7 | A sua garota

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Karen Lorena

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No caminho para casa, Cármen e eu não fizemos questão de trocamos uma palavra sequer com outra. Parecíamos duas desconhecidas pegando carona dentro do mesmo veículo. Estava cansada e ela também, pelo visto.

Nosso gelo foi prolongada até a nós chegamos em casa, ao qual, fomos recebidas pela empregada com um pequeno sorriso no rosto e um "boa noite", pronunciado de forma educada. Como sempre fez em um fim de tarde, após chegávamos mortas de cansaço.

Cármen a comprimento em um tom seco, como sempre, mas foi mais educada do que eu que passei reto. Fazendo o meu trajeto sem pausa para me sentar em uns dos sofás daquela enorme sala descorada e o luxo que escandalizava o apartamento de dois andares.

Meu silêncio estava nítido e meio desgosto que estava bem visível na minha expressão facial. Nunca pensei que doze horas dentro de uma escola, poderia gerar tantos acontecimentos e surpresas, inesperadas, em um só dia e pra descarregar tudo aquilo eu precisava, urgentemente, de um bom banho de água quente pra relaxar.

Fiz questão em todo trajeto desenhado em minha mente não encarar ninguém, e muito menos, a pessoa que tinha a cor parecida com os olhos e que me seguia pelo olhar ao se senta no sofá e relaxa os seus músculos.

Subi cada degrau sem ter um pingo de ânimo, praticamente só faltava arrastar a bolsa que segurava por uma das alças, entrar em atrito com o piso de mármore branco com carpetes compridos e largos que valia um ano de salário de qualquer funcionário anual daquela cidade.

Deslizei a mão na maçaneta com toda a preguiça e abri de qual jeito, deixando uma fresca de luz do corredor entra dentro meu quarto, graças aquelas lâmpadas de radiação branca acessas dentro das iluminarias em formatos de taças fixados nas paredes.

Fechei o mesmo fazendo bagulho agudo e escandaloso no ar. Joguei a minha mochila na cama e depois o peso o meu corpo, logo em seguida, que estava de bruços e teve como amortecedor um travesseiro macio para a minha cabeça. Nem fiz questão de ligar as luzes do meu quarto, deixei por conta própria as luzes neon que estavam na coloração verde, e que pairavam contra as paredes serem a minha única iluminação naquele ambiente paiva de silêncio. Muitas pessoas tinha medo da escuridão e eu tinha a glória dela me relaxar tanto quando escutava música nos meus fones de ouvidos. Deixando os meus pensamentos fluírem na minha mente enquanto estava inércia na minha cama com o meu cigarro entre os dedos — Mas, infelizmente meu celular não estava comigo e nem estava com vontade de fumar! — Só de pensar aquilo me fez enterrar o rosto no travesseiro e dá um grito abafado, soltando tudo de mais ruim dentro de mim. Mas, tentei me acalmar e pensar que não era o fim do mundo, e que se eu fizesse o maldito relatório o meu neném estaria comigo novamente.

O que era o meu maior desejo.

Cármen, havia perdido a total noção do ridículo, e seu ego era como buraco negro que dava calafrios ao vê-lo a sua profundidade. Não havia o sentido algum do destino ter feito eu, a sua filha. Depois que o papai morreu, era como se ela não fosse mais minha mãe e depois daquele dia só tive mais certeza em relação aos meus pensamentos. Ela me ignorou e quis encerrar aquele assunto em um ponto final, e pagando em uma quantia em dinheiro, assim como tantas merdas que já fiz para lhe não trazer dor de cabeça. — Dinheiro, dinheiro, dinheiro! Era só o que importava pra ela e eu não era diferente — Eu reclamava e esperneava tanto seus defeitos que esquecia dos meus. Eu esquecia que eu também que não era santa, mas machucava em saber que se não fosse aquele dinheiro eu não sobreviveria e não teria o luxo que eu tinha. A verdade sobre mim, nem eu mesma nem eu sabia fazendo eu ser falsa comigo mesma e eu não sabia daquilo, mas, o Allan, sim sabia. Ele não era uma pessoa de se enganar fácil, ele parecia ser uma pessoa diferente e único que olhou no fundo de seus olhos, quem eu era de fato — Só sabia qual das minhas fraquezas e verdades ele viu — E jogou a real pra todos e a mim, que dinheiro eram só papéis que não me tornava alguém totalmente perfeita, diante dele. Era meio duro em dizer aquilo mas, ele era muito sincero, e olhos ficam em tom mais escuro quando dizia tudo aquilo. Mas eu não queria trazer ele e aqueles pensamentos dentro da minha casa.

SURTADA ( Em revisão)Onde histórias criam vida. Descubra agora