Sua primeira tarefa foi falar com os Roux.
– E... agora...? – Julien perguntou, enquanto se deixava cair em uma cadeira. Gillbert suspirou enquanto escondia o rosto entre as mãos. Louise estava pálida pela notícia.
– A primeira coisa é: Fiquem calmos. Vou pensar em algo.
Henri ficou calado por um tempo. Estalou os dedos quando a ideia veio até ele.
– É ISSO!- Seus olhos e seu rosto brilhavam.
– Isso o quê?! – Gillbert encarou Henri.
– Quanto custou a propriedade de vocês em Toulouse?
– Que... que tipo de pergunta é essa?!
– Faz parte da minha ideia, monsieur Roux.
– Custou... Mil Luíses...
– Dou trinta mil.
Os olhos de Gillbert se arregalaram.
– C-C-Como...?
– Tenho uma quantia que alguns parentes meus me deram. Ao todo, tenho trinta mil Luíses. Darei o dinheiro a vocês. Recuperem a casa e sejam felizes.
Louise correu até Henri e o abraçou.
– Mas não vai fazer falta, Vincent? – Indagou Gillbert.
– Não. Eu nem gostava de ter tanto dinheiro, mesmo. No que eu gastaria trinta mil Luíses?
– Em uma casa longe do conde balofo...? – Julien opinou, sorrindo.
– Era uma boa. – Henri sorriu.
***
A negociação foi rápida. Henri foi com os Roux para Toulouse, onde reconquistou a casa com lábia, inteligência e dinheiro.
– Aqui. Vinte mil Luíses. – Disse, dando o dinheiro ao agora ex-dono da casa.
– Mas e o resto?
– Os dez mil Luíses ficam com os Roux. Não quer vê-los passar fome, não é? E, afinal de contas, vinte mil Luíses é uma soma considerável, monsieur.
O ex-dono da casa fez uma reverência, encabulado.
– Obrigado, Vossa Senhoria. – Beijou a mão do nobre em um gesto de humildade e saiu.
Henri sorriu para os Roux, os ajudou na mudança e voltou para Paris.
Tudo ficaria bem.