CAPÍTULO-4: Cão falante?

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EUA, Los Angeles...

08h05...

Após terminar a primeira aula, Siara e Camila andavam pelos corredores à caminho da próxima aula do dia.

- Cami, muitíssimo obrigada.- Siara falou e logo beijou a sua bochecha.- Você é sem dúvidas a melhor amiga do mundo, mas você me conhece né? Eu sou curiosa, por isso vai já soltando a língua, como sabia que eu não havia feito o trabalho, e foi realmente você quem fez? Porque se foi, você merece até o respeito do próprio professor, está realmente bom.- Ela falava sem parar e só se deu conta quando a Camila fez um gesto com a mão, para que ela relaxasse um pouco.

- Ok. Primeiramente, obrigada pelo elogio, segundo: eu passei o dia todo contigo ontem, e em momento algum você mencionou o trabalho.- Ela enumerava com os dedos e Siara fazia expressões faciais, concordando com o que a amiga dizia.- E terceiro: não, não fui eu quem os fez, foi o Leo.

- Como assim? O Leo? O seu irmão da Alemanha?- Siara mostrou-se entusiasmada, afinal, Leo era como o irmão mais velho que nunca tivera.

- Sim, ele mesmo.- Ela parecia aborrecida com o assunto.

- E quando ele veio que eu só estou a saber agora?

- Parece que hoje, quando cheguei em casa, o encontrei vasculhando o meu albom de fotos de quando era pequena.- O seu aborrecimento se tornou mais visível e Siara percebeu.

- Pera ai, o que foi? Você não está feliz por ele ter vindo?- Pegou no braço da amiga, a fazendo parar, já na frente da porta da sala da próxima aula.

- Não é isso.- Ela abaixou um pouco a cabeça.- É que ficou tanto tempo sem se comunicar com a gente, que agora parece que não nos conhecemos mais, a prova disso é que ele me trouxe coisas de que eu gostava quando tinha 8 anos. Sabe?...Eu pensei que seria diferente o dia em que nos reencontraríamos.

- Não fique assim.- Esfregou levemente o ômbro de sua amiga.- Ele te conhecerá melhor agora que está aqui. Porquê não aproveita o tempo que ele vai ficar... Para se conhecerem melhor? Joguém aquele jogo que inventamos, sempre funciona.- Dizia, tentando animar sua amiga.

- Boa ideia. Obrigada, mas agora vamos entrar logo, não quero ser marcada nessa aula também.- Ambas gargalharam e logo entraram na sala de aula.

[...]

12h45...

Todas as aulas já haviam terminado, os arredores do portão principal da escola estava lotado com o número elevado de alunos, então... Siara e Camila preferiram não ficar muito por aí e partir logo para suas casas, mas pelo caminho, não faltou conversa.

- Então, já se decidiu?- Perguntava a Camila.

- Decidi oquê?

- Si, estou a falar sobre o seu pâr.- Revirou os olhos.

- Hãn, ok.- Fez uma pequena careta e logo prosseguiu.- Ainda, não sei se será a melhor ideia convidar o Matheo, não sei se ele se sentirá à vontade com o pedido.

- Você não sabe se ele se sentirá à vontade, ou você está com medo que ele perceba que tu tens uma paixoneta por ele?- Camila caiu na gargalhada.

- Isso não... Tem graça.- Ela queria se irar, mas não conseguia, pois sabia que sua amiga estava certa.

- Siara, porquê não fala logo que gosta dele? Quem sabe... Ele também esteja caidinho por ti.- Camila parecia brincalhona como sempre.

- Olha quem pergunta, a menina que alimentou uma paixoneta por 6 anos e só decidiu contar quando percebeu que o menino já não vivia no mesmo país que ela.- Siara foi irônica.

- Eu tinha 11 anos, menina. E quando eu comecei a gostar dele, eu sequer sabia que esse sentimento existia.- Falou, dando de ômbros.

- Que seja, vou convida-lo quando puder.- Camila tentou contestar, mas Siara foi mais rápida.- E não se fala mais disso.

O caminho até o momento em que se separaram, tiveram apenas conversás aleartórias. Camila entrou pela rua que fica antes da rua da casa de Siara, por tanto, Siara teve que seguir o resto do caminho sozinha.

Pelo caminho, a menina de cabelos crespos andava perdida em seus pensamentos, como sempre, mas algo inesperádo a tirou de lá, o percentimento de estar a ser seguida.
Asselerou os passos até chegar na esquina da rua de sua casa, parou por lá, ganhou coragem, e por fim, espreitou para ver se encarava alguém, mas como da outra véz, não obteve resultados.

- Isso é só coisa da sua cabeça, nada está a acontecer.- Tentava se convenser.- É só coisa da sua cabeça.- Fechou os olhos, soltou um suspiro de alívio, e quando os abriu, foi surpriendida por um cão que parecia ter raiva.
O cão parou bem na seua frente, a fazendo se encolher na parede da esquina a qual ela ainda se encostava.

- Isso... Só pode... ser brincadeira.- Falou admirando a sucessão de coisas que haviam acontecido até o dia presente.

O cão se aproximava dela à passos lentos, como se estivesse a estudando para no final dar o bote.

- Não chegue perto.- Ordenou, mesmo sabendo que não adiantaria de nada.

O cão soltou um latido, parecia ter entendido o que a menina havia dito.

- Saia de perto de mim.

A menina sentia medo de muitas coisas, e um de seus medos, se referiam a cães vadios. Por fim, o cão havia parado de latir, mas ainda permanecia aí, diante de seus olhos, se instalou um silêncio por segundos, que foi quebrado por uma voz horripilante, grossa e pesada, vinha do cão.

- Que surpresa encontrar-lhe aqui.- Estava a ser irônico.

- Quê? Você acabou de falar?- O medo começou a se fazer manifesto em seu corpo.

- Quem sabe... Além de falar, eu possa fazer outras coisas com você, como por exemplo, sumir com a sua alma.- O cão falou, chegando mais perto da menina.

Siara não conseguia acreditar no que via e ouvia, então tentou a mesma coisa de à poucos minútos, achar que aquilo tudo era coisa de sua cabeça.

- Não, Siara, cães não falam, isso é coisa de sua cabeça.- Disse fechando os olhos, na expectatíva de quando os abrir, não haver mais cão algum em sua frente.

Segundos antes da menina decidir abrir os olhos, o silêncioso se fez manifesto. Siara, inspirou e expirou, quando abriu seus olhos, o cão já lá não estava, então a menina pós-se a correr em direcção a sua casa, queria muito contar aos seus pais o que lhe havia acontecido.

[...]

Siara havia acabado de chegar em casa, mas lá não havia ninguém, apenas o silêncio se fazia presente em todos os cómodos da casa.

- A essa altura minha mãe deveria estar em casa.- Pensava a menina.

- Mamã!? Onde você está?- Ela andava em rodeios pela casa, em busca de respostas.- Ok, vou tentar ligar.- Falou a sí mesma, pegando no telemóvel.

- xxx..., O número chamado encontra-se indis...- A chamada caiu na caixa postal.

A menina tentou mais outras 3 vezes, mas sempre caia na caixa postal.
O medo e desespero começou a tomar conta sí, a menina acabou afundando no sofá sem saber mais o que fazer.

- Meu Deus, o que está a acontecer?- Perguntou a sí mesma.

CONTINUA...

[EDITADO]

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 †A ESCOLHIDA†: Primeiro livro da Saga (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora