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»Harry Styles

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»Harry Styles

Depois de sair de lá, fomos de carro até uma distribuidora e compramos um pack com oito cervejas em garrafas de 600ml, que Helena me ajudou a levar ao veículo. Depois de entrarmos e colocarmos o cinto, uma dúvida me surgiu.

— Pra onde vamos? —perguntei enquanto eu ligava o carro.

— Não sei. Me surpreenda. — disse me olhando com um sorriso bobo nos lábios.

— Sim, senhora! — retruquei me lembrando de um lugar perfeito e virando a esquina enquanto ia para o norte.

— Wow, esse lugar é maravilhoso! — exclamou ao descermos, admirada com a beleza do lugar.

— Eu sabia que gostaria. — disse sorrindo olhando o céu.

Basicamente o lugar se consistia num pequeno e tranquilo riacho, numa parte mais alta da cidade. Olhando para o outro lado desse riacho, podíamos ver a cidade toda, e no momento, como estava noite, víamos as luzes acesas das casas e postes. A luz da lua refletia no rio e deixava o lugar mais encantador ainda.

Era lindo.

— Isso aqui deve ficar incrível num pôr do sol. — concluiu enquanto me ajudava a pegar nossas coisas no porta malas.

Concordei com a cabeça dizendo:
— Ao nascer do sol também.

Estendi o cobertor na beira do riacho e me sentei, enquanto a via repetir o meu ato.

— Podemos ficar até o amanhecer? — perguntou encantada.

— É claro que sim, anjo.

[...]

Já era mais de cinco da manhã e nós fazíamos perguntas aleatórias e bebíamos enquanto observavamos as luzes da cidade. Virei o rosto e comecei a prestar atenção em Lena.

A brisa batia em seu rosto e fazia seus longos cabelos pretos voarem. Seu olhar concentrado na vista, brilhava devido às luzes da cidade. Em sua mão esquerda ela tinha a sua última cerveja e, na direita, um cigarro -que segundo ela, ela quase não acendia.

Tão linda.

Ela se virou e me encarou de volta, logo após apagar a bituca do cigarro e jogar em um saquinho. Não desviei o olhar dela e não tinha a menor pretensão de fazer.

— Como descobriu esse lugar, Harry? — perguntou depois de alguns minutos de silêncio.

— Eu vinha aqui quase sempre com o meu pai quando ele era vivo. — ela assentiu dando um gole na cerveja.

— Faz muito tempo? Você sabe, desde que ele se foi... — indagou mantendo contato visual.

— Três anos.- respondi sem hesitar. Era uma boa oportunidade pra ela saber que não estava sozinha e, além do mais, depois de tudo o que conversamos hoje, me sinto à vontade pra falar de qualquer coisa com ela. — Mas faz parte.

— Sim, acho que sim.

— Sabe Lena, quando o meu pai morreu eu entrei em negação, agi como se não tivesse acontecido. Continuei minha vida como se ele estivesse apenas viajando e fosse voltar logo, eu não queria encarar a dor do luto. — respirei fundo enquanto ela prestava atenção em cada palavra minha. — Até que chegou uma hora que eu explodi. Eu passei mal, a ficha caiu, eu chorei e ele não estava lá pra me consolar como ele sempre fazia. Eu tive que enfrentar de uma vez a perda, tive que aceitar isso. Foram tempos horríveis, mas eu precisava passar por isso, precisava aceitar que ele não voltaria. Você me entende?

— Sim... — respondeu com a voz baixa

— O que eu quero te dizer, é que você tem que passar por isso tudo. Pelo luto. Mas, você não pode deixar que o luto passe por cima de você. Você tem sim que enfrentar isso e aceitar que a morte faz parte da vida — continuei, gesticulando com as mãos — mas justamente por isso, você não pode deixar de viver. Tem que aproveitar, fazer o que gosta, sair, se permitir ser feliz. Não pode ficar mais semanas e semanas em casa, anjo. Não foi você quem morreu.

Nossa, isso foi profundo cara. — disse limpando as lágrimas e nós rimos juntos. — Obrigada, Harry. Por isso tudo. As mensagens, o convite pro show, me trazer até esse lugar e... por me dizer essas coisas. Obrigada mesmo.

Eu apenas sorri lhe beijei a bochecha num ato carinhoso que foi retribuído pela mesma.

— Eu sei que esse lugar é especial pra você, por isso vou te perguntar. — Lena disse olhando nos meus olhos. — Você se importa se eu voltar aqui mais vezes?

— Pode voltar quantas vezes quiser, Lena. Ele pode ser o seu lugar especial também. — ela sorriu.

— É o nosso lugar especial então. - disse de forma doce.

Oh.

Talvez eu me veja lambendo o chão que essa mulher pisa.

— Um brinde, Harry! — ela propõe animada levantando a sua cerveja. Me vejo sorrindo e perguntando: à quê? — Ao hoje. Ao agora. À vida. À morte. À nós.

Bato minha garrafa na dela, observando o sol nascer no horizonte.

Depois, pegamos nossas coisas, guardamos no carro e vamos para a padaria mais próxima dali tomar café.

— Eu só deixo você pagar hoje porque estou sem dinheiro, mas na próxima vez eu pago! — Lena diz quando saímos do balcão para sentar na mesa.

Então terá uma próxima vez? Sorrio com a ideia.

Acho que posso me acostumar com isso.

O Harry todo boiola pela Helena kkkk eu amoo!

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O Harry todo boiola pela Helena kkkk eu amoo!

Obrigada pra quem leu até aqui, não se esqueça de deixar o fav pra ajudar a autora.

até o próximo capítulo!

HEY ANGEL [ Harry Styles ]Onde histórias criam vida. Descubra agora