Capítulo 20 - Είκοσι

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O CAP ESTÁ APARECENDO BUGADO PARA ALGUMAS PESSOAS: com cortes de cena e pulos. Se perceberem isso, aguardem melhorar.

[ Eu voltei com att. Eu quase nunca falo no começo, mas quero me desculpar pela demora a agradecer a paciência — ou a falta dela —, então, obrigada de coração. Espero que aproveitem esse capítulo enorme e lembrem-se quem foi Kurama Sato: o prefeito corrupto de Okinawa. Também, deixarei recomendada algumas musicas, pois esse capitulo vai ter muita pancadaria.

Até mais e boa leitura. Votem e comentem muito. Avisem os amigos que atualizei também, amo vocês. ]

Aviso: esse capítulo contém cenas de violência física pesadas, deixarei um "•" no começo e no final, assim vocês poderão pular.

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"Nenhum lugar para correr
de todo esse estrago
Nenhum lugar para se esconder
de toda essa loucura"

7 anos atrás.
Prisão de segurança
máxima de Okinawa.

Nakamoto Yuta tinha um palito de dente entre seus lábios e mastigava-o tranquilamente vestido em seu uniforme laranja, enquanto empilhava os livros da sessão de filosofia. As horas se passavam rápido para o japonês filho de Atena, que não se importava em trabalhar na biblioteca da prisão devido ao seu suposto bom comportamento. Ele gostava e ainda ganhava um trocado por isso. Mas um dragão-carpa nunca é previsível e se estava trabalhando ali, tinha um motivo plausivel e ligeiramente maquilador que ninguém descobriria até o momento de sua revelação.

E que revelação seria.

A verdade era que se Yuta estava trabalhando por 200 ienes à hora para organizar livros, havia um motivo e de fato, não era o tédio excessivo, nem a falta de dinheiro, já que este filho da deusa da sabedoria acumulara uma grande quantia de ouro devido ao império criminoso de seu falecido pai. E quando o moreno não estava barganhando para conseguir cigarros gratuitos entre os detentos, deligenciava devidamente bem a mente quando não havia muito o que fazer.

8h30 da noite, ele olhou o relógio.

- Café - sussurrou pra si mesmo, em um sorriso presunçoso.

- Detento, pausa para o meu café. Estarei de olho em você - disse o policial da biblioteca, quase como um robô programado que precisava recarregar suas baterias.

O japonês assentiu em um sorriso simpático, o que logo mudou para um semblante perverso quando o fardado virou as costas, a linha entre a boca rasgando-se em uma curva ligeiramente malígna. Dionísio acharia bela a dicotomia em tão poucos segundos. Assim, Yuta levantou-se do banco em que estava sentado e tirou estrategicamente de um esconderijo entre os livros, um folheto que havia furtado da sala do diretor do presídio, quando fora entrega-lo alguns exemplares velhos para seu divertimento pessoal. "Arquitetura - Prisão S. M. Okinawa". Ele abriu-o rápido, tirou o pálido dentre os dentes e pousou-o na pele, depois de erguer a manga alaranjada.

- 10 horas, 9 segundos. 12 horas, 7 segundos. 6 horas, 20 segundos - disse, ao mesmo tempo que cravava tais informações em sua pele com o palito. Os olhos lacrimejando pela dor de ter a derme esfolada com um pedacinho de madeira pouco pontudo e um tanto sujo. O sangue brotou em pontos avermelhados e quase escorreria se ele não tivesse baixado a manga para limpar a si mesmo.

10h - 9s
12h - 7s
6h - 20s

Com mãos trêmulas, ele jogou o folheto do diretor da cadeia no lixo. Era um grande foda-se àquela altura do campeonato, comparado ao o que estava prestes a fazer. Como um ótimo ator amador, ele disfarçou o rosto vermelho de dor ao mirar o policial com olhos ciganos, quando o mesmo voltou para a sala.

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