Pessoas são de carne

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O prazer de um mestre é dar prazer ao seu discípulo. Não perdemos o controle, nunca. O chato é que depois de ver todo o prazer que passa pelo discipulo, você fica carente. É um inferno de carência. Não sei porque ele é tão suceptível a mim, JP. Mas fica difícil resistir quando ele está à um beijo de distância.

Bati na porta do seu escritório. Ele era o jovem administrador. Ouvi um "entra". Hesitei antes de abrir a porta, mas assim que o vi se levantar, estranhando minha presença e também aquela reação dupla que eu não entendia, fugir talvez, caminhei até ele e o beijei.

Um erro, não sei. Agora só ele poderia me parar.

Sua roupa foi sendo tirada por mim, entre beijos. Eu tinha pressa e sentia a mesma impaciência vir dele. Tirou minha pouca roupa simultâneamente. Toquei o seu corpo nu em um abraço que juntou nossos corpos, senti sua pele e minhas mãos, deslizei as mãos pelo seu corpo. Minha língua na sua, sua respiração nas minhas narinas e ouvidos. O seu peito subindo e descendo. Apertei o seu bumbum com as duas mãos, sentindo sua ereção no meu ventre e o seu ventre na minha.

O seu olhar sobre o meu parecia inseguro, o meu não. Nós dois sabíamos onde isso iria dar. Ninguém se iludiu aqui. Eu com certeza, não. 

O fiz se apoiar, semi sentado na mesa muito organizada. JP levou a mão ao seu membro, quando elevei sua perna para me posicionar. Quando encontrei o vale e o lugar, percebi o que faltava. Levantei o olhar para o rapaz corado. Será que essa cor em suas bochechas realmente denunciava vergonha?

Molhou dois dos meus dedos chupando-os, sua boca era quente. Desci novamente os dedos para o  centro rosado no vale e introduzi com dificuldade. Um gemido seu me surpreendeu, quando um dedo deslizou para dentro e instintivamente eu fiz a sequência de vai e vem lógica que essa equação pedia. Sua mão no próprio membro me incomodava. A segurei contra mesa, continuando a molhar e excita-lo. Molhei meu próprio membro com saliva, já que era assim que o JP queria. Apontei para sua entrada, pressionando. A sua outra mão tentou ir para o seu membro.

Segurei o seu membro, e o penetrei completamente com o meu, vendo o seu rosto contraído em dor. Não é um grande mistério só porque ele é homem, sexo é sexo. Movi na sequência de vai e vem que todo mundo ama e, o seu rosto mudou para prazer, com a boca entreaberta. Beijei sua boca  e o seu pescoço, enquanto o fodia. Ele me dizia como me mover, entre gemidos com a voz excitada. Era gostoso, apertado, bom. Apertei o seu pênis quando pareceu que ele ia gozar. Isso retardou. Não queria que acabasse tão rápido. 

Aproveitei bem essa aventura. O JP parecia meio cansado em seu corpo suado e olhar atento ao movimento do meu ventre. Eu estava suado, mas eu me movia. Impedi mais um gozo seu, e outro. Foram alguns, mas ele não parecia reclamar. Estava curtindo cada segundo. Quando perdi o controle, ele veio junto comigo. O seu líquido molhou minha barriga e somente a minha. Achei graça dessa irônia. Era como se me marcasse.

_ Por que você é assim? Todo prepotente e arrogante? Tudo isso só porque você é bonito? 

Disparou do sofá onde estava deitado, abraçava uma almofada e usava uma cueca de seda. Eu me vestia para ir embora. Raios solares se filtravam pelas frestas das persianas. Havia muito rancor nas suas palavras, mas pelo menos ele disse.

_ Não sou assim. E você? Por que age como o se fosse o dono do mundo? Faz questão de me mostrar que eu não sou nada, e que você pode tudo.

_ Eu não sou assim. Só...

Sorri da hesitação que ele fez olhando para o que tinha na mão, pensando se devia dizer ou não. A essa altura dos acontecimentos, eu já sabia que ele só foi um perfeito chato de galochas porquê gostava de mim e queria chamar a minha atenção, de alguma forma. Mas vê-lo hesitar assim, com esse olhar, era fofo.

Sádica 2Onde histórias criam vida. Descubra agora