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»Harry Styles

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»Harry Styles

Charlotte estava dormindo entre nós no sofá, enquanto os créditos de Frozen subiam a tela da televisão. Olhei a pequena e me ofereci para a levar até o quarto, o que foi aceito por uma Helena cansada que começou a recolher da pequena mesa de centro as coisas que comemos.

Depois de deixar a garotinha coberta devidamente na cama de um quarto de hóspedes, voltei pra sala e dobrei a manta que restava em cima do sofá. Estávamos em silêncio e não precisávamos de palavras para saber que tínhamos que conversar sobre o que aconteceu mais cedo no quarto.

Nós realmente nos beijamos. E isso simplesmente não saía da minha cabeça.

A morena fez um sinal pra que eu a seguisse de volta até o quarto e sentou-se na cama, e logo após fiz o mesmo.

Respirei fundo.
— Eu.. — começamos juntos. — Pode começar. — falamos ao mesmo tempo e demos risada. Ela assentiu com a cabeça, me dando a oportunidade de falar.

— Bom, eu quero começar pedindo desculpas, na verdade.

— Não tem que pedir desculpas, quem te beijou fui eu.

— Mas eu que comecei com isso. — baixei a cabeça me sentindo meio deslocado. — Mas apesar de tudo, acho que somos maduros o suficiente pra lidar com isso, não é?

Ela assentiu com a cabeça.
— Definitivamente. Eu queria, você queria, e aconteceu. Tá tudo bem.

— Isso. Eu só quero entenda que é complicada a nossa situação. Querendo ou não, eu ainda sou seu professor e preciso dessa renda, assim como você precisa manter a vaga na escola. — falei devagar, tentando soar o menos babaca possível.

— Eu jamais continuaria com algo que pudesse te prejudicar, Harry. Mesmo que eu tenha gostado... Vamos, só evitar que aconteça de novo, pode ser? — respondeu me deixando sem piscar por momentos.

— Então, você... gostou? — indaguei depois de limpar a garganta.

— Ahn... sim. Eu gostei. — rebateu e olhou em meus olhos. Estremeci.

"Você não foi a única." pensei comigo mesmo

— Hum... certo, então... — respirei fundo, completamente cansado de me sentir tão vulnerável. — Isso não vai mudar ou estragar as coisas entre nós, não é? - perguntei, completamente incomodado com a hipótese.

— Não! Quer dizer, eu jamais deixaria isso acontecer. Não tem que ser assim. Eu assenti e sorri. — Ela sorriu de volta e me abraçou, logo depois levantando da cama, me influenciando a fazer o mesmo. — Vem! — falou de supetão, dando uma palmada na minha bunda, fazendo o som soar pelo quarto. — Vamos arrumar as coisas pra gente dormir.

A mente e o corpo. São duas coisas separadas, certo?

Só que não. Sua mente vem do seu corpo. Nasceu dele. No entanto, é completamente independente. Mesmo que os dois estejam ligados, existe um desencontro. Seu corpo faz coisas sem perguntar a sua mente primeiro, e sua mente quer coisas que o seu corpo nem sempre pode fazer.
Mas às vezes ele o faz mesmo assim. Pois somos seres impulsivos.

Nas duas últimas semanas eu só sabia pensar na besteira que eu havia feito.

Eu me torturava o tempo todo pelo ocorrido no quarto de Helena. Me torturava por parecer tão certo, mas ser tão errado.

Me batia mentalmente por fazer aquilo sem pensar. E agora eu me batia por pensar tanto.

Um dia, enquanto estávamos lavando a louça do jantar, conversámos sobre nós mesmos e ela disse o seguinte:
— Eu gosto de coisas doces. — "como o quê?" Eu perguntei — como o pôr do Sol, como sorvete de chocolate, um abraço com gosto de casa... Chiclete de morango — ela levantou a embalagem e sorriu.

E porra, isso nunca foi tão presente na minha memória como agora.

Consigo sentir fresco na memória, o passar do meu nariz sobre a pele do seu pescoço, a qual exala o cheiro doce de melancia. Ou a sua língua trazendo para a minha boca o gosto de chiclete de morango. Tão doce.

Ah, esse gosto é a minha perdição.

Sei que meu corpo deseja mais e mais cada vez que eu a olho, e eu tento forçar cada átomo do meu corpo a não reagir de forma imprudente à sua presença.

Ultimamente tenho até procurado defeitos nela. Mas tudo me faz ficar mais encantado. É estranho como as coisas simples me deixam tão bobo.
Mas eu amo como ela é tão educada e, mais que isso, amo como isso é algo natural dela e não forçado. Se tem algo que eu acho extremamente sexy em alguém, essa coisa é a gentileza. Ver o obrigada que ela murmura por qualquer pequena coisa, ou o perdão que ela diz, envergonhada, por um esbarrão qualquer. É fascinante!

— quando eu era mais nova, na minha cabeça, ter dezessete anos era o auge da maturidade, porque nas séries e livros as meninas tinham essa idade e elas sempre eram incríveis. Agora eu olho pra mim e, caraca, na vida real a gente é uma ameba. — ela diz e deixa uma gostosa gargalhada escapar por seus lábios, enquanto olha uma foto de quando era criança.

Eu apenas sorri, e não pude deixar de pensar no quanto ela estava errada. Se pudesse se ver com meus olhos, talvez pensasse diferente e percebesse que é tão incrível quanto - ou até mais que - as garotas dos livros.

Acho que me acostumei com a ideia de que, além de gostar de coisas doces, ela era doce.

Minha doce e querida Helena.

Adivinha quem voltou por causa da quarentena???

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Adivinha quem voltou por causa da quarentena???

Pois é galera, eu sei que já faz 84 anos que eu não apareço por aqui, mas eu estava com zero tempo pra nada perdão! :(

Vi que temos novos leitores aqui (bem-vindos!!!), e que estão empolgados pela continuação da história - que eu vou trazer pra vocês -. Muito obrigada por não desistirem de mim, e desculpem por tudo.

Obrigada pelos 2k que chegamos e, vou postar mais nesses dias, já que tô me obrigando a escrever pra passar essa quarentena.

Agora uma coisa MUITO importante:
Por favor !!!!FIQUEM EM CASA!!!!
A situação está cada dia mais preocupante então se cuidem, permaneçam seguros. Quarentena não é férias.

Quanto mais cedo nós realmente nos cuidarmos, mais cedo poderemos nos abraçar de novo.

HEY ANGEL [ Harry Styles ]Onde histórias criam vida. Descubra agora