Todo final de ano acontecia um baile de máscaras nos clubes, sempre sincronizados. Nesta noite, apenas nos divertiamos no baile. Ninguém usava o clube para nada além de comer, dançar, conversar. Danças eram realizadas nos palcos.
Fui escalado para dançar tango com uma nova dominatriz. Kasla era oriental ou indiana, fiquei em dúvida. Era linda com os cabelos lisos abaixo da cintura. A Hana em pessoa coordenava isso junto com a equipe organizadora do evento.
Tivemos que dançar na hora em que ela comunicou, para dar uma ideia de como seria. Foi perfeito. A sincronia entre nós dois era perfeita.
_ Vocês são perfeitos juntos. Vão fazer parte das danças de roda medievais também _ a Hana decidiu.
Para mim, o seu pedido era ordem. Tiraram as nossas medidas por cima da roupa mesmo e, aí a noite seguia normal. Mas o Noa veio falar comigo antes que saísse do salão principal.
_ Você é o Karl? Vi seus trabalhos.
Apertamos as mãos _ Espero não ter decepcionado.
Eu sabia quem era o marido da Hana. Até conhecia a história deles.
_ Não sou mestre, mas comparando ao que já vi, diria que você gosta do que faz.
_ É só aqui que me sinto vivo.
Seu olhar demonstrou compreensão e mais alguma coisa que eu não sei. Ele só comentou mais alguma coisa sobre o baile e, se despediu. Fui para o meu quarto. Onde o JP me aguardava.
Entrei rápido indo abraça-lo, olhei em seus olhos sérios e sorri um olá antes de beija-lo. Esperava que me entregasse o perfil do meu trabalho de hoje quando nos afastamos, mas ele só ficou ali me olhando um pouco.
_ Sou seu caso de hoje.
_ Você? Por quê?
_ Não tenho um perfil pronto, apenas quero saber como é.
_ Com envolvimento sentimental fica complicado _ torci para que ele desistisse ou adiasse, talvez.
_ Você é capaz de superar as dificuldades, eu sei.
Pareceu gostar da idéia e me contangiou.
_ Qual é o seu pedido para mim nesta noite?
_ Prazer.
Baixei o olhar mordendo curvando os lábios na dificuldade de fazer um homem sentir prazer sem gozar. Não era um obstáculo, de fato. Mas seria delicioso.
Tudo o que eu precisava estava ao meu alcanse em uma mesinha. Os pulsos presos na lateral da cabeça numa mesa ginecologica. Cordas prendendo as curvas dos joelhos onde o suporte acolchoado mantinha as pernas muito abertas. Olhos vendados e o seu corpo sobre o meu toque. Passei as mãos pelo seu corpo só para aguçar os sentidos.
_ Você está confortável?
_ Sim.
_ Vamos começar e, para você não tem mais volta. Se for desistir, a hora é esta.
_ Não vou desistir _ achou graça.
Passei o polegar pelos seus lábios e beijei, tirei a venda dos seus olhos. Acariciei belisque seus mamilos antes de por prendendores neles. Desci beijos pela sua barriga até o pênis que lambi bem molhado na glande antes de fazer entrar pela minha garganta em vai e vem. Quando ele quase chegava ao ápice parei. Passei lubrificante no centro rosado massageando ao redor com as pontas dos dedos e o vi remexer.
_ Mete em mim? _ pediu corado.
Sorri teimando na carícia para ver o seu rosto ficar ainda mais vermelho.
_ Me fode, Karl? Por favor, me fode.
Obedecendo, parei e me posicionei entre suas pernas forçando o meu pênis contra o ponto rosado. Não era dor o que eu via na expressão do rosto do JP. Era luxúria pura.
_ Mais rápido _ ordenou quando me movi dentro dele, obedeci.
Logo o seu orgasmo fazia cócegas na base da sua espinha, e parei esperando seu corpo acalmar. Peguei uma tira elástica e a enrolei no seu pênis da base a ponta prendendo apertado para que ele não gozasse. Continuei, agora.
Sua expressão mesclava prazer com necessidade. Só havia um jeito de gozar, e seria sem ejacular, é possível, mas não é fácil. Beijei sua boca sem parar de fode-lo.
Quem disse que homens não gemem e nem demonstram prazer, nunca viu uma sessão de bondade masculina. A voz do João Paulo gemendo e suplicando para mim me deliciava. Sussurrava palavrões e gemia.
Achei que já era hora de deixá-lo gozar e removi a tira, continuando as investidas. Seu esperma jorrou alto e massivo por um tempo maior. Ele precisava muito gozar.
_ Droga, Karl!
Me inclinei sobre ele e o beijei brevemente sem me distânciar depois _ Você pediu por isso _ sorri.
Soltei os seus pulsos e desamarrei as pernas. Claro que aquilo foi leve, era a sua primeira vez e eu fiquei mole com ele.
Sua mão me puxou para ele e me beijou, me mantendo no seu abraço _ Quero ver você gozar.
_ Vem cá _ levei ele para a minha cama no meu quarto particular _ Fica de quatro para mim, gostoso?
_ Agora? Eu não sei se...?
_ Eu sei o que você sente, JP _ garanti.
Obedeceu com o seu lindo traseiro apontado para mim. Cheguei nele por trás como se fosse penetrar, mas ao invés disso, fui acariciando das bolas para o orifício anal e ao contrário também. Um pouco de óleo de massagem aquecido facilitava a sensação de prazer que fez o JP entreabrir os lábios levantando a cabeça em apreciação. Logo ele estava ereto, mas ninguém precisou segurar o seu membro para que não sentisse dor na penetração. Muito pelo contrário, o JP ansiava por isso.
Dentro dele, eu busquei sentir o prazer que ele me ofereceu e me movi como bem quis, devagar, rápido e intermediário constante, até sentir que o JP iria gozar de novo, e parei um pouco, antes de continuar mais forte, sem poder evitar o seu gozo. Mas umas mexidas no ponto interno da sua próstata o reanimou.
Sua voz insolente me provocava mais que antes. Rouca e excitada ecoando pelo meu quarto. Senti vontade de resistir para prolongar isso, mas era gostoso de mais, e gozei dentro dele.
Seu corpo ofegante deitou na cama e eu deitei ao seu lado observando as características da luxúria ainda alí.
_ Matou a sua curiosidade? O que achou?
Quis saber quando o seu olhar veio para o meu rosto.
_ Acho que sinto aínda mais ciúmes das suas clientes.
_ Ciúmes. Era isso que te fazia me perseguir?
_ Entre outras coisas. Nunca pude imaginar isso que aconteceu aqui. Nós dois juntos.
_ E como é agora que aconteceu? Você acha que vai durar?
Deitou no meu peito me abraçando _ Acredito que isso não importa mais. Estou feliz agora, não sinto mais todo aquele medo.
_ Bom. Mas e o ciúme?
Deu de ombros _ Não vou vencer se competir. Você ama isso, é um fato.
Levantei o seu rosto para vê-lo _ Também amo você, João Paulo.
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Sádica 2
ContoNoá A Hana tentava me prender nas algemas, no seu clube. Mas eu estava dando trabalho. _ Fica quieto! _ soou irritada. _ Desculpa, mas não pode prender o que não consegue pegar _ gargalhei fugindo mais uma vez. Ela estava vermelha de raiva quando...