O jantar

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    Depois de subir e descer escadas, entrar em salas, que pareciam idênticas, sentar no trono, e até mesmo deitar em uma das camas reais

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    Depois de subir e descer escadas, entrar em salas, que pareciam idênticas, sentar no trono, e até mesmo deitar em uma das camas reais. Morty se cansou do ambiente e pediu para que os avós o levassem para casa. Levou consigo uma coroa, e tentava equilibrá-la na cabeça enquanto o avô, bêbado, dirigia. Diane inconformada com a situação observava pela janela, com cara fechada e braços cruzados.

  Chegaram em casa na alvorada, O restante da família ainda não tinham chegado. Rick abriu a porta da nave e muitas garrafas caíram no chão. O velho saiu cambaleando, e se jogou no sofá. Diane sentou no sofá e colocou os pés do marido em suas pernas, e Morty sentou na poltrona, vendo tevê.

Após algumas horas, pode-se ouvir o freio do carro ser puxado bruscamente. Morty correu até a porta para avisar a mãe, a novidade das últimas horas:

— GENTE... O RICK TEM UMA SURPRESA PARA VOCÊS... PRINCIPALMENTE VOCÊ MÃE — Disse o garoto animado puxando o braço de Beth, que mal tinha largado as malas

— O vô Rick fazendo surpresas? — Disse Summer com o cenho franzido

— Espera... O qu.... — Disse a mulher confusa

— Não é uma surpresa não viu meu bem? Não cria tanta expectativa para nada... — Disse Rick sem dar muita atenção, indo até a porta de entrada, encostando em uma parede, onde Morty lutava para levar a mãe até a sala

— Tá e cadê a surpresa? — Disse Jerry

   Pode-se ouvir os passos do salto de aproximando deles, Beth não hesitou em perguntar:

— Uma mulher? A surpresa é que eu tenho uma madrasta? — Beth suspirou

— Madrasta não... — Rick bebeu do cantil metálico e Diane apareceu na frente de Beth. A mesma jogou as malas no chão e ficou paralisada

— É uma prostituta? — Jerry disse confuso e todos ignoraram

— Vo... Vovó? — Summer disse se aproximando — Você é real mesmo? Ou é mais um clone do vovô?

— Não Summer... Eu sou real, Sou Diane — Ela sorriu e Beth continuava em posição de choque.

— Não é demais? — Morty disse empolgado, sorrindo.

— Tudo bem Beth... Se precisar de um tempo para... Pensar eu.. vou entender, afinal — Ela pegou a mão de sua filha, e a mesma sem hesitar a envolveu num abraço. Summer fez o mesmo, e Jerry que chorava mais atrás, abraçou as mulheres também.

— Argh... Amor familiar — Disse Rick com os braços cruzados — Enquanto vocês ficam aí se lambendo... Morty e eu temos uma aventura — Ele puxou o braço do garoto com certa força e saiu arrastando-o — "Vambora" Morty

— Pai.... Espera aí, nós, nós acabamos de chegar e, a mamãe está aqui... Nós vamos sair para comemorar

  Rick bufou e revirou os olhos

— Tô fora, bom jantar para vocês — Soltou o braço do neto e saiu andando 
— Diane foi atrás do homem e o picou pelo braço, sussurrando em seu ouvido

— Isto é importante para a Beth. É a primeira vez em tempos que finalmente tem os pais presentes... Você vai para esse Jantar, querendo ou não. — E foi até a filha, cruzando seus braços com os dela. Todos ficaram ali parados, encarando Rick, à alguns passos de distância.

— Tá eu vou, mas nós vamos no shoney's — Disse Rick sem ânimo, fazendo todos se apressarem. Apenas Diane, continuou parada em sua frente, o observando.

— Obrigada — Disse sem emitir som, e saiu.

   Quando começou a escurecer, todos se juntaram para ir jantar. Chegaram na frente de casa e perceberam que todos não caberiam no carro.

— Vejo vocês lá, vou na nave — Rick deu as costas e saiu com as mãos no bolso. Morty então saiu de dentro do seu carro e acompanhou o avô sem dizer nada.

Chegaram no Shoney's e pegaram a tradicional mesa do lado da janela. Fizeram seus pedidos e Rick começou a beber, do seu cantil, e dos pedidos que fazia.

— E então mamãe, por quê você voltou? — Beth perguntou intrigada enquanto comia

— Para torrar o meu saco — Rick disse com a cabeça baixa, enquanto cortava o bife do prato

— Para ver como estava querida, sei que minha ausência não é justificável mas...

— Mas agora ela quer pagar de mamãe nota 10 — Rick rebateu novamente

— Papai, deixe ela falar por si mesma e.... Pare de ser tão deselegante — Beth disse irritada

— Ah sim, deselegante eu, o pai que se arrebentou de trabalhar na frufrulândia, que levou você e o idiota do seu marido para uma terapia de casal... Como eu so....

— PARE DE FAZER CHANTAGEM EMOCIONAL, VOCÊ ME AJUDOU UMAS DUAS VEZES E NÃO É POR ISSO QUE TEM QUE SE GABAR... E NÃO FALE DO JERRY ASSIM — Beth bateu a mão na mesa

— SERÁ QUE VOCÊS NÃO PODEM TER UMA CONVERSA DECENTE SEM ESSA GRITARIA TODA? — Morty também bateu a mão na mesa

— SERÁ QUE TEM MAIS PASTEIZINHOS FRITOS? — JERRY bateu na mesa e a essa altura todos no restaurante os encaravam

— Olha Beth, não sei o porquê motivos sua mãe voltou, porque até agora a única coisa que fizemos quando ela estava perto foi brigar. Então se você Diane, acha que realmente vai assumir a postura de mãe a essa altura do campeonato, fique sabendo que vai. A Beth desde sempre tem medo que eu a abandone de novo e tenho certeza que sente o mesmo por você...  Não pense que eu não enxergo isso Beth, posso ver no seu rosto o desespero quando digo que vou cagar ou até mesmo comprar cachaça — Ele dizia sem ao menos encarar as duas — A única coisa que te peço meu bem, é que não force a barra com o casamento falido dos seus pais. Conseguimos transformar um buraco negro num sol, (arroto) mas não ficarmos perto um do outro 5 minutos sem brigar. Então se me dão licença, espero que tenham aproveitado bem esse desabafo Rickdículo que jamais vai acontecer de novo, porquê da última vez que resolvi me abrir meu melhor amigo morreu (arroto) e tive que passar um bom tempo na prisão... — Disse ele se levantando e passando as mãos na camisa, a essa altura Beth estava chorando e Diane com os óculos na ponta do nariz — Não pensem que quero proteger vocês. É que fazer um clone de cada um, ou mudar de dimensão é um saco — Ele jogou o dinheiro na mesa e finalmente encarou todos — Estarei na garagem

O velho saiu, empurrando a porta e a mesa ficou em silêncio. Jerry batia os seus dedos uns nos outros e finalmente desabafou:

— E os pasteizinhos? — Nesse momento todos se levantaram da mesa e saíram do restaurante.

  Chegaram em casa, e sem dizer nada foram para seus quartos. Diane resolveu passar na garagem e percebeu que ele não estava lá. Foi até o quintal e pode vê-lo no telhado bebendo. Ela suspirou e saiu, o deixando ali, contemplando as estrelas.

  Ele a viu, mas resolveu deixar ela ir.

  Mais uma vez.

 

 

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