HELENA

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Mais uma vez eu acordara mais cedo para resolver algumas coisas que necessitava concluir, dessa vez eu precisava comprar a esperada árvore de natal que Billy tanto havia me pedido, já estava em cima da hora, porém tudo que eu queria mesmo que tard...

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Mais uma vez eu acordara mais cedo para resolver algumas coisas que necessitava concluir, dessa vez eu precisava comprar a esperada árvore de natal que Billy tanto havia me pedido, já estava em cima da hora, porém tudo que eu queria mesmo que tarde, era realizar aquele simples desejo.

Eu me espreguicei, me levantei, tomei um banho bem quente para aquecer meus pés que estavam duros, preparei nosso café da manhã e finalmente a chamei.

Já tínhamos tomado nosso café e já havíamos saído de casa com nosso pequeno carro que não era lá tão espaçoso, mas que nos confortava bastante, já que nossa família era apenas composta por mim e Billy.

Fazia um tempo que andava planejando o preenchimento de alguns espaços, como uma pessoa ao meu lado ou acompanhando Billy no banco de trás do veículo, ou sentando na mesa grande que continha muitos assentos, como até mesmo o sofá da sala, ou talvez mesmo até no quarto vazio que se mostrava frio sem alguém para preenchê-lo, brincando com Billy nos momentos que eu estava na cozinha, ou assistindo um filme ou desenho que ela me insistia em ver quando não podia.

Eu lutava pra que isso acontecesse e meu coração não desistia mesmo após saber que eu poderia tomar um banho de água fria, a espera era sempre cansativa e demorada, mas também ansiosa e almejante.

Eram tantas as possibilidades, eram tantas formas de carinho e de acolhimento, e eu não poderia simplesmente negá-los quando já estavam penetradas em meu coração.

Eu conheci o garoto Bob a primeira vez quando esse desejo veio me visitar, nosso encontro foi tão inesperado que hoje penso em ser coisa do destino, ou que os céus me deram essa belíssima dádiva, foi um dia qualquer como outro e eu entregava as correspondências e reclamações de dívidas que chegavam no estabelecimento que ele mora, uma tempestade fria ocorreu e eu não havia levado meu casaco para o trabalho, foi aí que ele entrou em cena, primeiro me viu pela fresta da janela, depois abriu a cortina para me ver melhor e em seguida abriu a porta, vindo na minha direção.

— Moça, está muito frio aqui fora, você não quer entrar? – Ele desceu as escadas que havia próximo ao enorme portão de grade e então o abriu.

— Muito obrigada pela sua gentileza, mas acho que estranhos não podem entrar na casa dos outros sem nenhum aviso.

— Qual é seu nome? – Ele perguntou.

— Helena, porquê? – Estranhei.

— Eu sou o Bob e você é a Helena, agora já sabemos o nome um do outro e já nos apresentamos, então quer dizer que não somos mais estranhos e também você não está entrando sem aviso, eu é que estou te convidando.

— Você é um garoto muito gentil! – Eu deixei transparecer minha gratidão a ele, apesar de eu não estar conseguindo muito bem, já que estava ventando demais e a neve caia rapidamente sobre meu rosto.

— Obrigado! – Ele sorriu. – Mas venha logo, se não poderá congelar se continuar aqui fora.

E foi assim que nos vimos a primeira vez e pra falar a verdade aquele não era o bairro em que eu trabalhava em Tromso, mas especialmente naquele dia eu fui encaminhada para aquele local, o que provavelmente mostra que eu jamais conheceria esse garoto se não tivesse ido até lá a trabalho, ou se uma grande tempestade não tivesse ocorrido naquela manhã.

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