the change

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[N/A] oioi, gente! quem é a autora que tem umas ideias do nada e resolve escrever, mesmo sabendo que tem outras duas pra dar conta? isso mesmo, a duda! mas eu estou muito empolgada (e com medo) pra fazer essa fic! ela é numa pegada completamente diferente de fine line e double styles (inclusive, quem não leu ainda, corre lá, o marketing tá pesado), e confesso que tô com receio de não ficar no mínimo misteriosa (espero que dê pelo meno um medinho), mas estou apostando minhas fichas nela! alguns avisos: meu foco narrativo é a terceira pessoa, porém, alguns caps serão em primeira pessoa, com o louis narrando e eu vou sinalizar; ela provavelmente será mais curtinha que fine line em questão à número de capítulos. essa fic terá mais de uma capa, ao seu decorrer por motivos de: são todas maravilhosas e eu sou muito indecisa. todas foram feitas pela cherrybell_, dêem uma conferida!! agora, sem mais delongas, vamos ao cap! votem bastante e comentem pra incentivar o trabalho da mana aqui.

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"Em nossas vidas, a mudança é inevitável. A perda é inevitável. A felicidade reside na nossa adaptabilidade em sobreviver a tudo de ruim" –Buda

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[P.O.V Louis]

É foda achar moradia pra um cineasta em curso e com o salário de garçom. Sim, é foda. Eu estou passando por isso. Ainda mais em uma cidade que não é a sua e ninguém conhece a sua cara. Novamente, eu estou passando por isso. Eu sou Louis Tomlinson, eu morava em Doncaster, minha cidade natal. Vivia com minha mãe, meu pai e minha irmã mais nova, respectivamente Jay, Mark e Lottie. Eu já estudava cinema lá, na Doncaster College, mas bem...eu pagava. Há pouco tempo fiz uma prova para concorrer à bolsa de estudos na University of Chester Academy Northwich (um puta nome grande, eu sei, mas ela é ótima). Meus amigos Zayn e Eleanor fizeram o vestibular pra ela há algum tempo, e conseguiram! El está fazendo Artes Cênicas (também dança ballet como ninguém) e Zayn está cursando música, ambos já estavam alocados por aqui antes de eu chegar. El é minha atriz sempre que quero filmar alguma coisa e Zee monta a trilha sonora, funcionamos bem juntos. Quando eu recebi a notícia de que havia conseguido a bolsa, meu coração só faltava explodir, eu mal medi esforços pra juntar meus trapos e vir pra cá...o foda é que eu realmente não medi nada. Não tinha emprego, não tinha lugar pra ficar, estava na merda. Fiquei uma semana no apê do Zee, mas fala sério, não queria incomodar. O garoto passa quase o dia inteiro fora, estudando e trabalhando, não queria ser um encosto na casa dele. Entreguei uns currículos e essa cidade realmente parece precisar de gente nova, três locais me ligaram para entrevista, mas preferi um restaurante pequeno aqui por perto. A dona é uma senhorinha simpática que conversa comigo durante quase todo o expediente e me põe para experimentar os quitutes e doces que ela mesma faz (são ótimos, dona Laura, obrigado). Ótimo, primeira etapa concluída, eu sou foda! Só precisava de um cantinho pra mim. Eu falo pra caralho e sou muito fácil de arrumar amizade (inimizade também, pois eu tenho uma língua que não cabe na boca, se algo me incomoda, eu falo) então logo fui perguntando aos alunos por onde tinha alguma casa, apartamento, quitinete, caixa de papelão, ou qualquer outra coisa que eu consiga pagar com um salário de garçom (e sem passar fome). A grande maioria me falou sobre uma casa bem antiga, nem tão afastada da faculdade e do meu emprego (estou todo besta porquê estou trabalhando, perdão), mas não me aconselharam à alugá-la. Porra, é óbvio que eu ia alugar essa mesmo, é o que eu posso pagar, melhor ter um teto antigo, a não ter teto algum.

Na segunda-feira, pedi à dona Laura, se podia me dar um tempinho à mais de almoço e fui até o endereço da tal casa. Aquela porra, só por fora, já parecia provocar umas 48 doenças respiratórias diferentes. Bati palma na porta, gritei o famoso "ô de casa!" e nada, ninguém apareceu. Reparei que tinha uma casa à alguns metros dali e resolvi chamar, pra ver se alguém conhecia o proprietário daquele antro de doença (se fosse alguém da prefeitura, da onu ou de uma vigilância sanitária, ele estaria fudido. Aquilo ali podia até ser considerado um atentado à vida humana). Um senhor que deve ter por volta de 60 anos, me disse que quem alugava aquela casa, era uma senhora e que poderia procurar o número dela em sua agenda telefônica. Me convidou para entrar e tomar um café, sr Thomas, era seu nome. Aceitei de bom grado e ele achou o tal número, bom, ele tinha anotado como "vizinha", me disse que pouca gente sabia o nome dela, e ele não estava incluído nisso. Morava ali há uns 20 anos e mesmo assim, não sabia o nome da tal mulher. Agradeci pelo café e ele me deu um beijo na testa, com cheirinho de vovô e talco, agradecendo pela companhia. Certamente senhor Thomas será uma das minhas pessoas favoritas por aqui. Como o meu horário de intervalo já estava acabando, voltei pro restaurante e fiquei de ligar para essa velha misteriosa assim que tivesse um tempo. Quando o movimento diminuiu, peguei o número que Thomas me deu e liguei para tentar falar com ela. A tal mulher não demorou até atender e tinha uma voz de quem fuma 76 cigarros por dia, tentei ser o mais simpático possível e marcamos para o dia seguinte. A encontrei bem cedo na terça e Laura me deu o dia de folga para ajeitar o máximo das coisas que conseguisse. Ela era uma senhora bonita, se não fosse tão amargurada. Devia ter por volta de seus 90 e tantos anos, mas era até bem conservada. A perguntei seu nome e levei um belo corte, "Você é muito curioso, não acha? Isso não é importante.". Não quis sequer entrar pra me mostrar a casa, achei um certo descaso com alguém que tenha a coragem de alugar aquele pombal, mas relevei, ela já é muito idosa, não a forçaria a entrar ali e pegar uma rinite alérgica. Me deu o número das companhias de gás, luz, água e internet, eu teria que ligar pra contratar todas elas. Zayn e El conseguiram um tempinho pra me ajudar, e viriam à tarde. O caminhão com as coisas mais leves viria hoje, o com os móveis, só amanhã. Por hoje, nós limparíamos a casa (de três fuckings andares) e conheceríamos bem os cômodos, que pelo visto, são muitos. O caminhão não demorou a chegar, trouxe meus objetos de decoração, minhas tintas spray, meus pincéis, meu colchão e o restante das coisas pequenas. Não sei pra que eu estou com tantos talheres aqui, se nem o fogão veio hoje. Liguei para as companhias e todas elas me deram o prazo de 24h para ativarem os serviços. Que ótimo, 24h sem luz, sem gás, sem internet, sem água. Zayn que me desculpe, mas pelo menos um banho, eu vou tomar na casa dele. Quando os dois chegaram, Eleanor parecia ter ficado mais branca que neve, parecia ter visto um fantasma.

Not so lonely [L.S] Onde histórias criam vida. Descubra agora