Allison é uma forte mulher, resolvida e muito bem-sucedida, mas se vê presa em uma vida pacata, onde tudo que faz é realizar com perfeição a profissão em que se dedica tanto e sentir falta da época em que era livre, despreocupada e cheia de vida. O...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Allison Monroe
Já ouviu falar que a vida é feita de fases? Por mais clichê que soe, é a mais pura verdade. Cada um tem o seu melhor e pior momento. Para muitos, a infância pode ter sido complicada e muitas vezes traumática. Para outros, por exemplo, a adolescência é a fase mais difícil. Crises existenciais, pressão, bullying na escola, mania de perseguição, sem contar a puberdade, os hormônios podem ser uma droga. Mas para mim não, a minha infância e adolescência foram incríveis.
Primeiro veio o jardim de infância. Simplesmente as preocupações não existiam, eu tinha vários amiguinhos, um mundo colorido, apenas ocupava a minha cabeça escolhendo a brincadeira do dia, qual desenho faria, ou qual música infantil infernal faria meus pais ouvirem até enlouquecer. Eu me divertia, era tudo tão fantástico e mágico.
Então os anos se passaram, e apesar das brincadeiras não serem mais frequentes, eu ainda não tinha nada de grande para ter que lidar, ocupava minha cabeça pensando como seria incrível quando fosse mais velha. Pensava que frequentaria festas como nos filmes, que teria liberdade, tinha aquele pensamento infantil de que a vida seria muito melhor. Devo dizer que na época pareceu uma eternidade, mas esse período realmente chegou, o famigerado ensino médio.
De primeiro momento, pensava que toda aquela coisa de filme adolescente de hollywood não aconteceria comigo, e sinceramente não me importava, gostava de ser apenas mais uma num meio de um bando de adolescente desajustados, era apenas eu e minha única amiga Emma, nós gostávamos de ser despercebidas e sozinhas, porém isso foi por pouco tempo, as coisas mudaram um pouco.
Eu aproveitei o meu ensino médio, foi divertido para mim, aconteceu as festas, os passeios, a diversão que pensava que teria, e mesmo que eu me preocupasse com o meu futuro, muito devo dizer, as coisas fluíram bem para mim. Quando cheguei no meu último ano, o sentimento do temor da responsabilidade chegou, com força. Senti muito medo quando percebi que um ciclo estava se terminando, mas e daí? Eu teria mais uns bons anos na faculdade, quem disse que não poderia ser melhor? Quem sabe a vida adulta não fosse tão ruim e eu teria a minha deliciosa liberdade? E sim, isso até que aconteceu, em partes, não necessariamente como pensei que seria, mas mesmo que não tenha sido como o esperado, mesmo com todo o drama adolescente, porque sim, ele existe, posso afirmar com toda a certeza que são os melhores anos das nossas vidas, porque quando a vida adulta chega, o desejo de ter tudo aquilo novamente, pelo menos uma vez, vem. A vontade de ser cercado por amigos, sem a realidade assustadora que temos que viver para resolver problemas, pagar contas, assumir responsabilidades bate com força. Não digo que tudo na vida adulta é horrível, mas nada será como a nossa juventude.
Bom, essa é a minha opinião.
Eu não sou velha, tenho vinte e cinco anos, mas meu corpo e mente estão além disso e muitas vezes desejam ser novamente aquela Allison Monroe de dezessete anos, bem-disposta e animada. Eu amo o meu trabalho, desde sempre soube que queria ser advogada, e sou muito grata por ter conseguido tudo que consegui, porém eu adoraria umas férias.
