POR ONDE ANDA O BENI?

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“As pessoas fariam qualquer coisa para fingir que a magia não existe, mesmo quando ela está na frente dos seus narizes”.
-JK Rowling-
(escritora-monster).

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   Simultaneamente, porém, muito longe de Detroit, um outro carro esportivo também derrapava para executar uma curva idêntica a feita por Troy

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   Simultaneamente, porém, muito longe de Detroit, um outro carro esportivo também derrapava para executar uma curva idêntica a feita por Troy.

    Este, entretanto, não era o Porsche 911 azul, mas sim o Unicorn GT-5 vermelho de Benito Venturini voando baixo, rumo ao centro de Miami.

    "Bem vindo ao meu mundo", meu pai me disse antes de me transformar em vampiro.

    Ele se esqueceu de me avisar que esse mundo dele... seria sem ele.

    Pelo menos, enquanto eu não conseguir encontra-lo.

    O vampiro divagava em tais pensamentos inquietantes, ao passo que acelerava, ainda adaptando-se a generosa variedade de opções no painel digital.

    Os cheiros do revestimento e do couro remetiam a coisas novas e limpas, estes já não chamavam a atenção de suas narinas aguçadas, já os odores e aromas advindos do bairro circundando o exterior do automóvel, eram como uma festa de cheiros.

    O cheiro do concreto; do vidro e do metal em cada arranha céu; o cheiro de cada veículo compartilhando a longa avenida, o cheiro dos restaurantes da Brickell Avenue; comida indiana, chinesa, árabe, fastfood americano e a comida que trazia sua infância a tona, as densas massas italianas.

    Os odores nos bares; cerveja barata, destilados fortes, cigarros, tudo por lá fazia-se já intenso, apesar de não ser tão tarde para tanto.

    Beni foi treinado pelo pai para controlar seu faro aguçado, acostumando-se ao cheiro de cada ser ou coisa, a dezenas de metros, ao seu redor, entretanto, um cheiro em especial era o único que sempre lhe afetaria.

    O cheiro do sangue humano.

    Tão vivo, tão abundante.

    Quase convidativo.

    O suco escarlate roubado das veias no pulso de Morales, o chefe de cartel que presenteou-lhe com o buraco na amada jaqueta de couro, servirá para mante-lo satisfeito por semanas, caso consiga se superar, talvez meses.

    Quem dera se o sangue de animais pudesse satisfazer a sede, não é mesmo, Edward Cullen?

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