(Não) seja descoberto

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—Então o seu crush da botânica sorriu pra você hoje, e você como o grande imbecil que é, saiu correndo dele?—Kirishima perguntou não muito surpreso.

—Do jeito que você fala faz eu me sentir mal, você sabe disso né?—Bakugo grunhiu.

—Só quero enfatizar a sua idiotice mesmo.—disse o outro.

Bakugo revirou os olhos.

—Você deveria ter dito alguma coisa.—disse o ruivo.

—Deveria se aproximar dele, se declarar, sei lá.—falou dando de ombros.—Faça algo.

—Você fala como se fosse fácil.—resmungou.

—Ah, Katsuki, tá ficando insuportável isso, você só fala desse garoto o dia inteiro, não me deixa em paz por um minuto!—grunhiu o ruivo.—Apenas vá lá, dá uns pegas no carinha e chama ele pra sair.

Bakugo ainda se perguntava por quê ainda falava qualquer coisa com Kirishima.

—Você é muito superficial...—resmungou.

—Não sou eu que apaixonei pelo carinha só por causa que ele me deu uma florzinha.—revirou os olhos.—É claro que ele lhe daria uma, até porque ele é do curso de Botânica!

Todavia Kirishima estava certo, como havia se apaixonado pelo esverdeado, pelo simples ato dele ter lhe dado uma flor, quando fora lá a pedido do professor de teatro?

Talvez fosse mesmo um idiota...

Abaixou a cabeça derrotado.

—Ah cara.—suspirou Kirishima.—Ok, desculpa. O que você tem em mente?

(•••)

Estava andando pelo corredor do campus quando percebeu o esverdeado andando logo à frente carregando grandes—e provavelmente pesados—vasos de barro.

Sua vontade de ajudar o esverdeado foi maior do que a sua óbvia vergonha para tal.

Mesmo um tanto nervoso se aproximou do garoto.

—Quer uma ajuda?—perguntou ao chegar ao lado do garoto que parou de andar.

Seu rosto estava um tanto suado e parecia cansado...

—Ah sim, claro.—sorriu.

Bakugo pegou 3 dos seis vasos que o garoto carregava.

—Obrigado.—suspirou o garoto.

—Não tem de quê.—disse sorrindo.

O silêncio reinou depois disso, Bakugo procurou algo para dizer.

—Ah Err...—falaram ao mesmo tempo.

Se olharam.

—Pode dizer primeiro...—disse Bakugo.

—É que...—abaixou a cabeça.—Queria me desculpar pela última vez...—disse baixo.

—O quê? Por quê?—perguntou confuso.

—Err...—começou.—Quando me aproximei muito e tal.—disse baixo.—Eu me animo muito às vezes...—suspirou.—Desculpa se lhe deixei desconfortável.

—Você não me deixou desconfortável!—disse atônito.

—Então por que você correu de mim ontem?—perguntou ele.

Estava ferrado...

Blue Violets Before SpringOnde histórias criam vida. Descubra agora