E, de tudo e de todos, Mannon Vanderwall evitava, principalmente os que lhe causavam algum sentimento, não era uma garota que não acreditava no amor, sabia que chegaria, uma hora ou outra, mas não que viria acompanhado de um sorriso malditamente ten...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
O mundoé apenas um intrincado de mentes brilhantes, almas sombrias e corações partidos.
A composição natural da mente de cada ser humano não poderia ser dar por isso, as coisas eram mais complexas e cada um possuía a própria maneira um mapa de verdades inteiramente novo dentro de si, mas deixando tudo a maneira simples, Mannon acreditava que sim.
Acreditava que aquilo poderia ser facilmente uma verdade, mas nunca havia compartilhado aquela ideia, e muito menos a certeza de que havia uma grande beleza em todos aqueles seres mas Mannon acredita que sim e além disso, em toda a beleza que se escondia ali entre as margens do que era possível ou não se ver a olhos descuidados, pois não era algo vivo e gritante, imaculado que alguns mantinham e sim algo tênue e temeroso, amedrontado de estar ali, criando forma, se moldando novamente a algo totalmente novo, desconhecido até para eles.
Algumas vezes, Mannon acreditava que tudo aqui residia apenas em sua cabeça, acreditava ser jovem demais e muitas vezes inexperiente se tratand0 de pessoas, mas ela era, acima de tudo, uma grande observadora e como muitos já ressaltaram possui uma mente igualmente brilhante, muitas vezes até perversa.
Essa linha racional não havia nascido do puro e mero acaso no entanto, e sim de algo que Mannon frequentemente ponderava, muitas vezes sentia o amargor na própria língua, porque ela, dentre todas as pessoas, sabia como era viver nestas exatas condições.
Havia um termo para isso.
Cativo. Em sua própria mente, em suas próprias vontades. Sempre pensando duas vezes, controlando os movimentos, as expressões, os mínimos traços de seu rosto, esse comportamento, novamente, não era um simples acaso, e sim algo que cresceu junto com a garota que vivia em um castelo, cercada de pessoas excepcionais em seus próprios meios e por isso, exigentes com qualquer que ousasse nascer na mesma linha de sangue.
A família de Mannon possuía um ar frio e elegante, estimavam o melhor de suas crianças e não existia outra opção a não ser lhes dar isso, ela havia aprendido, da pior ou melhor maneira a nunca sorrir, nunca acenar, a manter a boca fechada e as emoções contidas, ela e Nicolas comparavam aquilo a ingerir doses de veneno e acabar se acostumando com o gosto.
E Mannon sempre foi uma das crianças excepcionais, boa com o que precisar ser, mesmo que não quisesse, mesmo que muitas vezes ser boa com nesses caminhos se tornava insuportável, sufocante.
Não gostava de pensar ou mesmo se orgulhar de ter alcançado essa habilidade, anos atrás acreditava que conseguiria reverter quando chegasse a hora ou se achasse necessário, nunca supôs que depois de anos vivendo sob aquele código sua mente se enraizaria com tanto ardor aquele comportamento, que não saberia mais como se desprender.
Mas ao contrario do que muitos acreditavam, Mannon apreciava a posição em que nasceu, por mais sufocante que alguns momentos parecessem, onde apertavam as suas bochechas e beliscavam os seus braços todas as vezes que sua postura fugia ao adequado ou sua mente não trabalhava rápido o suficiente para responder uma pergunta, Mannon não apreciava os eventos, porque se sentia uma boneca sem expressão, vestida em roupas caras e sapatos apertados, sua vontade era sem importância, mas Mannon ainda sentia um sorriso curvar os seus lábios todas as vezes que alguém lhe olhava com cautela, aquela importância que apenas o seu nome poderia ter.