HELENA

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O tempo estava se passando e eu não tinha muita animação com as luzes que apareciam em cada canto do espaço em que me encontrava, sentir aquela brisa naquele instante pareceu aliviar minha mente, mas meu coração ainda se mostrava um tanto quanto d...

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O tempo estava se passando e eu não tinha muita animação com as luzes que apareciam em cada canto do espaço em que me encontrava, sentir aquela brisa naquele instante pareceu aliviar minha mente, mas meu coração ainda se mostrava um tanto quanto dolorido, ainda estava frio e o vento fazia com que minhas orelhas ficassem geladas e minha boca pálida, eu cogitava a ideia de entrar e quem sabe resolver todos os assuntos pendentes quando amanhecesse, talvez assim estaríamos mais calmos.

Então me levantei daquele chão congelante e voltei o olhar pra minha casa, na expectativa de que tudo corresse bem, por mais impossível que parecesse, quem sabe um pedido a Deus numa noite de seu aniversário, um desejo simples, mas verdadeiro.

A lágrima mais uma vez desceu e eu até pensei que ela fosse congelar tanto quanto eu quase estava, foi aí então que olhei para o céu e percebi que mesmo com as luzes da cidade a Aurora Boreal ainda se mostrava linda e visível, apesar de já ter visto ela mais focada antes, porém como era período de dezembro era surpresa ver que ela havia aparecido.

— Mãe! – Duas vozes gritaram, me alertando dos meus pensamentos.

— Mãe? – Perguntei ao me virar e confirmar que se tratavam de Billy e Bob.

— Ainda é tarde para vermos as luzes de natal? – Billy me perguntou.

— Não vê que ainda falta muito pra amanhecer? Temos quase a noite inteira. – Gargalhei, surpresa por aquele desejo se transformar em tão pouco tempo.

— Isso significa que está tudo bem entre a gente? – Ela me olhou duvidosa.

— Se estiver tudo bem entre vocês dois.

Ela suspirou, olhou pra mim e depois para Bob, provavelmente estava pensando o que iria dizer ou pensando se devia realmente dizer algo.

— Mamãe. – Ela pegou em minhas mãos. – Alguém me disse que nunca é tarde para reflorescer o amor e o perdão que estão apagados dentro do coração, então quem sabe as luzes dessa noite não podem fazê-lo brilhar outra vez.

— Eu tinha certeza que você entenderia. – Acariciei suas bochechas e a abracei, enquanto surpreendentemente ela pegava as mãos de Bob para que ele se aproximasse do nosso pequeno abraço.

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