The Slytherin's Secret

3 0 0
                                    

Dan's POV:

Olhei para os lados assim que sai da sala comunal da Lufalufa, então senti meu corpo formigar e saltei, mas antes que meu corpo pudesse se puxado de volta ao chão minha forma tinha mudado. Voei, então, o mais alto que pude, tentando sair do campo de visão de qualquer pessoa que pudesse passar pelos corredores. Ser um animago era de extrema conveniência.
Minhas penas pretas tornaram-se quase invisíveis na escuridão do castelo de forma que meu caminho até as masmorras foi sem preocupações.
Tomando minha forma humana novamente, sussurrei para a porta.
Ofidioglossia.
A porta se abriu sem um rugido. Revirei os olhos aos entrar na sala comunal e ver a lula gigante que habitava o lago da escola passar um de seus tentáculos pelo vidro.
Deitei-me na cama silenciosamente tirando apenas minha capa e repousando-a junto com minha varinha em minha cabeceira.

Na manha segunte varri o Grande Salão com os olhar buscando por Tyler, Troye e Phil e fui direto em sua direção.
Sentei-me na mesa da Lufalufa e logo percebi estavam esperando por mim. Sorri educadamente e me servi de café da manhã, começando a comer rapidamente.
— Então... — Tyler quebrou o silêncio — O que vocês descobriram?
— Certo, — Phil buscou meu olhar, mas eu o evitei, constrangido pelo que havido dito na noite anterior. — Connor está planejando trazer alguma criatura mágica de volta à vida com uma adaptação da poção do Morto Vivo. Mas não sabemos o que. — Ele buscou meu olhar e mais uma vez eu o evitei. — Não é?!
— Sim. — Demorei para responder e quando o fiz todos os olhos repousavam-se sobre mim. — O que?
— Dan..., você sabe de mais alguma coisa? — Phil indagou repousando seus talheres sobre o prato.
— Em primeiro lugar, não me chame de Dan, nós não somo amigos. — Respondi como reflexo — Em segundo, não tenho certeza de nada..., mas existem rumores de que o esqueleto do Basilisco que Harry Potter matou em seu segundo ano ainda reside na Câmara Secreta. — Disse balançando o garfo no ar.
— O que é um Basilisco? — olhamos para Phil sem reação, revirei os olhos e dei um gole no meu suco de abóbora.
— Uma cobra, — explicou Troye — se olha-la diretamente nos olhos você morre.
Silêncio pairou entre nós quatro, mas o resto do salão borbulhava com conversas. Ali, naquele momento, quatro alunos possuíam conhecimentos uma informação que poderia mudar tudo, não dissemos nada, mas todo sabíamos que se Franta tivesse controle sobre o basilisco ele poderia dizimar, não apenas Hogwarts, mas a vila inteira de Hogsmede.
— Mas como sabemos se isso não é só um rumor? — indagou Phil pausadamente.
— Perguntamos a McGonagall? Ela deve saber!
— Claro Troye, por que isso não seria nada suspeito e ela com certeza nos diria a verdade. — Disse ironicamente.
— Hagrid e professor Longbottom falam demais sem perceber, tenho certeza que poderíamos perguntar a eles ou...
— Não, é arriscado demais perguntar a qualquer pessoa que trabalhe na escola. — Dessa vez o bom senso veio de Tyler.
O silêncio pairou novamente entre nós, mas dessa vez parecia diferente e, de fato, era. Dessa vez o silêncio falava comigo e quando levantei os olhos do prato para entender do que se tratava percebi que todos olhavam para mim, Phil confuso, Tyler e Troye esperançosos.
— O que? — disse com a boca meio cheia, Tyler ergueu a sobrancelha sugestivamente — Não, — me apressei a dizer enfático — de jeito nenhum!
— Do que vocês estão falando? — Phil ainda não havia entendido o que se passava.
— Eles querem que eu pergunte ao meu padrinho, — meu olhos encontraram os de Phil por um instante — mas não vai acontecer! — Me virei aos dois rapazes do outro lado da mesa.
— Quem é o seu padrinho?
Levei um segundo para responder, pensando no que aquela informação significaria. Respirei fundo e observando meu reflexo no prato vazio em minha frente finalmente respondi.
— Draco Malfoy.
Levaram mais alguns instantes de explicação para Lester entender porque o herdeiro dos Malfoy saberia a verdade sobre a Câmara Secreta, o que acabou me levando a contar a todos sobre o Natal extremamente constrangedor que eu havia passado com os Potter, os Wesley e meu padrinho.
— Está aí mais um motivo para perguntar a ele, — reforçou Tyler — se seu padrinho é amigo do Harry Potter, ele vai saber a verdade sobre a Câmara Secreta.
— Ela odeia falar sobre Hogwarts. — Retruquei. — Perguntei a ele como havia conhecido Harry e seu rosto ficou tão vermelho que pude jurar que vi fumaça sair por seus ouvidos. — A informação não pareceu ter impacto algum, então continuei. — Mais tarde, quando trocávamos presentes James perguntou a Harry qual havia sido a primeira coisa que ele havia dado a Gina de Natal e quando ele começou a relembrar os feriados que passaram juntos durante seus anos de escola Draco perdeu o controle e a árvore pegou fogo.
— Eu entendo, — murmurou Tyler — mas é a melhor opção que temos. Por Merlin, é a única.
— Beleza, — disse depois de alguns instantes de silêncio — mas se eu receber um berrador do meu padrinho por causa disso, você vai se arrepender do dia em que você nasceu!
— Como é possível eu ter mais medo de você agora que sei que você não me odeia do que eu tinha antes? — Phil deu uma risada tosca, como se estivesse brincado.
— Não vai ficando animadinho, — entrei em pânico, ele nao podia saber o que eu sentia — eu nunca disse que gostava de você.
— Então tá, — ele pareceu chateado — mas eu não chamo as pessoas que não gosto de bonitinhas.
O silêncio pairou novamente, eu tinha que dizer alguma coisa ~a verdade é que eu gosto muito de você~ qualquer coisa que fosse ~a culpa não é minha se você bonito~ eu estava entrando em desespero, ~você é diferente das outras pessoas~ então eu dei a resposta mais Sonserina possível.
— Eu nunca disse que *você* era bonitinho Lester.

Troye's POV:

De repente Phil tinha se levantado. Dan parecia em choque e ninguém sabia como reagir.
— Qual é o seu problema Howell? — esbravejou — Um minuto tudo está bem e no próximo você está sendo grosso de novo.
— Eu não tenho problema nenhum, — Dan se levantou também — não me incomodaria tanto se você não fosse tão irritante.
— O que eu fiz de errado? — A briga começou a chamar atenção das outras mesas.
— Eu juro pelas bolas suadas de Merlin, Lester, que se... — o sonserino foi interrompido por um impaciente professor Slughorn que havia se aproximado da mesa.
— Chega, isso já é mais do que suficiente. — Não se ouvia uma palavra no Salão além das do professor — Menos cinco pontos para ambas as casas. — Dan e Phil tentaram protestar. — Não estou surpeso de ver um sonserino envolvido em briga, mas honestamente eu não esperava esse tipo de comportamento de um lufano. Estou severamente decepcionado, Sr. Lester.
Dan bufou remexendo suas vestes verdes onde sua mão já se encontrava antes da chegada do professor.
— E se você puxar varinha mais um centímetro para fora de suas vestes, Sr. Howell, o senhor receberá uma detenção! — o professor foi firme, o que não era muito característico de seu comportamento cotidiano, mas acho que ter seus armário de poções roubado o preocupou.
Dan bufou novamente e revirando os olhos saiu do Salão, murmurando algo de forma inaudível.
— E você Sr. Oakley, o que está fazendo aí? — Ele não esperou por uma resposta. — Vá se sentar na mesa da sua casa. — E assim, ele voltou a mesa dos professores.
— Pergunte a ele o que aconteceu! — Tyler sussurrou antes de mover suas coisas e ir em direção a seus colegas.
Phil voltou a se sentar e começou a brincar com a comida em seu prato, parecia estar tentando se distrair de seus próprios pensamentos. O rapaz mordia o lábio inferior de forma inquieta e balançava as pernas em baixo da mesa tão intensamente que me chutou um par de vezes sem se desculpar.
Fiquei em dúvida se devia questiona-lo, nunca havia visto Phil bravo com nada, ou ninguém, mas encontrei os olhos de Tyler arregalados do lado oposto do Salão, como se insistisse em algo, então, respirando fundo, eu disparei.
— O que está acontecendo com você e Dan?
—Que? — Ele pareceu confuso, desconexo. —Ah, hum... Eu não- eu não sei.
Eu não disse mais nada, mas ele retomou a fala em um tom completamente distinto.
— Ele é tão... grosseiro! — Phil largou o garfo no prato e som me fez encolher os ombros. — Ele acha que pode fazer o que quiser sem sofrer as consequências só porque é alto e convencionalmente atraente? Ou porque verde e prata o vestem bem? Ou porque ele é inteligente e misterioso? Ele é mimado, isso que ele é!
— Então, — depois de alguns momentos, esperando que ele fosse dizer algo mais, eu respondi — pelo que estou entendendo, você gosta dele?
— Que? — Ele pareceu surpreso com a minha constatação e logo voltou a sua cara de raivosa — Não! Eu o desprezo... na verdade, pouco me importo com ele, podia cair morto e não ia fazer diferença alguma.
Ele se levantou batendo na mesa e saiu.

Mais tarde, naquela mesma manhã fiquei ao lado Tyler na aula de herbologia e ele não se demorou e perguntar sobre o evento do café da manhã. Eu, então, expliquei tão detalhadamente quanto pude minha conversa com Phil, tentando descrever e até imitar suas expressões faciais.
Tyler faz alguma piada sobre os dois brigaram como se fossem casados e eu ri, mas meus olhos estava perdidos nos dele e o rapaz-de-cabelo-azul percebeu e, de forma discreta, entrelaçou seu mindinho no meu.
— Eu não sei o que Dan e Phil sentem um pelo outro, mas... — ele hesitou — *eu* gosto de *você*.
Meus olhos se arregalaram em surpresa por uma fração de segundo, em seguida consegui me recompor o suficiente para dizer que sentia o mesmo.
Foi nesse momento que ouvi o inimaginável, Tyler se ergueu nas pontas dos pés de forma sua boca alcançasse meu ouvido.
— Gosta de mim o suficiente para aceitar ser meu namorado?
— Sim!
Não consegui conter o sorriso e não o teria feito se conseguisse, mas antes que eu pudesse dizer qualquer outra coisa o professor Longbottom entrou, fechando a porta da estufa atrás de si e pedindo silêncio.

Você leu todos os capítulos publicados.

⏰ Última atualização: Jan 06, 2020 ⏰

Adicione esta história à sua Biblioteca e seja notificado quando novos capítulos chegarem!

WandlessOnde histórias criam vida. Descubra agora