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»Harry Styles

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»Harry Styles

Fechei o armário e bati o cadeado logo após ouvir o tocar do sino indicando o início de mais um dia de aulas. Olhei no meu horário que ficava colado ao apagador.
 
Logo entrei na sala que correspondia à minha grade de horários, fazendo a conversa cessar, e os alunos se sentarem.

— Bom dia, 3º ano. — saudei enquanto colocava as coisas em cima da mesa, logo recebendo um coro de "bom dia, professor" como resposta. — Onde nós paramos na última aula? - indaguei para a turma que apenas me respondeu levantando o livro que eu havia passado como sendo o que iríamos ler nesse bimestre.

E foi checando os meus materiais que me dei conta de que o havia esquecido. Merda.

— Helena, querida, você se incomoda se eu te pedir pra pegar meu livro? Eu esqueci.. — falei enquanto erguia a chave do meu armário e fazia a minha melhor cara de gato de botas para a morena que deu uma gargalhada gostosa.

— Ai professor, não tem o que você não me peça sorrindo que eu não faça chorando — sorri a vendo pegar minha chave e sair da sala.

Após cerca de um minto e meio, ela volta pra sala e me entrega o livro junto a chave. Deposito um beijo nas costas de sua não em forma de agradecimento e a observo ir em direção em sua carteira balançando a cabeça em negação e com um sorrisinho no rosto.

— Bom, que tal fazer a leitura de hoje? — ela balança a cabeça freneticamente enquanto abre o livro onde paramos. Todos a acompanham e logo ouço sua voz a ler o texto.

"pronto, outra pessoa foi embora. desta vez não me sinto triste ou empalidecido. não sinto nada. quis escrever imediatamente depois da fuga, depois da última mensagem visualizada e não respondida. quis gritar também. escrever um cartaz e pendurar na sacada do prédio. quis grunhir de dor. quis pular, bater o pé e deixar que toda a culpa fosse dissipada. mas não o fiz. agora não tem nada. evaporou. como pode uma pessoa sair da sua vida do nada? do nada. numa quinta-feira vocês conversam sobre cinema peruano e na sexta-feira nada. a semana inteira planos, qual melhor lugar para ver o pôr do sol, quanto está o quilo do pão aí no seu bairro, o sexo de domingo foi muito bom, né? e na sexta-feira nada. em menos de 24 horas as coisas se tornam cruas, pesadas e superficiais. a intimidade dá espaço a um vazio e você se sente culpado, o que eu deixei de fazer? meu deus do céu eu não posso ser tão desinteressante assim, onde foi que errei? de repente nada. e de repente tudo. desta vez não sei. foi tudo tão rápido. ainda dói. a quem estou tentando enganar? é claro que dói, porra. dói muito. mas amanhã quem sabe isso passe. vou torcer pra que sim."

Bem, doeu, eu não vou negar. Aquilo foi um baque e eu só soube lembrar do meu termino conturbado com Melissa. Eu quis morrer ali, e tudo que eu não quis pensar, me voltou a cabeça. Tive que encarar de frente a dor, a confusão, o sentimento de insuficiência e tantas outras coisas que um término pode nos trazer.

Fiquei paralisado por alguns segundos após a leitura, até ouvir um suspiro... triste? de Helena. Após afastar meus pensamentos agradeci a menina e dei continuidade na aula, ainda com um vazio no peito.

Após o término das aulas fui até o meu armário para guardar os materiais e dei de cara com uma carta. Olhei o remetente e era de Angel. Estranhei. Ela costumava me mandar apenas uma coisa por semana e aquela já era a segunda. Estranhei também o fato de estar num envelope. Ela nunca fazia isso.

Talvez fosse especial.

Coloco no compartimento da frente da minha bolsa e deixo para ler em casa.

Coloco no compartimento da frente da minha bolsa e deixo para ler em casa

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eu fiz umas modificações no prólogo para que ficasse mais bem explicado. Então por favor façam a leitura dele novamente.

muito obrigada se você leu até aqui, e não se esqueça de votar!

eu te vejo num próximo capítulo.

HEY ANGEL [ Harry Styles ]Onde histórias criam vida. Descubra agora