CAPÍTULO-5: O Museu

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A única coisa que nos separa de Deus, é o pecado não confessado.
—————————————————EUA, Los Angeles

... A menina ficou naquele silêncio insupotável por mais alguns minútos, até que foi surpriendida pelo som da porta sendo aberta. Ela se virou para encarar quem estiva adentrando por ela, e então, encarou sua mãe que manifestava em seu rosto um olhar triste e aflito, mas nem isso impediu que a menina corresse para os braços de sua mãe.
A menina deu um abraço forte em sua mãe, que foi retribuido.

- Mãe, onde a senhora estava?- Siara perguntou, logo após a soltar.

Sua mãe esitou em responder por algum instante, pois ela sabia que se contasse à verdade, tudo se complicaria e sairia de seu controle, então ela optou pela mentira... Sempre né?

- A, minha filha, eu estava no mercado, é que estava faltando algumas coisas.- Por mais que tentasse, Merilim não era boa mentir e Siara a conhecia muito bem.

A menina reparou a mãe e percebeu uma coisa, se sua mãe estava voltando do mercado, então... Cadê as compras?- Pensou ela.

- Então... Cadê as sacolas? Eu sei que a senhora vai para o mercado, nunca volta para casa de mãos vazias.- Ela sabia que sua mãe estava a mentir, por tanto, a pressionou.

- Digamos... Que não encontrei o que procurava.- Ela deu de ômbros e foi seguindo para a cozinha, ela sabia que sua filha ainda continuaria com o questionamento.

- Mas eu sei que a senhora...- Siara tentava ir mais afundo, mas sua mãe cortou-lhe o rassocínio.

- Menina, o que é isso? Parece que estamos em um interrogatório?- Ela pós-se a organizar a mesa para a refeição da tarde.

- Mãe, não é por mal, mas eu sinto, não... Eu tenho a certeza de que a senhora está escondendo alguma coisa de mim, por favor me diz o que é.- Ela estava determinada a sua mãe ceder.

- Não estou gostando do rumo dessa conversa, vamos, ao envés de ficar ai, me fazendo perguntas sem motívos, porquê não me ajuda a pôr a mesa? Será mais útil.- Ela foi ríspida e bem clara em seu tom de voz.

A menina sabia que ficar calada era a melhor solução. Ela seguiu o conselho de sua mãe e a ajudou a organizar a mesa, não demorou muito para que seu pai chegasse e começassem a refeição.

Será que eu conto sobre o que aconteceu hoje?- Siara se perguntava em pensamentos, sem perceber que estava estática por um tempo, tempo suficiente para que seus pais percebessem.

- Filha, no que está pensando?- Seu pai perguntou, a tirando de seus profundos pensamentos.

- An...? Oquê?- A menina parecia confusa.

Seus pais a olharavam confusos, tentando entender o motivo que a deixara confusa.

Ela pigarreou antes de falar.
- É... Hoje, hoje aconteceu uma coisa meio louca, mas acho que foi só coisa da minha cabeça.- Deu de ômbros.

- Como assim algo da sua cabeça? Vá lá, conte, o que houve?- Perguntou seu pai.

- Bem, quando eu estava a voltar da escola, sentia que estava a ser seguida, mas sempre que eu virava para ver se notava algo, eu via nada , mas surpriendentemente surgiu um cão diante de mim, ele parecia ter raiva, e vocês sabem que nessa vizinhança poucas pessoas têm cães, e os que têm, quase que nem saem com eles...- Ela estava explicando, quando sua mãe a interrompeu com uma pergunta desnecessária.

- E onde você quer chegar?- Sua mãe parecia temer a resposta da filha.

- Eu acho que aquele cão não é daqui, e era ele quem estava a seguir-me... E o pior de tudo, foi que... Ele falou comigo, parecia tão real. Ele me disse coisas muito feias, ameaçou levar a minha alma.- As expressões faciais de seus pais mudaram drasticamente, agora pareciam assustados e nervosos.

 †A ESCOLHIDA†: Primeiro livro da Saga (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora