Capitulo Cinco.

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Mais um capitulo pra vocês. 


Capitulo Cinco

Hortênsia.

Não encontrei muito sossego antes de adormecer, confesso. O maior desconforto se deu pelo fato deu me sentir extremamente tocada por um árabe, um selvagem em meu pré-conceito de todos eles, embora em seu todo sejam pessoas ricas, bem-sucedidas e elegantes. A palavra mais adequada seria excitada. Lubrificada. Molhada por aquele corpo moreno de pentelhos dourados. Mandando meu orgulho pro inferno tive de reconhecer que para uma estudante de Relações Internacionais, sou uma pessoa muito ignorante e cheia de estereótipos. Tal descoberta me fez ver e concordar pouco depois dele partir, que de alguma forma poderia estar me apaixonando. A ideia foi refutada no início, mas agora, afundada em uma tenda no mundo dos sonhos onde não consigo discernir a ilusão da realidade, sei que não há outro lugar pra onde correr.

Os braços que rodeiam a minha cintura nua, constato, são mais fortes do que imaginei e muito familiares. Eu o conheço tão bem e meu corpo está tão encaixado em seus braços que sequer paro alguns segundos para refletir.

— Você veio até mim. Eu disse que viria. — A voz conhecida soa baixa e suave, tão diferente do tom que estou acostumada a ouvir deixar os lábios róseos de Abdulmajeed. Ao mesmo tempo, uma grande mão sua aperta meu seio esquerdo arrancando de mim mesma um gemido alto de prazer.

— Abdulmajeed... — Gemo seu nome, incitando-o mais. Deleitado com a minha entrega, ele ri ao pé do meu ouvido, a outra mão se encaixando agora no meio das minhas pernas. Os dedos largos abrindo meus lábios suados e se infiltrando na minha vulva, transformando as minhas súplicas incoerentes e resmungos baixos. Ávida por mais prazer, rebolo em sua mão, adorando quando enfia mais um dedo e depois mais outro.

— Oh! — Ele arqueja quando empurro a bunda descaradamente contra seu pau, adorando tê-lo tão grosso e ativo, totalmente fora de controle. — Nem parece que a três meses atrás corria tanto de mim e agora... — Ele arranca o dedo da minha vulva e leva aos meus próprios lábios. Ensandecida, chupo-os. — Agora quer ser minha putinha. — Rosna alto, os dentes cravando em meu ombro.

O Leão da Montanha, do qual fugi desesperadamente quando tencionou se casar comigo há meses atrás, vira-me de bruços, exatamente como prometeu que faria pelo seu mensageiro. Agora tenho a honra de chamá-lo de Abdulmajeed, seu nome. Um privilégio que nunca quis ter antes por tolice. Eu o amo e sempre fui dele. Desde meu nascimento que estou destinada a ele. Ansiosa, espero que monte em mim de olhos fechados e a cada segundo que passa, me pergunto porque demora tanta. Preocupada abro os olhos e então desato em um lugar mal iluminado e silencioso. Não estou mais em nenhuma tenda ou sobre almofadas esperando ser comida por trás pelo Leão da Montanha. Estou sozinha em meu apartamento e ainda muito, muito mesmo lubrificada.

— Droga! — Bato com os punhos fechados na cama. O movimento repentino incomoda um pouco os leões que se remexem e balançam às orelhas amarelas, e só. Eles estão bem ao meu lado, um tanto mais alegre pela visita do dono hoje. O Leão da Montanha, zombo. Que sonho patético e terrivelmente sensual. Pareceu que durou segundos, mas a verdade é que deve ter durado mais tempo visto que estou muito excitada e com os bicos dos seios eriçados.

Tirano Abdulmajeed! Está me deixando irremediavelmente lasciva, sem escrúpulos e sem consideração comigo mesmo. Isto é inaceitável. Não posso ceder às alusões descabidas que meu corpo cede àquele estranho que nada de semelhante tem comigo. Meus pensamentos se perdem e o resto da noite se vai em um sopro. De manhã, estou bem-disposta, apesar de pouco ter dormido e após receber o homem que aquele príncipe disse que viria, sigo na direção oposta ao centro de Ministério das Relações de Riade. O meu caminho é distraído pelos meus pensamentos tumultuosos. E não sei mesmo dizer porque sinto isso em meu peito. É a melhor opção a se fazer, muito embora me custe muito.

Príncipe Saudita.Onde histórias criam vida. Descubra agora