Eu estava meio desacordada, mas eu tentava abrir meus olhos pra enxergar tudo que acontecia ao meu redor, mas eu só via um barulho muito alto de pessoas conversando, outras gritando, choro de crianças e umas luzes que irritavam meus olhos...tinha pessoas ao meu redor me levando pra algum lugar...quando consegui abrir meus olhos alguém gritou
-Leva ela pra minha sala! Vou examina-la! -nesse momento, senti como se eu estivesse flutuando, as pessoas me levaram correndo pra essa tal sala e eu consegui ver com dificuldade minha mão cheia de sangue, e então me desesperei
-O-O que tá acontecendo -falei chorando em desespero e medo
-Você está no hospital, sofreu uma acidente de carro! -uma mulher que estava me levando disse
-Ei! Pra onde estão indo? -um homem gritou se aproximando de mim
-Pra aquela sala ali, o médico vai examinar ela! -essa mesma mulher respondeu
Esse homem se aproximou de mim e eu não conseguia ver bem quem ele era...meu medo só aumentava uma sensação terrível de desespero e de estar perdida em algum lugar
-Fica calma, eu to aqui com você. Vai ficar tudo bem. -ele disse com a voz trêmula e...quando eu consegui ver quem ele era me lembrei do que aconteceu
-Me explica...quem é você po-por que está aqui comigo eu não entendo! -falei enquanto era levada, cheguei a sala e eles me colocaram em outra maca e o médico começou a me fazer perguntas e examinar
-Cadê a minha mãe...e-e-ela tava comigo... -falei chorando
-Está sendo atendida. -o médico respondeu
Esse homem que estava comigo e me ajudou mais cedo...ele estava desesperado! Andava de um lado pro outro, ficava perto de mim e depois perguntava pra alguém se eu ia ficar bem, até que tiraram ele da sala por acabar atrapalhando os médicos.
-Você vai dormir só um pouco...
[...]
JOHN ON
Sofremos um acidente de carro, e quando dei por mim, Lois estava sendo levada de maca pelos corredores do hospital, enquanto eu corria atrás dela e a via toda machucada, cheia de esfoliações.
Quando a colocaram na sala, eu não contive meu desespero, primeiro porque é minha obrigação cuidar dela e não deixar que essa situação acontecesse, e segundo porque eu não queria a perder...nao queria que o final da história fosse assim, sendo que eu nem pude conversar com ela, explicar tudo e fazer ela se sentir segura do meu lado no meio de todo o caos que a vida dela virou.
-Por favor! Ajuda ela! Não deixa ela morrer...-eu falei essa frase diversas vezes com duas enfermeiras que estavam com ela na sala, até que por verem meu desespero me colocaram pra fora da sala, e eu fiquei vendo tudo da janela, até que a colocaram pra dormir e eu pude observar eles terminando tudo.
-Você pode sentar na cantina, isso demora, até examinarem ela por completo ela não sai dali.
-uma enfermeira que estava na sala disse
-Eu não saio daqui, quero ficar perto dela.-falei e ela apenas concordou
-Enfermeira, a mãe dela Helena, também está bem?
-Sim, ela está dormindo porque estava com dores no corpo do acidente, mas está bem na sala ao lado. -e apontou a direção da sala
-Ok, muito obrigado! -sorri e ela saiu
Fiquei então revezando...olhava sua mãe e ela o tanto que eu podia.
Não posso ficar sem ao menos observar o que é feito ali...é esse acidente não foi um simples acidente...aqueles homens estavam de carro, não dei fim em todos então foi um acidente criminoso. Mas eu vou pegar quem fez isso.
[...]
Depois de horas, andando de um lado pro outro naquele corredor, o médico saiu da sala e ela já estava na cama dormindo.
-Dr, o que ela tem? -perguntei sem nem ao menos deixar ele falar um A primeiro
-Fique calmo, ela apenas quebrou o braço mas não precisa de cirurgia, engessamos e demos a medicação pela veia, ela está sedada pelas dores...mas quando acordar estará melhor. -explicou
-Que bom! Graças a Deus! Muito obrigado, Dr. eu posso entrar?!
-Antes eu preciso saber o que você é dela...algum parente? -o médico perguntou, é claro que não podem deixar um homem estranho ficar em uma sala com uma mulher sem saberem o que ele é dela.
-Eu sou o marido dela, estávamos no mesmo carro que bateu, com a mãe dela também. -falei e ele assentiu com a cabeça
-Bem...sendo assim pode entrar na sala, mas so por 20 minutos.
Concordei e fui entrando na sala, e ela estava dormindo tão tranquila...eu nem sei o que seria se ela tivesse morrido ou se fosse alguma coisa mais grave.
-Que bom que você está bem...-falei e fiz um carinho em seu rosto...
-Depois passe na recepção e entregue algum documento dela se tiver e seu também pra anexarmos no prontuário, e também da mãe. -o médico disse na porta da sala
-Tudo bem, vou passar lá. -falei e ele saiu, me deixando com ela ali.
-Lois...você não imagina como as coisas estão difíceis pra você de agora em diante com toda essa confusão...mas eu estou aqui com você...-falei e depois pensei "ela esta dormindo, nem vai ouvir" mas queria que ela tivesse a sensação de alguém bom com ela ali... beijei sua mão, me sentei na poltrona do lado da cama e fiquei com ela o tempo que eu pude.
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Contrato de proteção
RomanceLois é uma jovem mulher de 20 anos, que mora em Nova York e trabalha dia e noite para cuidar da mãe que esta doente. Quando abandonada pelo pai enquanto criança, precisou enfrentar o mundo sozinha. Agora, prestes a iniciar seus estudos na faculdad...