Henry parece ter razão sobre outras coisas também, além do modo de despertar pacientes em coma. Conversando com Mary Margaret, Emma se dá conta de que Regina é prefeita há muito mais tempo do que seria aceitável para a idade dela – a professora nem lembra mais quando foi que Regina se elegeu pela primeira vez, mas aparentemente Henry ainda não estava na cidade. Ou seja, tem mais de dez anos. E pelo visto, ninguém se atreve a desafiá-la, e permitem que ela manipule a cidade inteira ao seu bel-prazer.
Mas Regina aparentemente desistiu de atacá-la, depois de investigar sua vida, e descobrir que ela se mudou sete vezes na última década. Emma não costuma criar raízes em lugar nenhum, e é por isso que agora ela tem certeza de que a moça não representa qualquer perigo para ela ou para o filho. Só pede que, quando decidir cair fora, Emma não magoe Henry.
O engraçado é que Emma teve a chance, naquela manhã mesmo, de começar a criar raízes em Storybrooke, quando o Xerife a cercou na rua para agradecer a ajuda no caso do Fulano desaparecido.
Ela não pensava em aceitar, mas Regina pressioná-la a cair fora de uma vez a deixou furiosa. E para ajudar um pouco mais em sua decisão sobre ficar ou não ficar, se ajustar ou não àquela cidade esquisita, Gold a procurou naquele dia para lhe oferecer seu primeiro trabalho oficial em Storybrooke: procurar uma garota que o atacou em sua loja noite passada, e fugiu levando algo de valor que lhe pertence. Ele não quer envolver a polícia, porque a moça está estourando de grávida, e ele não quer arruinar a vida dela. Uma afirmação que deveria ter ligado o desconfiômetro da Emma. Principalmente depois de ele se recusar a contar o que foi que ela roubou.
E para tornar seu dia ainda mais interessante, Henry conseguiu se livrar da mãe, que se entupiu de batom logo cedo para ir a uma "reunião com o conselho da cidade", em pleno sábado, e só vai voltar às dezessete horas. O que significa que ele pode passar o dia todo com sua mãe biológica. E como ele faz cara de inocência, e Gold pouco se importa com o que o filho da prefeita apronta, ele finge não estranhar o fato de o menino estar perambulando sozinho pelas ruas de Storybrooke. Cidadão modelo esse Gold...
Como não sabe por onde começar a procurar, Emma vai ao restaurante da Vovó Donalda para ver se Ruby sabe de alguma coisa a respeito da desaparecida Ashley Boyd, já que Emma a conhecera na manhã anterior na lavanderia que fica nos fundos do restaurante, quando a prefeita a fez entornar chocolate quente na roupa. A garçonete conta que o namorado de Ashley deu no pé assim que soube da gravidez (típico!), e a garota não tem família (mais típico!), exceto uma madrasta e duas irmãs com quem não se dá (tipicamente Cinderela!). Aliás, essa era a única informação que Henry precisava para sacar que a garota era a Gata Borralheira lá em Tão, Tão Distante, já que em Storybrooke ela continua sendo empregada doméstica.
E na falta de uma pista melhor, Emma decide seguir o conselho de Ruby e bater um papinho com Sean Herman, o ex-namorado de Ashley, mas ele não faz a menor ideia de onde ela esteja. E a história não é exatamente do jeito que a garçonete contou. Sean é claramente manipulado pelo pai, e foi ele quem exigiu que o rapaz abandonasse a moça grávida, para que ele não jogasse a vida fora para criar um filho com uma qualquer. O homem já teve um trabalhão para conseguir aquele acordo, para enviar o filho dela a um lar adequado, pagando à Ashley uma pequena fortuna.
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Once Upon a Time
Fanfiction... E TODOS VIVERAM FELIZES... NÃO, PÉRA... Era uma vez, num reino muito distante, uma Rainha entediada com o patético e repetitivo clichê "... e viveram felizes para sempre", que um belo dia, depois de constatar que seu espelho mentia ao dizer que...