Voltando a lá plaia ó ó ó

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Ir para a praia é uma terror na maioria das vezes, por causa de um trânsito provável e uma viajem longa iminente. É uma delícia a praia. Lógico tem a questão do calor interminável, os banhistas desagradáveis, a longa fila de bundas vermelhas e caras brancas (vocês do que estou falando agora), o dindin indo embora nas primeiras barraquinhas e ambulantes, a areia em todos os lugares e a diversidade de corpos.

Mas e a volta? O que podemos esperar?

Bem, se você foi de carro. Se ferrou. Terá que escolher um dia estratégico, um horário bom na alta temporada. Nada mais nada menos do que o esperado. Além disso, se for o motorista, se forrou mais ainda. Enquanto estão todos dormindo, incluindo o carona que deveria te ajudar, eles estão em processo de hibernação.

Cuidado também com o que você comeu no último dia, pois isso pode ser decisivo na sua volta. Quem garante que aquele espetinho de camarão por dois e cinquenta não vá te dar uma diarreia no meio da estrada? E banheiro para achar? Estou falando, lógico, se for um banheiro minimamente decente. Sabe, sem ratos, baratas, mofo, com papel e portas funcionando. Uma luz, nem que seja piscando ou o próprio sol, fazem diferença no trono do camarão. Afinal, ninguém quer ter que usar o banheiro "ar livre". Torço que você esteja levando um rolo de papel higiênico, pelo menos.

Também aconselho que se hidratem muito bem esses dias todos. Vendedores de água e água de coco devem lucrar muito na alta temporada. Porque não pode ser qualquer líquido, entendeu? Nada de só refrigerante, suco mancha pulmão sabor limão ou a cachacinha sagrada. Seus rins e fígado vão me agradecer.

A desidratação é um caso seríssimo. Além da caganeira, vai chamar o Hugo por um bom tempo. Para melhorar é a mesma receita que você deveria ter usada para não ficar assim. HIDRATE-SE. Água. Muita água de coco para você, amigue. Vai se hidratar por bem ou por mal no final.

Mas não vá abusar. É quase a mesma regra da caganeira. Só que mijar na beira da estrada é muito mais suave do que cagar. Não se esqueça. Ou você dá a cara ou cu para o caminhoneiro que estiver passando. Vai por mim. Eu falo do que eu sei. Né, mamãe?

Outra coisa que vai influenciar muito na sua volta da praia e como você viverá depois é o protetor solar.

Que a gente tem que se proteger dos raios solares não é novidade para ninguém. Mas deixo eu lembrar outra coisinha que acontece, além de um câncer de pele no futuro: você se queima e pode pegar insolação.

Ficar vermelho feito um pimentão e dolorido não é o programada que ninguém gosta. Tenho certeza que Amanda e Gabriel concordam comigo. Imagine ficar com as bolhinhas. Pelo menos não dói em todos. Fernanda que o diga. Em alguns casos, até febre você fica. Tá, garotona? Tá, vou parar de explanar o povo, Karina e mamãe.

Isso sem contar que você vai descascar e todos verão a cobra criada que você é. A troca de pele, sururucucu, vai render umas boas piadas.

Fecho essa crônica com uma mensagem afetuosa.

Aos motoristas, boa sorte e cuidado.

Aos passageiros, bons sonhos.

E aos caronas, acordem seus vagabundos! Vão ser solidários com os pobres motoristas!

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