The Mermaid Song ♪ Fred Weasley

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11- Baile

— Astrid, tá animada para o melhor dia da sua vida? — Perguntou Fred sorrindo para a garota.

Astrid revirou os olhos, sorrindo. Chegado o dia do baile, Fred Weasley não parava de enfatizar isso, deixando bem claro que Astrid estava desesperada para dançar com o ruivo.

— Se você soubesse o quanto estou arrependida de ter aceitado. Você é desprezível.

— É feio mentir. Nós dois sabemos que você está pulando de felicidade para dançar comigo. Falando nisso, essas suas pernas minúsculas sabem dançar?

— Essa sua língua enorme sabe ficar quieta? — retrucou.

— White, estamos falando sério, eu não posso colocar em risco minha reputação.  — Fred forçou um olhar sério, esticando suas pernas na neve.

— Reputação? Isso é sério? — Astrid disparou a rir, empurrando Fred com o ombro.

— Reputação de galã. Me respeite. Eu não posso aparecer com uma desengonçada. — Fred ergueu a sobrancelha para a garota, um pequeno sorriso surgindo no canto de sua boca.

Astrid queria responder a altura, mas( infelizmente) Fred estava certo a parte de desengonçada. As únicas vezes que Astrid dançará, tinha sido com seu tio Aaron, nas festas de família. Mas seu tio sempre levava as coisa para a brincadeira, o homem nunca ligou se estava passando vergonha ou sendo encantador, ele simplesmente queria ser feliz.

Ela se lembrava como sua avó balançava a cabeça  vendo o filho e a neta dançando música trouxa, enquanto sua mãe ficava dividida entre o rir ou avisar a vergonha que estava passando. Sua tia Lauren e seus primos se divertiam, vendo o quanto Aaron fazia para tirar um sorriso de Astrid.

Astrid se lembrava de como no começo era difícil. Quando seus pais se separaram e sua maldição começou, sua mãe se mudou para perto de sua avó e seus tios, buscando uma família unida e forte para sua pequena filha. E ela conseguiu, Astrid se sentiu amada na família Clark, mas, apesar de nunca dissesse em voz alta , ela sentia falta de seu pai, que manteve um contato mínimo com Astrid.

— Ei, o que foi? Eu sei que te chamei de desengonçada, mas não precisa ficar triste. Apesar de todos os seus defeitos, eu compreendo que ninguém é tão perfeito como eu. — Fred disse,despertando Astrid de seu transe. Embora tenha feito um piada, a preocupação era visível em seus olhos.

— Idiota. — Astrid riu fraco, a lembrança de seu pai causava um aperto no seu coração. — É só que, eu lembrei do meu pai.

Fred se surpreendeu com a declaração de Astrid, a própria garota estava surpresa. Ela nunca se sentia bem para falar sobre seu pai.

— Você nunca me falou dele. — Fred olhou curioso para a loira, que suspirou.

— Não me sinto muito confortável falando dele.

— Não se sinta pressionada.

— Não, tudo bem. — Astrid estava falando sério, era tudo bem mesmo conversar sobre as coisas com Fred ,o garoto transmitia confiança. — Ele sempre foi meu melhor amigo, bem, era. No natal, costumávamos tentar fazer biscoito enquanto a gente esperava minha mãe chegar cansada do trabalho, ficava horrível, ela sempre tinha que fingir gostar dos biscoitos e depois refazer. —  deu uma risada fraca, sem humor. — Era tão bobo, que virou uma tradição. Então, eles se separaram. Thomas White manteve o contato contante comigo por uns dois anos, depois disso, apenas cartas.

— Eu sinto muito. — Fred hesitou levemente, então, abraçou Astrid. O sentimento esmagador de tristeza diminuiu consideravelmente. — Eu não sei como alguém pode se afastar de uma pessoa como você. É a pessoa mais dedicada,bondosa e esquisita que eu conheço.