Capítulo 13
Devil In me.
──┈ Isso é mentira! Eu não admito que queira me culpar por um erro que os senhores cometeram.
──┈ Até onde eu me lembro não fomos nós quem desligamos os aparelhos responsáveis por mantê-los lá dentro, no mundo deles e longe de nós.
──┈ Mas o portal já estava aberto quando eu desliguei tudo. O protejo insano era de vocês, não?
──┈ Abrimos apenas uma linha temporal, se não tivesse desligado nós tínhamos conseguido fe...
──┈ Já chega! Mas que porra. — A voz de Eli estava alterada agora, não chegava a ser um grito mas demonstrava a surpresa, incredulidade e raiva que estava sentindo agora. ──┈ Thaeme, você abriu o portal? você é a responsável por esses bichos estarem aqui? por terem matado inocentes? por toda essa confusão, por todo esse massacre?
──┈ Sim, ela é!
──┈ Hupert, cale a boca. — Elizabeth disparou.
──┈ Não... não é bem assim, Eli! Não é da forma como está falando. Mas sim ... foi eu quem os deixei livres para entrar no nosso mundo.
──┈ Qual o seu problema?
Crystal estava em choque, frustrada. Thaeme arregalou os olhos e permaneceu muda, ainda estava pálida! Sabia o quanto tinha a machucado e deveria lidar com isso. Eli pode perceber os olhos da mestiça encherem de lágrimas, porém não passou de impressão assim que a garota levantou o mesmo olhar raivoso de sempre. Saiu da sala de supetão sem olhar para trás, seus passos eram firmes e decididos. Elizabeth permaneceu com a expressão séria, ainda chocada.
──┈ Me surpreende ainda estar viva, Crystal.
──┈ Porque diz isso? — sua voz saiu fraca de modo que a latina não previu, odiava demonstrar fragilidade e não o faria agora.
──┈ A ex Tenente Russell tem uma fama não muito boa a ser compartilhada. Ela era conhecida pela forma sanguinária que lidava com seus inimigos, e depois da morte de sua namorada as coisas só pioraram.
──┈ Do que está falando?
──┈ Meus médicos dizem que ela tem um problema psicológico e agressivo provindo de um trauma logo após ter visto a namorada ser morta em sua frente... Entenda que em tempos de guerra precisamos de todo o sangue frio, e foi por isso que a mantivemos na marinha por tantos anos! No entanto ela não é confiável, ela é traiçoeira e louca. Por isso nos livramos dela após o fim da guerra.
──┈ Está falando sério, tenente? Então porquê ela estava aqui servindo de experimento humano para vossa senhoria? — seu tom de voz seguia firme e de certa forma furioso.
──┈ Recrutamos as piores espécies de ex soldados para os testes, no fim fazemos um bem a sociedade os livrando de futuros psicopatas.
"Psicopata? Thae não é uma psicopata!" As palavras do homem enchiam a morena de dúvidas, medo e insegurança. Seria verdade tudo aquilo que o tenente estava falando sobre a mulher? Para ser sincera Eli a conhecia a quatro dias, e de longe não parecia ser alguém desequilibrada. Não conseguia acreditar nas palavras do homem principalmente depois de tudo o que viverá nos últimos dias com a mulher! Informações demais para a cabeça miúda de Crystal.
──┈ É melhor descansar, tenente. Irei voltar a caminhar ainda hoje, se estiver bem pode vir junto.
──┈ Certo, me dê alguns minutos. — disse o velhote tentando se ajeitar ao máximo na dura mesa de centro.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Montauk: The first Experience.
FantasyBem, provavelmente vocês querem saber um pouco sobre a história, certo?! A narrativa se passa em meados dos anos 70 a 80 quando os Estados Unidos ainda estava em guerra com o Vietnã, e para isso enviarão seus melhores homens - e mulheres - ao campo...