Goku abria os olhos lentamente. A luz branca incomodou seus olhos que lagrimejaram e se fecharam rapidamente. Tentando de novo abrir os olhos, agora mais devagar, ele vira o pescoço para o lado, e se depara com Kuririn e Bulma o olhando um tanto preocupados.
- Oi Goku – Kuririn sorri –, finalmente acordou, cara.
- O que aconteceu? – sua cabeça ainda estava uma bagunça.
- Você e seus amigos sofreram um acidente, enquanto você conversava comigo no celular – Bulma piscou para ele com um sorriso.
Foi o suficiente para a mente de Goku se lembrar do ocorrido. O tiroteio, a fuga, os detalhes explícitos de uma provável transa, o desmaio de Kuririn, e por fim, a batida do carro contra um poste.
- Por quanto tempo apaguei? – Goku pergunta tentando se sentar, e geme ao mexer o corpo. Ele parecia ter levado uma surra.
- Dois anos – Bulma falou seria.
- O QUÊ? – Goku gritou, e se sentou rapidamente, se esquecendo por completo a dor no corpo.
- Ela tá brincando com você – Kuririn da uma risada. – Você apagou por doze horas.
Goku olhou para Bulma com a cara franzida, ela mandou um beijo com mão em resposta. Se voltando para Kuririn, que ainda sorria, perguntou:
- E Yamcha? E o cara que queria matar ele?
- A sorte de Yamcha é que Bulma escutou pelo celular a batida do carro e chamou a polícia, que chegou rápido no local e nos acudiu. Claro, que Yamcha levou uma surra, mas nada grave.
- Levou uma surra?
- Parece que as balas do revólver havia acabado, então o tal de Jiren resolveu usar os punhos como punição para Yamcha não comer a mulher alheia – Kuririn responde se levantando da cadeira, da qual estava sentado.
- Aonde você vai? – Goku indagou com os olhos um pouco arregalados.
Estava assustado com a ideia de ficar à sós com sua chefe. Ele lembrava claramente do que havia falado para ela, e tinha certeza que assim que ficasse sozinhos, Bulma exigiria que ele fizesse o que prometera na ligação.
Goku não sabia ao certo o por quê havia falado aquelas coisas a sua chefe tarada. De certo, foi por conta da adrenalina do momento, ou simplesmente pelo fato dele estar em uma situação de perigo, digamos assim, e não deu muita importância para suas palavras. Ou melhor, seu cérebro comandou a situação e as palavras foram saindo sem que ele percebesse, sim, aquela era a melhor desculpa, e era essa que ele usaria contra aquela mulher.
- Vou avisar o médico que você acordou – Kuririn responde, e logo em seguida ele abriu a porta saindo, deixando eles sozinhos.
- Bulma eu ... – Goku começou, mas parou de falar quando Bulma levanta o dedo indicador, como se pedisse silêncio.
- Você sabia que durante o coma, homens podem ter ereções? – Bulma coloca a mão na cintura e sorri de forma maliciosa.
- Hein? – Goku franzi a testa.
Do que aquela mulher estava falando afinal?
- Eu poderia ter te tido durante dois momentos, mas eu não o quero assim. Quando eu sentir você dentro de mim, quero ver sua expressão de prazer no ato.
Goku sentiu seu corpo inteiro vibrar com aquelas palavras. E a forma com que ela as falou, foi como se a própria Luxúria tivesse assumido a forma humana e lhe pedisse para se render à ela. Mas mesmo assim, ele se controlou, não se rendendo ao pecado, e perguntou:
- Como assim, duas vezes?
Bulma se aproximou dele e pegou em seu queixo, fazendo ele a olhar nos olhos, e como aquele azul mexia com ele.
- Não escutou o que eu disse, amor? Durante o coma, homens podem ter ereção, e você meio que ficou em coma, e sabe quem passou a noite aqui com você?
Goku balançou a cabeça negativamente.
- Eu – ela aproxima os lábios do dele, mas não os tocou, sussurrando as palavras seguintes. – E eu pude comprovar que ereções são possíveis durante o coma.
- Mas você disse duas vezes – Goku engole em seco quando sente Bulma descer levemente os dedos do queixo para sua clavícula. – O que você quis dizer com isso?
Bulma se afastou abruptamente, fazendo Goku respirar aliviado, por ter dado espaço suficiente para ele pode respirar, e colocar sua mente em ordem, mais um pouco e ele puxava Bulma para a cama e a possuía ali mesmo.
Goku viu sua chefe caminhando até sua bolsa e pegando seu tablet. Se voltando para ele, ela caminha e se senta ao seu lado, Goku tentou não olhar para as pernas que se dobraram na mini saia preta que a azulada usava.
Passando o dedo na tela, Goku arregalou os olhos quando as imagens apareceram.
- Mas que merda é essa? – Goku praticamente gritou.
- Eu cuidei de outra coisa além do seu siso aquele dia, Goku – Bulma piscou descaradamente.
Ela foi passando imagem por imagem, e Goku ficava mais e mais constrangido a cada uma que ele olhava.
Na cadeira verde do consultório de Bulma, ele estava completamente nu, com Bulma em cima dele, também nua. As selfs eram um tanto constrangedoras, eles pareciam estar transando, e apesar dele estar dopado por conta do gás, em alguns momentos, ele aparecia com os olhos abertos e com uma cara de louco, que ele parecia estar gozando ou algo do tipo.
- Essa é a minha preferida – Bulma fala enérgica, quando desliza o dedo para a última imagem.
Ainda com os olhos arregalados, não acreditando na perversidade daquela mulher, ele olha perplexo para a imagem que ela falava ser a preferida dela.
Um braço estendido para tirar a foto, com os seios enormes de fora, e com a outra mão no rosto de Goku, ela tinha o polegar dentro da boca do seu funcionário, que tinha o corpo completamente exposto na imagem.
- Estupro! – ele grita. – Você me estuprou.
Goku se levanta da cama, sem se dar conta que estava usando uma daquelas camisolas de hospital, que tinha a parte de trás aberta.
- Belo traseiro – Bulma pisca para ele.
- Tarada – Goku rosna, se virando para ela parar de olhar para a bunda dele. – Você não tem controle nenhum, Bulma. Maluca, doida, comedora de homens indefesos.
- Aiii, não exagera, seu pau nem estava duro naquele dia – ela revira os olhos. – Mas vai estar a próxima vez, eu garanto.
- Você me estuprou – ele aponta o dedo para ela lhe acusando.
- Não existe estupro de mulher contra homem – ela sorri se levantando. – O nome disso é assédio sexual.
- Isso, você me assediou. Eu vou ... eu vou ... – ele começou a gaguejar porque ela se aproximou.
- Vai o que Goku? – ela estava na sua frente agora. – Vai me processar? Vai me colocar na cadeia?
- Eu ...
Bulma coloca as duas mãos no seu rosto.
- Por que ao invés de você fazer essas coisas, você não me come de uma vez?
- Eu ... – ele tenta de novo.
- Só uma noite, Goku! É só o que eu quero – ela sussurra.
Goku lambe os lábios.
Mas o trinco da porta é ouvido e os dois se afastam.
O médico entra na sala, e olha feio para Goku ao vê-lo de pé.
- Deve descansar, senhor Goku – Dr. Piccolo fala sério. – Só lhe darei alta daqui a três dias, e durante esses dias, quero que fique deitado.
- Três dias? – Goku faz uma careta, se sentando na cama.
- Nossa, ele vai ser liberado bem no feriado – Kuririn sorri ao entrar no quarto.
- Feriado? – Goku faz uma careta.
- Dia dos namorados – Kuririn responde indiferente.
Goku bufa ao lembrar do maldito feriado.
- Bom, você bateu a cabeça no acidente e eu preciso que você fique esses três dias aqui para eu ver se não ficou algum tipo de sequela. Já fizemos o raio X e alguns exames e aparentemente não fraturou nada, mas a cabeça é um local delicado e quero ter certeza – Piccolo anuncia olhando o portuário.
- Tudo bem, Doutor – Goku resmunga.
Dr. Piccolo sai da sala.
Bulma caminha até sua bolsa e a coloca nos ombros.
- Agora que eu sei que você está bem, eu vou indo. Pensa no que eu te falei, Goku, e me diga sua decisão quando tiver sua alta. Vou estar no consultório te esperando – ela pisca.
- Mas vai ser feriado – Goku diz confuso.
- Eu não tenho namorado para não trabalhar nesse feriado – ela sorri e sai da sala.
- Do que vocês estão falando? No que você tem que pensar? – Kuririn pergunta confuso.
- Nada, Kuririn – Goku deita na cama. – Nada.
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Consultório da Luxúria
FanfictionGoku detesta o dia dos namorados. Os acontecimentos desse dia em questão lhe trouxe confusão aos montes. Ele foi chifrado, ficou desempregado e foi preso duas vezes por conta do que aconteceu nesse feriado. Sua vida virou um caos, e não conseguia em...