(Não) molhe o crush

1.3K 230 26
                                    


Bakugo grunhiu enquanto lavava a mão freneticamente.

Kirishima apenas revirou os olhos.

—Ah que nojo.—grunhiu o loiro.

—É, quem me dera.—debochou Kirishima.—Não acredito que você nem ao menos suspeitou do conteúdo do saco, Katsuki.

O saco era ter que aturar Kirishima lhe dando sermões. Como CARALHOS saberia que aquele maldito saco era uma mistura de bicho morto orgânico, restos de plantas e cocô de qualquer animal aleatório?

Bufou ainda esfregando as mãos.

Bem que havia visto Midoriya usando luvas...

—Cala a porra da Boca Eijiro.—rosnou.

O ruivo felizmente não o retrucou, apenas deu um sorriso para o celular.

Bufou. Ultimamente ver seus melhores amigos tão bem estava lhe dando ânsia. Enquanto eles estavam lá de boas, cá estava ele só passando vergonha na frente do crush.

Quando por fim considerou suas mãos limpas—depois de quase arrancar sua pele com a esponja do banheiro—fechou a torneira.

(•••)

Na outra tarde, ainda sentia ardência nas mãos e uma certa vergonha.

Entrou na estufa—Midoriya costumava a deixar aberta—sem muita preocupação.

Se deparou com Midoriya jogando água nas plantas com uma mangueira amarela.

—Boa tarde.—sorriu.

—Oh, boa tarde.—respondeu o esverdeado.

—Deixe-me te ajudar.—disse.

—Pegue aquela outra mangueira ali do lado.—disse apontando para uma torneira aonde ela estava conectada.

Bakugo assentiu e andou até a mangueira e abriu a torneira.

Mas a água—que estava muito forte—jorrou da mangueira com toda força. Tentou fechar a torneira. Todavia já era tarde.

Lá estava Midoriya, totalmente encharcado.

Bakugo arregalou os olhos.

Midoriya passou a mão no rosto antes de olhar.

Ele parecia surpreso.

Talvez fosse pelo seu lado debochado, ou porque achara a cara do esverdeado muito fofinha, mas lá estava ele gargalhando segundos depois.

Midoriya parecia confuso.

Estava sendo tão idiota!

Queria parar, queria mesmo, mas não conseguia.

No entanto apenas engoliu um gole de água logo depois.

Dessa vez foi a vez de Midoriya gargalhar, ele havia pego sua própria mangueira e apontado para ele como vingança.

Sua roupa estava tão encharcada quanto a de Midoriya agora.

—Não vai ficar assim!—disse Bakugo voltando a o molhar.

Logo, o que deveria ser dois garotos de vinte e um anos jogando água nas plantas, virou uma guerra infantil de água.

Quando saiu da estufa naquela tarde, estava tão molhado quanto o esverdeado.

Bakugo ganhou é claro.

E recebeu uma camélia branca como prêmio.

Blue Violets Before SpringOnde histórias criam vida. Descubra agora