O início da loucura.

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Goku acordou, com um gosto de flúor na boca. Estava um pouco zonzo por conta dos efeitos do gás. Olhando para o lado, viu Bulma com um tablet nas mãos, e com um sorriso enorme no rosto. Parecia estar se divertindo, enquanto roçava o dedo na tela no tablet.

Goku se sentou com dificuldade, chamando a atenção de Bulma, que assim que viu que ele havia despertado, colocou a tablet em cima da mesa.

- Finalmente acordou, querido. Parece que eu dei uma exagerada no gás – Bulma caminha para perto de Goku com os quadris se movendo com sensualidade.

- É ... – Goku sorri sem jeito com o olhar que ela lhe lançava.

- Como você está?

Goku moveu o pescoço o estralando e colocou os pés no chão, tentando se levantar, mas ainda estava com os movimentos um pouco lentos.
- Estou um pouco zonzo.

- É por causa do gás – ela coloca a canhota na cintura. – E sua boca? Está dolorida? Está com alguma coisa dolorida? – Bulma o olhou dos pés à cabeça.

- Não! – Goku estranhou a pergunta. – Por quê?

- Porque eu tive que dar uma mexida no seu siso, às vezes isso machuca um pouquinho.

- Não tá doendo. Só estranhei por ter perguntado se estou com alguma coisa dolorida – Goku olhou para baixo e viu que sua calça estava com o zíper abaixado.

Arregalando os olhos ele ergue rapidamente o zíper, se sentindo um pouco exposto.

- Foi só modo de dizer – Bulma morde o lábio inferir.

- Ah, sim – Goku coloca uma das mãos na cabeça, tentando disfarçar seu desconforto.

Aquela mulher o deixava envergonhado, como nenhuma outra deixava. 

Bulma encostou o quadril na pequena mesa onde estava seus instrumentos de trabalho, cruzou os braços, e ficou encarando Goku descaradamente.
Goku tentando sair daquele olhar azul e pecaminoso, faz o mais sensato, tenta fugir.

- Bom, acho que já vou indo.

- Você ainda tá um pouquinho lento pelo gás, deixe-me leva-lo pra a casa?
- Não precisa, eu consigo dirigir.
- Acho melhor não se arriscar. Vai que você sofre um acidente. Não quero perder um funcionário tão eficiente – ela deu uma piscadela.

- Mas ...

- Mas nada, Goku. Não vou deixar você dirigir nesse estado.

- E você? Vai ficar de a pé quando chegarmos em minha casa. E logo vai escurecer.

- Eu pego um táxi.

Goku iria argumentar mais, falando que ele mesmo poderia pegar um taxi, mas antes das palavras sairem de sua boca, Bulma tira o jaleco rapidamente e caminha para a porta. Sem muitas opções, Goku caminha atrás dela.

O caminho até a casa de Goku foi tranquilo, tirando alguns sinais que Bulma furou.

Goku foi mostrando para onde ela deveria ir, enquanto a observava dirigir. Naquele vestido curto, e a forma como ela movia a câmbio, o deixou desconfortável. Ele tinha que chegar logo em casa, antes que seus hormônios o traíssem.

Agradeceu aos céus, quando ela estacionou o carro na frente da casa de seus pais.

Os dois desceram, e Bulma pegou o seu celular dentro da bolsa e chamou um táxi pelo aplicativo. Em três minutos ele chegaria.

- Obrigado por me trazer, Bulma – Goku agradeceu pegando as chaves do carro que ela lhe entregava.

- É o mínimo que eu poderia fazer.

- Como assim? – Goku franziu o cenho.

Bulma sorriu e viu o táxi virando a esquina, indo em direção a ela.

- Olha só que rápido esse táxi. Chegando antes do previsto – assim que Goku olhou em direção ao carro que virava a esquina, Bulma se aproximou rapidamente perto de Goku e pegou a sua mão.

Goku meio distraído com o táxi, não percebeu o movimento até que Bulma o fez.

- Antes de eu entrar no táxi, deixe-me mostrar como você me deixa – puxando a mão de Goku, ela leva os dedos dele por baixo de seu vestido.

Goku arregalou os olhos quando sentiu a fenda úmida e escorregadia em seus dedos. Assustado, ele puxa a mão e da um passo para trás. Bulma o olhava com um sorriso malvoso.
O táxi estaciona, atrás do carro de Goku.

- Até amanhã, Goku – Bulma se afasta e abre a porta de trás do carro laranja e entra.

Goku ainda estava petrificado pelo que acabara de acontecer. Ficou ali, parado, olhando o táxi se afastar e sumir virando a esquina.

- Ela estava sem calcinha?! – ele estava perplexo. – Ela ... ela é louca.

Sem perceber muito o que fazia, ele levou os dedos ao nariz, sentindo o cheiro do líquido que os molhara à pouco. Quando percebeu o que estava fazendo, balançou a cabeça negativamente. Entrou para dentro de casa correndo, precisava de um banho gelado, urgentemente.

*********

Os meses que se passaram foram um verdadeiro pesadelo. Depois daquele dia, em que a Bulma deu a carona para Goku, ela não o deixou mais em paz. Todos os dias ela fazia algo para provoca-lo.

Ela colocava roupas provocantes, que valorizavam em excesso suas curvas e o abolinava durante o atendimento de algum paciente. Passando a todo momento a mão em alguma parte do corpo do Goku. Isso sem falar de quando ela mesma se esfregava nele.
Tinha dia, quando não tinha muitos pacientes, que Bulma ficava em seu escritório só de lingerie e o chamava para conversar. Goku, assim que entrava e via a visão do pecado, tentava fugir, mas Bulma colocou um sistema de segurança na porta, e ela trancava a porta do seu escritório com um botão que tinha em baixo da sua mesa.

Goku se via num mato sem cachorro. Não sabia mais o que fazer, e não tinha coragem de falar para Bulma parar com aquilo, pelo simples motivo de que, quando ela começava, as palavras travava em sua garganta.

- Ela fica lá, com os peito quase pulando pra fora – Goku choraminga enquanto toma um gole da sua cerveja.

- Cara, eu não consigo ver o lado ruim disso – Yamcha revira os olhos.

- Eu também não consigo ver nada de ruim no que você está falando – Kuririn concorda com Yamcha.

- Vocês não entendem mesmo, não vou falar mais nada – Goku coloca a mão na cabeça, ancorando o cotovelo na mesa.

- Come essa mulher de uma vez, Goku – Yamcha da duas batidinhas no ombro de Goku e gargalha.

- Eu não sei como ele tá resistindo tanto tempo – Kuririn gargalha junto com Yamcha.

Os dois estavam provocando Goku, sabiam muito bem o motivo dele não ter cedido ainda. O pobre homem queria fugir das confusões, a última mulher com quem ele se envolveu o deixou tão fodido que chegou a traumatizar. Isso sem falar do medo que Goku tinha de ceder e logo em seguida ser mandado embora.

Goku balançava a cabeça negativamente enquanto seu amigos davam risada da sua cara. Mas, de repente, Yamcha parou de rir e arregalou os olhos.

- Fodeu! – Yamcha falou olhando para a porta de entrada do bar.

Goku olhou para trás e deu de cara com um homem careca e com as feições duras. O sujeito era enorme, tinha pelo menos dois metros de altura, e o braço dele parecia uma marreta.

- Que foi? – Goku se voltou para Yamcha. – Quem é esse cara?

- É o Jiren. Eu transei com a namorada dele, quer dizer, ex namorada, e ele ficou sabendo – Yamcha se levanta da cadeira bem devagar.

- O que? Que história é essa? – Kuririn franzi a testa.

Mas não deu tempo de Yamcha responder, pois Jiren o viu e gritou:

- Te achei, filho da puta.

Goku se levantou, olhando para trás. Seus olhos se arregalaram quando o tal de Jiren tirou uma arma do cos da calça jeans e apontou para Yamcha.

Só deu nego correndo para fora do bar, e com Goku, Yamcha e Kuririn não foi diferente, correram para a direção oposta que Jiren estava. O careca maluco ainda disparou um tiro, mas não acertou Yamcha.

Como eles não podiam fugir pela porta, pularam a primeira janela que viram. Correram iguais doidos para o carro de Yamcha.

Antes de entrarem, viram Jiren correndo, com mais dois homens, atrás deles, e deu mais um disparo.

- Volte aqui, covarde, e me enfrente como homem – Jiren gritou quando Yamcha ligou o carro.

Do lado do passageiro, Kuririn tremia igual vara verde. Goku atrás, tinha um início de infarto enquanto controlava a respiração.

Na estrada, enquanto Yamcha dirigia descontroladamente, falou:

- Você tem razão, Goku. Essas mulheres só trazem confusão.

Goku se sentou, agora mais calmo e ia responder, mas um tiro que pegou na parte de trás do carro lhe chamou a atenção.

- Que merda está acontecendo agora? – Kuririn ainda tremia.

- Estão nos seguindo – Yamcha gritou olhando no retrovisor e vendo duas motos atrás deles.

- A gente vai morrer, cara – Kuririn grita de volta.

Goku olhou para trás, e ia gritar um palavrão, quando seu celular começa a tocar.

- Merda, é a minha chefe – ele ladrou olhando para a tela.

- Foda-se sua chefe gostosa, Goku – Kuririn grita. – A gente tá pra morrer.

- Eu tenho que atender – Goku fiz com os olhos arregalados, olhando alternadamente para a tela do celular, as motos que os seguiam, e para Kuririn.

- Então atende logo – Yamcha berra, acelerando o carro.

A confusão e fuga continuava, quando Goku atendeu a ligação.

- Alô – Goku tenta parecer calmo.

- Oi, Goku. Estou te ligando pra dizer que estou cansada – Bulma é direta.

- Cansada? – Goku quase grita quando escuta outro tiro.

- Não se faça de bobo. Sabe do que estou falando. Quero o seu corpo, Goku.

- Hein? – Goku berra quando vê o vidro de trás se quebrar.

- Estou triste, não quero mais esperar. Quero ser comida por você. A-GO-RA.

- Eu vou comer, Bulma. Eu vou – Goku concorda com a voz  alto quando sente seu corpo sendo virado pela curva que Yamcha fez.

- Vai?

- Vou sim – Goku choraminga quando vê Kuririn desmaiar.

- Me dê detalhes.

- Detalhes? – Goku se abaixa quando vê a moto quase do lado do carro.

- Não se faça de difícil, gostosão. Quero detalhes explícitos – Bulma, do outro lado da linha, se contorce na banheira da qual tomava banho.

- Eu vou ... eu vou pegar na sua bunda e nos seus seios – Goku da um soco na cabeça de Yamcha que quase desmaia também.

Só que o faltava, o motorista desmaiar.

- E o que mais? – Bulma coloca os dedos em sua parte mais íntima.

- E eu vou te jogar na cama, te foder com força e faze-la gritar – Goku grita quando um tiro pega no ombro do Yamcha.

- Isso! – Bulma grita com um sorriso.

Yamcha perde o movimento de um dos braços e acaba batendo o carro no poste.

Foi a vez de Goku desmaiar.

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