Era Uma Vez...

Escapism

Bem vindos ao Reino da Vesuvia, um lugar bonito e pacífico, muito rico, embora pareça estar enfrentando certos problemas financeiros e estruturais. 
Esse reino é governado pela Condessa Nadia Satrinava, uma das sete princesas do Reino de Pakra, que ficou encarregada de tomar conta desse lugar em auxílio ao seu regente, o Príncipe Lucio Morgasson. Eles são parceiros políticos, em realidade, a condessa toma conta de todo o reino até que o príncipe atinja a maioridade ou se case com uma princesa (e ela não se prestaria a esse papel). Uma vez que Lucio complete 21 anos, ou se case, ele poderá tomar o poder e Nadia estará livre de suas funções. 
Só que não é assim tão simples; o príncipe é alguém um tanto impossível de se conviver, tão mimado e irritante, que sua tutora constantemente sofre com dores de cabeça, uma pena a Rainha Morga, sua mãe, morar tão longe... provavelmente deu um reino para o filho pois ele a irritou até conseguir. 

Julian Devorak e Lucio Morgasson são bons amigos que vivem saindo em caçadas e
arrumando confusões por onde passam, com seus cavalos, cachorros e um corvo.

É chegado o dia em que Lucio atinge a maioridade e para se tornar um rei, ele precisa se casar com uma princesa de coração puro e doce. Para isso, ele resolve ir em busca de várias princesas de reinos vizinhos, mas sempre era rejeitado. Talvez por sua arrogância e falta de altura, ou talvez por exigir que as princesas casem com ele sem ao menos
conhecê-las antes.

Quando estava em seu palácio junto de Nadia, a regente, e seu amigo o príncipe Julian, - que estava de visita - um mensageiro trazia uma mensagem que na verdade era um boato.

-Pode dizer. -disse Nadia nem um pouco interessada.

-Há relatos de que um reino vizinho está mantendo uma princesa em cativeiro numa torre escondida, cavaleiros estão pensando em se organizar para ir atrás dela, mas eles não têm ideia de como começar.

Ao ouvir isso, Lucio se anima e puxa o mensageiro para mais perto.

-Conte mais! Como posso encontrá-la?

-Ninguém sabe, mas eu consegui um mapa… Diretamente do palácio do reino de Quigõng.
O mensageiro mostra o mapa que é arrancado de suas mãos pelo príncipe, que olha atentamente e se levanta rápido.

-Partirei em busca da princesa presa e pedirei a mão dela em casamento.

-Lucio isso é… Precipitado demais! -Julian exclama. -Lucio, sabe que não pode sair pedindo a mão das pessoas em casamento sem antes
conhecê-las, certo? -Mas ele nem mesmo ouviu, já estava longe e saindo da sala de jantar,
arrastando Julian consigo. -Ei! Volte aqui e escute!

-Uma princesa Julian! Será que ela é bonita? Será que ela vai aceitar a minha mão?

-Você anda lendo contos de fada demais, sabia? Você tem que conhecer os outros primeiro antes de sequer pensar pedir em casamento.

-Pff, bobagem, ela com certeza vai me olhar e cair de amores por mim, e assim aceitar meu
pedido.

-Certo, e supondo isso, quer que eu vá junto para ser seu escudeiro?

-Como adivinhou? -Lucio o encara, incrédulo.

-Não é muito difícil de saber o que você pensa.

Eles aprontam suas coisas, levando suprimentos e montando em seus cavalos, soltando Mercedes e Melchior e indo em busca da princesa perdida. Segundo os cálculos de Julian não levaria menos de uma semana para chegar até lá.

Quando seguem o mapa, acabam entrando em algumas enrascadas como errarem o caminho e se perderem várias vezes.
No tempo previsto, eles chegam em um lugar com um grande paredão de pedra, com várias plantas trepadeiras cobrindo a parede.