Viagem à Osaka

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Seus lábios carnudos e rosados deslizavam pelo meu pescoço de maneira perigosa, enquanto suas mãos percorriam meu corpo habilidosamente. Prendo minha respiração, sentindo o intenso calor em cada pedacinho de pele que ele tocava. Meu membro já começava a despertar, ansiando pelo que estava por vir. Meus dedos se prendem em seus fios dourados, sentindo toda a macies que eles ofereciam. Seus olhos, mais escuros devido ao desejo, me observavam atentos, quase como uma raposa, pronta para atacar sua presa.

Puxo seu rosto de encontro ao meu, afoito por um beijo. Sons desconexos deixavam nossas bocas, nossos corpos se chocavam, quentes, suando pelo ambiente alucinante. Eu tentava absorver cada detalhe do rapaz sobre mim, permitindo que a saudade que eu estava sentindo de seu corpo fosse substituída pelo puro e intenso prazer.

Em determinado momento, sua mão invade minha camisa e começa a puxá-la para cima, incomodado com o tecido grosso entre nós. Separamos nossas bocas apenas para nos livrar de nossas blusas, antes de voltamos a nossa beijar ainda mais intensamente. Éramos como animais famintos, sedentos pelo outro, perdido em nossos instintos. Era intenso, frenético e viciante. Seu sabor me seduzia e me envolvia tão facilmente que eu não conseguia me afastar.

Seus lábios deixam os meus e atacam meus mamilos, maltratando-me com a lentidão dos movimentos de sua língua sobre a pele sensível. Agarro os lençóis abaixo de mim, mordendo meu lábio inferior, em uma tentativa falha de conter a libido que sentia naquele instante. Eu queria mais. Desejava mais de seus toques, de seu corpo, de sua boca. Eu o queria por inteiro. Meu corpo o buscava com euforia, implorando por um alívio que somente Naruto poderia me dar.

E então, quando sua mão finalmente desce de encontro ao cós da minha calça, batidas na porta ecoam pelo quarto insistentemente. Fechamos nossos olhos, sem acreditar que seriamos interrompidos novamente. Como em um sinal para que ele apenas ignorasse a pessoa irritante, volto a beijar o loiro, decidido de que eu não sairia desse quarto sem um orgasmo. Mas, como era de se esperar, a sorte não estava muito a meu favor.

- Eu sei que vocês dois estão aí, o que estão fazendo e que sabem que eu vou continuar batendo até abrirem a porta, seus pervertidos! – Grita Deidara do lado de fora do quarto. – Anda. Abram a porta! Eu não tenho o dia todo.

- Porra, Deidara! Larga de ser empata foda! – Grita Naruto, separando-se de mim.

- Eu não ligo! – Responde o outro, rindo com a irritação de Naruto. – Abre logo essa porta, Sasuke. Ou eu vou ter que chamar o monitor Morinawa?

- Ele não vai parar. – Murmuro, irritado.

Naruto se levanta, contrariado, e segue até a porta, onde destranca e a abre de maneira bruta. Não demora muito para que Deidara entrasse com um sorriso maligno e malicioso em seus lábios. Ele adorava provocar, ainda mais quando sabia como ficávamos irritados quando éramos interrompidos durante o sexo.

- Boa noite, pombinhos. – Cumprimenta, ironicamente. – Isso é hora de estarem se entregando aos desejos carnais?

- Primeiro que para sexo, não tem hora. – Afirma Naruto, dando de ombros, enquanto fecha a porta. – E segundo que não era nem para você está aqui. O que você quer?

- Era sim. Eu vim ajudar o Sasuke a arrumar as malas. Ele me mandou mensagem pedindo ajuda. – Responde Deidara, pegando a mala que estava no canto do quarto. – Sai daí! – Ordena a Naruto, que havia se sentado na cama.

- É. Eu falei isso há três horas atrás. – Resmungo, frustrado. – Eu já terminei de arrumar as minhas coisas, Deidara.

- Mesmo? Bem que eu achei essa mala pesada. – Comenta Deidara, rindo como se fosse uma criança inocente.

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