Huit

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Sua primeira tarefa foi falar com os Roux.

– E... agora...? – Julien perguntou, enquanto se deixava cair em uma cadeira. Gillbert suspirou enquanto escondia o rosto entre as mãos. Louise estava pálida pela notícia.

– A primeira coisa é: Fiquem calmos. Vou pensar em algo.

Henri ficou calado por um tempo. Estalou os dedos quando a ideia veio até ele.

– É ISSO!- Seus olhos e seu rosto brilhavam.

– Isso o quê?! – Gillbert encarou Henri.

– Quanto custou a propriedade de vocês em Toulouse?

– Que... que tipo de pergunta é essa?!

– Faz parte da minha ideia, monsieur Roux.

– Custou... Mil Luíses...

– Dou trinta mil.

Os olhos de Gillbert se arregalaram.

– C-C-Como...?

– Tenho uma quantia que alguns parentes meus me deram. Ao todo, tenho trinta mil Luíses. Darei o dinheiro a vocês. Recuperem a casa e sejam felizes.

Louise correu até Henri e o abraçou.

– Mas não vai fazer falta, Vincent? – Indagou Gillbert.

– Não. Eu nem gostava de ter tanto dinheiro, mesmo. No que eu gastaria trinta mil Luíses?

– Em uma casa longe do conde balofo...? – Julien opinou, sorrindo.

– Era uma boa. – Henri sorriu.

***

A negociação foi rápida. Henri foi com os Roux para Toulouse, onde reconquistou a casa com lábia, inteligência e dinheiro.

– Aqui. Vinte mil Luíses. – Disse, dando o dinheiro ao agora ex-dono da casa.

– Mas e o resto?

– Os dez mil Luíses ficam com os Roux. Não quer vê-los passar fome, não é? E, afinal de contas, vinte mil Luíses é uma soma considerável, monsieur.

O ex-dono da casa fez uma reverência, encabulado.

– Obrigado, Vossa Senhoria. – Beijou a mão do nobre em um gesto de humildade e saiu.

Henri sorriu para os Roux, os ajudou na mudança e voltou para Paris.

Tudo ficaria bem.

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