Sangria [ 2jae ]

liquor

Liquor: Licor é uma bebida alcoólica doce, composta por álcool misturado com frutas, ervas, temperos, flores, sementes, raízes, cascas de árvores, cremes e uma substância doce que pode ser sacarose, mel ou glicose. O termo vem do latim liquore, "líquido". Os licores não costumam ser envelhecidos por muito tempo, mas podem ficar algum tempo descansando até que atinjam o sabor ideal.

Jaebeom de fato cumprira o que prometeu. Ele não havia tornado a aparecer no trabalho de Youngjae, nem mesmo a sua sombra após o horário de seu expediente. Logo, Youngjae deveria estar aliviado, certo?

Errado.

O seu dia havia começado com o pé errado quando ele havia se lembrado de chegar no seu expediente mais cedo para limpar a bagunça que ele e Jaebeom fizeram ao retornar para o estabelecimento na noite passada. Depois de limpar as manchas de sangue e repor as garrafas consumidas pelo vampiro no estoque, esperou pela sua gerente, que normalmente era a primeira a chegar e a abrir o local, para explicar a sua situação e quem sabe ganhar um dia de folga, já que estava com um atestado médico pelo "acidente de trabalho", mas o que recebeu foi um olhar furioso da garota de cabelos curtos que lhe respondeu com um:

— Está louco? Não posso te liberar, Youngjae!

— Mas como vou trabalhar assim? Foi por causa do vidro que a Tzuyu quebrou que eu me machuquei! - ele protestou, indignado.

— Bem, você vai ter que dar um jeito. – ela lhe respondeu atravessado, apontando para o seu armário para que ele vestisse as suas tradicionais roupas de barman, o que consistia da camisa social branca, colete preto, calça de linho preta e sapatos lustrados.

Só aí já começou a sua dor de cabeça, ou melhor dizendo, a sua dor na mão, pois era muito difícil manusear os vidros e cristais com a sua mão direita sentindo quando apertava as juntas daquela forma, e fazer tudo com a sua mão não dominadora era pior ainda, era nítida a sua dificuldade ao manunsear os drinks mas Jeongyeon ignorava prontamente, só o deixava frustrado e com menos vontade ainda de comparecer ao expediente.

E o fato de Jaebeom não aparecer não o ajudou tanto assim. Estava tão acostumado a vê-lo todos os dias aparecendo do outro lado do bar para lhe vigiar com os seus olhos heterocromáticos que não vê-lo hoje o deixou ansioso, pois a todo momento ficou na espera que este simplesmente entrasse pela porta do estabelecimento e se sentasse em sua mesa habitual para ficar lhe observando como sempre. Mas ele não surgiu, nem no dia seguinte e nem no outro, deixando-o realmente inquieto, embora não devesse se sentisse assim.

Não era este o combinado entre eles? Ele fazia o que Jaebeom queria e este o deixava em paz? Pois bem, ele o deixou. Então Youngjae devia estar bem, e não estar se sentindo ansioso desta forma. Tinha que admitir que parte deste sentimento era pelo ataque do outro dia, sentindo medo todas as vezes que punha os pés para fora do trabalho, levando até uma lanterna consigo para verificar se não havia ninguém lhe seguindo, fosse Jaebeom ou outro vampiro querendo atacá-lo de novo. A verdade era que ele ficava inquieto todas as vezes que precisava voltar para casa, esperando que alguma coisa fosse acontecer. Era uma sensação muito ruim, e pelo menos com Jaebeom sentia-se seguro. Jaebeom podia ser um vampiro tanto quanto aquele que o atacou, mas ele não faria nada ruim para si, ou pelo menos era isso o que ele sentia. A sua paranoia não se extendia para ele.

E isso só fazia com que ele chegasse irritado todos os dias no seu turno, querendo que tudo e todos explodissem, com cada vez menos paciência para os seus colegas de trabalho, embora não pudesse manter aquela expressão para os seus clientes. Mas tinha que aturar, afinal, não podia fazer nada a respeito. O estrago já estava feio, não é? Maldito dia em que Jaebeom entrara em sua vida.