentido ela se aproximar.

- Ele está com febre Obaa-chan. - disse enquanto descia do banco.

- Ah... você quer uma consulta. Kin leve ele pra um quarto, eu vou dar uma olhada nos outros e já levo as ervas, pode começar sem mim.

- Hai obaa-chan! - disse sorridente.

A garotinha segurou o seu casaco e começou a puxa-lo pela casa enquanto ele tinha uma careta no rosto, Sasuke não era acostumado com aproximação,  foram anos viajando sempre sozinho e em geral sempre assustava crianças, menos aquela menina que parecia estranhamente confortável perto dele. Ela o guiou até um pequeno quarto no primeiro andar, chegando lá ele tirou o sapato e colocou a bolsa em um canto.

- Senta aí. - falou apontando para o colchão.

Ele ficou desconfiado, mas preferiu obedecer.

- Agora abre a boca.

Ele não fez nada.

- Você é surdo? - ele continuo sem fazer nada. - Abre a boca vai, tenho que te examinar.

- Você? Me examinar? - olhou desconfiado para a menina.

- É, eu. Agora abre a boca e coloca a língua pra fora.

No fim ele fez o que ela pediu, apesar dele considerar está numa situação vergonhosa pra alguém da sua idade.

- Você tá com a garganta inflamada. Deixa eu ver o seus olhos... - nesse momento ele gelou.

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