A ROTINEIRA

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Ao tocar o alarme 
Eu acordo cheia de charme 
E sem coragem para levantar. 

Com o cabelo desajeitado 
Um olhar meio fechado 
Espreguiçando para o dia começar. 

Em um frio de chuvosa manhã 
Pego o cobertor com detalhes de lã 
Desejando mais uns minutos ficar. 

Mas é que toca novamente 
E eu abro a boca, não sorridente 
Bocejando sem querer me animar. 

É o jeito! 
Nem tudo é perfeito 
Férias, custa nada você chegar?

Ah, seguir a rotina 
Quem me dera ser menina 
E não precisar trabalhar!

Fazer o quê, né? 
Ficar de pé, e preparar um café 
Que é para poder a fome passar. 

Só sei que desperto 
Porém, o corpo não permanece esperto 
Já que anseia ao lindo sonho retornar. 

Tomo um banho com águas quentes 
Como, e escovo os dentes 
Esperando, exausta, ao edredom me enrolar. 

Todo dia 
Uma difícil monotonia 
Essa não era a fantasia que eu costumava imaginar. 

Dizem que tem um lado bom 
Acredito que seja quando coloco o batom 
E a um agitado som, consigo pelo menos aproveitar. 

E em ritmo de distração 
Porque a folga é uma ocasião 
Que friamente gosta de acelerar. 

Oh, no entanto há o dinheiro 
E você luta para que ele não se vá ligeiro 
Em contas a pagar. 

É meus amigos amados 
Nem nos vemos como nos momentos passados
Visto que a minha vida é mais batalhar. 

E eu gosto de ir ao cinema 
Mesmo quando a oportunidade é pequena 
Porém, amo sair para passear. 

Se quer saber, eu sou rio 
E não tenho o coração vazio 
Pois sou uma bela gaivota a voar. 

 

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