Epílogo - Livro I

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— Onde você está indo essa hora? - Luke pergunta com os olhos ainda fechados e com uma garrafa de whiskey nos braços molhando o sofá.
— Nova Iorque, meu voo sai às 7h - Amanda diz arrastando as malas até a porta.
— Te levo até o aeroporto - Luke diz levantando-se.
— Não precisa, eu estou bem - Amanda diz - Já chamei o carro.
— Não parecia tão bem há algumas horas.
— Nada que algumas horas de sono não resolvam - ela diz - meu carro chegou.
— Eu te ajudo - ele diz pegando as malas.
— Não precisa - Amanda puxa a mala dele e entrega ao chofer.
— Não vai nem se despedir? - ele pergunta.
— Adeus Luke - ela diz saindo batendo os saltos contra o chão.

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— Vai fazer xixi mais uma vez? - Anthony pergunta levantando o braço que cobria Juliet.
— Minha bexiga está apertada - ela diz levantando.
— Sei que não faz tanto tempo, mas será que...
— Em duas horas Tony, impossível - ela diz do banheiro - Mas não faço um teste já há algumas semanas.
— Por que não? - ele pergunta aparecendo na porta do banheiro com uma caixa de testes na mão.
Juliet respira fundo e pega a caixa.
— Estou confiante - Anthony diz.
Juliet faz o teste, o deixa sobre a pia e volta para a cama.
— Não sei se vai dar certo - ela diz.
— Pensei positivo - Anthony diz abraçando-a - Já sinto até o cheiro do talco.
— Meu chá de bebê vai ser muito melhor que o da Georgina, não é?
— Apesar de imaginar Amanda falando isso, não você - Anthony diz - Tenho certeza que vai ser o melhor chá de bebê do mundo, o que quiser vai ter. O quartinho também será incrível.
— Todo branco, com ursinhos de crochê bordados a mão.
— Do jeito que você quiser, tenho certeza que não vai ter outro que chegue aos pés.
O alarme do celular toca indicando o fim do tempo.
— Eu não tenho coragem.
— Eu olho - Anthony diz levantando-se. Ele volta com o teste em mãos sorrindo. Juliet começa a gargalhar - Preciso que confie em mim, não foi dessa vez, mas nosso filho vai vir.
O sorriso em nos lábios dela some e uma lágrima escorre, e é acompanhada por outras que deságuam quando Juliet é abraçada por Anthony.

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O celular desperta e Amy acorda, por um segundo ela se assusta com a figura masculina ao seu lado, mas logo seus pensamentos se organizam. Ela levanta e vai até a mala deixada no quarto. Procura por alguma roupa confortável.
Com a roupa escolhida caminha até o banheiro, com a intenção de tomar banho e tirar qualquer resquício da festa. O cabelo duro por laquê exige diversas lavadas com o shampoo.
— Bom dia - Ian diz entrando no banheiro fazendo Amy se assustar - Só vim pegar a escova de dentes.
— Espera - ela diz fazendo o parar - O que aconteceu ontem?
— Você não se lembra do que aconteceu ontem? - Ele pergunta dando seu sorriso sedutor, ele chega perto de Amy que instintivamente tenta se cobrir com os braços - Ontem você estava tão chapada que dormiu no sofá, te trouxe para o quarto, espero que não tenha se importado, afinal a cama é bem mais confortável.
— Você pensou nas minhas costas? - ela pergunta rindo.
— Claro, seria engraçado se te vissem dolorida hoje - ele diz - Mas não valeria a pena seu sofrimento.
— Gentil da sua parte - ela diz o puxando pela camiseta e dando-lhe um selinho, quando ele decide aprofundar o beijo Amy o puxa pra debaixo d'água.
— Não acredito que fez isso - ele diz pausadamente, ele encara a roupa molha e depois Amy, da seu sorriso de sempre e tira as peças encharcadas, deixando-a sem reação.
Ele percebe que ela faz força para não encarar seu corpo, talvez por curiosidade.
— Poderia me passar o sabonete por favor? - ele pede tentando descongela-la.
— Só cuidado para não derruba-lo - ela diz fazendo rir ainda mais.
Propositalmente ele deixa cair no chão.
— E agora?
— Eu não vou pegar - Amy diz.
— Tudo bem - Ao se abaixar ele percebe que ela o encara - Pode esfregar minhas costas?
— Claro - ela diz pegando a bucha e deslizando pelo corpo de Ian.
Ele começa a perder o controle e Amy se acostuma com a situação. Ian fica de frente para ela.
— Preciso sair, quer comer alguma coisa?
— Fica - Amy diz puxando-o pelo braço.
— Não quero que se sinta obrigada - ele diz.
— Ian eu quero - ela diz colocando a mão dele na sua cintura.
— Aqui não - ele diz a puxando até o quarto. Por estarem molhados Ian escorrega.
— Sua cabeça está sangrando - Amy diz puxando uma toalha de rosto para estancar o corte.
— Parece que algo não quer que aconteça - ele diz tentando se sentar.
— Tem um kit de primeiros socorros?
— Não sei - ele diz.
— Acho que consigo suturar - ela diz olhando o corte.
— Você poderia se vestir? Não consigo prestar atenção no meu ferimento.
— Faço esse esforço, tente fica deitado - ela diz selando os lábios dele e levantando, Amy veste o roupão e procura os itens necessário.
A porta da sala abre e ela pega um vaso como ferramenta de defesa.
— Oh! - uma senhora diz ao abrir a porta - Srta. me perdoe, não sabia que estavam no apartamento.
— Deus - Amy diz devolvendo o enfeite e levando a mão no coração, suas mãos sujas de sangue mancham o roupão - Ian! A senhora sabe se tem kit de primeiro socorros?
— Tem uma caixa na lavanderia - ela diz entrando no apartamento - O que aconteceu?
— Precisa levar pontos lá? - ela pergunta sussurrando.
— Não - Amy diz rindo - Ian escorregou e bateu a cabeça.
— Meu Deus! Onde ele está? - ela diz pegando a caixa.
— No banheiro, mas...
A empregada vai rapidamente na frente de Amy que tenta impedi-la. Ela se joga na porta bloqueando a entrada dela.
— Muito obrigada, mas eu resolvo - Amy diz.
— Faço isso há muito tempo querida - ela diz empurrando Amy - Já costurei os herdeiros Featherington antes.
— Olga, está aí? - Ian pergunta do banheiro.
— Ele não está vestido apropriadamente - Amy diz.
— Entendo que queira guardar sua intimidade, mas é uma situação emergencial.
Amy puxa o lençol da cama e entra no banheiro primeiro para cobri-lo.
— Muito legal, não é? - Ian diz quando Amy coloca o lençol sobre suas pernas - Nem a enfermeira dos sonhos eu posso ter.
Amy ri e permanece do lado dele, segurando sua mão, enquanto Olga costura o corte.
— Foi um corte bem feio - ela diz enquanto sutura - Vocês tem que tomar mais cuidado com o que fazem.
— O problema é justamente o contrário - Ian falou, fazendo Amy apertar forte sua mão - Eu escorreguei saindo do chuveiro.
— Senhorita pode me passar o esparadrapo por favor.
— Não quero ser chato, mas Amy agora é senhora - Ian diz corrigindo-a.
— Perdoe-me senhora Featherington, é tão novinha que me esqueço disso - ela diz cobrindo o ferimento - Está pronto para outra.
— Olga poderíamos fazer seu café da manhã especial? - Ian pergunta - Amy me ajuda a ir para cama.
Ela sai deixando-os a sós.
— Bem que eu queria te levar para a cama - ela diz o ajudando a levando.
— Nada impede.
— Ian você pode ter tido uma contusão, não posso abusar de você nessas condições.
— Você quer abusar de mim? - ele pergunta rindo.
— Não tem graça.
— É claro que tem - ele diz se deitando no colchão - De tão trágico é cômico.
— Vou pegar um roupão para você - ela diz.
— Espere, antes tranque a porta por favor.
Amy tranca a porta e ele a chama para perto. Ian desamarra o roupão dela.
— Você está machucado - ela diz.
— A parte necessária está bem - ele diz puxando-a.
— Eu não sei o que fazer - ela diz - E é melhor você não se esforçar.
— Silêncio, tem gente aqui - ele diz sussurrando - Para não tem deixar mais nervosa, eu vou ficar deitado e te ajudo no que fazer.

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