Eu sempre me senti uma bagunça completa, sem nunca conseguir me entender. Eu sempre fui de me por para baixo, fazendo com que minha esperança se esvaísse pelos meus dedos sem que eu conseguisse fazer algo para impedir. Sentia aos poucos a loucura entrando em mim e fazendo sua morada. Sentia como se fosse uma espiral sem fim, sempre num looping infinito de pessimismo e má sorte.
Essa espiral tomou conta de mim, por um bom tempo. Me fazia sentir como se houvesse treze "eu" dentro de minha cabeça, e as vezes eu ainda me sinto assim, tudo o que eu queria era me sentir singular, ser singular, ser apenas eu, mas era tão difícil que eu apenas desisti. Minha espiral me força a ser várias, algumas eu até gosto de ser, algumas nem tanto.
Eu aprendi a conviver comigo e minhas outras eu, ficando sozinha, trancada no quarto, lendo e ouvindo musica. Tendo paz de espirito e é tão bom me ter como companhia, sabe? Poder reorganizar meus sentimentos e pensamentos, me conhecer melhor, definir o que será bom para mim.
As vezes, minhas guerras internas são resolvidas apenas com um tempo sozinha, um tempo o qual eu não faço nada para ninguém e só para mim, algo que eu chamo de "O egoismo do meu bem".
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Sobre Todas as Coisas
PoetryOlá! Prepare um café, chá, ou até mesmo se sirva com um refrigerante e alguns biscoitos, sente-se, estique suas pernas e fique a vontade. Relaxe, esvazie a mente. O que você lerá a seguir não são crônicas, poesias, textos, muito menos desabafos de...
