Montauk: The first Experience.

I't my fault.

Capítulo 12

I't my fault.

Doze horas já haviam se passado desde que Richard voltou ao quatro onde estava mantendo os alunos em segurança, estava apagado durante a mesma quantidade de tempo. Charlie o olhava apreensivo enquanto roía as unhas da mão, ele se mantinha ao lado do homem e suas orbes negras como jaboticaba o analisava cuidadosamente querendo saber se ainda respirava ou não, qualquer indício de fraqueza nos movimentos de seu peito deixava o garoto alarmado. Ele significava a salvação daquelas crianças,era literalmente o pilar de todos eles que estavam sobrevivendo por total instinto agora! Os biscoitos de água e sal estava quase no fim, a água era totalmente racionada. Sobreviveram com o pouco durante os quatro dias em que permaneceram trancados ali, "porque diabos eles não entram logo! porque ainda não estouraram os miolos desses bichos e nos salvaram? quanto tempo ainda teremos que esperar? nós vamos morrer! " era o que o garoto pensava enquanto ainda analisava o pai de sua melhor amiga. "Crys, eu queria tanto que você estivesse aqui com ele ... com toda a certeza ele teria forças para lutar e se recuperar". A mão pequena e gélida de Jodi nos ombros do rapaz o fez despertar de seu pequeno transe, ele retirou as mãos dos lábios e esboçou um sorriso ladino, sem nenhum humor.

     ──┈ Ele vai ficar bem! Não se preocupe. O senhor Sanders é durão demais para morrer, Charlie. E o sangramento parou, é uma boa coisa, eu imagino. — A loira tentava argumentar, melhorar a situação que não era das melhores. Queria convencer o amigo que tudo ficaria bem, afinal era ele quem sempre mantinha a esperança dentre os jovens portanto não poderia desanimar agora ou todos iriam desistir de lutar.

     ──┈ Eu espero que sim, Jordina. O exército está aí fora, estão esperando nossa morte para entrarem aqui? Porque diabos eles ainda não invadiram esse local? Os caras tem armas de grande porte, fuzis, metralhadoras, qual é a merda que tá rolando para eles não entrarem aqui de uma vez? — O rapaz não elevou o tom de voz, assim como não desviou os olhos da amiga. De fato ele buscava uma resposta, e Jodi compreendeu seu desespero.

     ──┈ Eles vão entrar, Charlie. Talvez estejam querendo nos proteger! Quem sabe o que houve lá fora... talvez o próprio prédio esteja comprometido e entrar com tudo não seria uma boa ideia. Sem contar que eles não podem permitir que as criaturas saiam daqui e matem a população lá fora! — A garota reparou neste mesmo segundo o quanto suas palavras faziam sentido! Realmente toda a cautela seria pouca. ──┈ Não se preocupe Charlie, estamos salvos!

     ──┈ Eu queria acreditar nisso, queria mesmo porque suas palavras fazem sentido Jodi. Acho que meu posto de brilhante nerd está sendo ameaçado pela patricinha! Obrigado. — suas palavras tinham o pouco de humor que o garoto ainda tinha guardado em si.

    ──┈ Não me agradeça ainda, bocó. Aqueles garotos ali precisam de incentivo. Precisam saber que realmente tudo vai ficar bem... Aposto que Richard faria isso, iria reestabelecer a ordem por aqui! Ele ficaria feliz em ver que alguém além dele também tem pulso firme.

As palavras de Jodi bastaram, um sorriso ladino fora lançado pela moça que esperava alguma reação do amigo. Tal coisa não demorou, o jovem compreendeu, concordou e se levantou indo até os garotos, seus colegas, que neste momento estavam a comentar baixinho hipóteses do que estava acontecendo ou poderia acontecer caso nada desse certo.

    ──┈ Aí galera, nada de pânico! O exército está aí fora, logo irão entrar. Precisamos estar preparados para quando isso acontecer! Não podemos ficar aqui esperando de braços cruzados, temos que auxiliar... então consigam algo que sirva para defesa, qualquer coisa que fure aqueles bichos! Quando os militares entrar nós vamos ao encontro deles, todos nós, juntos! Será a nossa única chance, então por tudo o que é mais sagrado matem aquelas coisas como se sua vida dependesse disso, porquê ela dependerá.