O Príncipe Proibido

Capítulo 4

- Então é a nova dama de minha irmã?

- Então você é o príncipe?

Ele riu.

- É, acho que sou.

- Se tivesse me dito antes, teria me deixado mais calma por roubar o bolo do rei - Digo, rindo.

- Estava preocupada com o bolo, então - Ele zombou de mim.

- Mas é claro. Estamos falando de um bolo de massa azul.

- Bolo de massa azul? - Ele caiu na gargalhada - Por ser o bolo do rei, que possui sangue azul?

- É - Começo a rir também.

- Foi ótimo! - Ele recupera o fôlego. - Então...Senhorita St.Clair?

- Alteza! - Sorrio.

Ele também sorri. Aquele sorriso perfeito.

- O que a trouxe aqui?

- Sou a nova dama de sua irmã, lembra? - Digo, ironicamente.

- Sim, eu lembro - Ele ri.

Sua pergunta me abalou. Me fez lembrar do real motivo que me trouxe aqui. Me fez lembrar da minha família e da situação delicada que estamos passando. Minha expressão se entristeceu, e pude ver que ele percebeu a mudança abrupta.

- Seu jardim é muito bonito - Digo, mudando de assunto antes que ele pudesse fazer qualquer pergunta.

- Ah, sim. De fato, é muito bonito. E na verdade não é meu. É do meu pai - Ele riu.

- Um dia será seu. É o príncipe herdeiro.

Sua expressão alegre assumiu um tom preocupado.

- É.

Não sabia se devia perguntar o motivo da sua mudança de expressão, já que não somos tão próximos. Na verdade, mal nos conhecemos. Talvez fosse só a pressão de governar um reino inteiro. Entretanto, sua expressão me entristecia. Voltei a falar do jardim, talvez ele se distraísse.

- Vem muito aqui? - Perguntei.

- Ah, claro. Claro. É um dos meus lugares favoritos no castelo.

- Um dos? Acho que esse seria o meu lugar favorito - Digo, admirando o lugar.

- A senhorita gosta de flores?

- Ah. Gosto muito - Falei, com empolgação. - Não só de flores, mas de áreas verdes em geral. Na minha casa tem um lago, com várias árvores ao redor. Era o meu lugar favorito. Sempre ia lá quando queria pensar, ou...Só ir - Sorrio.

Ele também sorriu, e logo, seu rosto se animou.

- Já conheceu o castelo?

- Na verdade, só algumas poucas partes. Imagino que ainda resta muito para conhecer - Apontei para a grande construção diante de nós - É tão grande.

- Eu poderia lhe mostrar!

- Ah, não quero incomodar.

- Faço questão - Ele deu um sorriso brincalhão. - Assim não irá se perder novamente.

Sorrio envergonhada.

- Está bem então - Falei. - Será uma honra, Alteza.

- Hoje à noite?

- À noite? Mas...

- Deixarei um bilhete sob sua porta.

- Por que não fazer isso à luz do dia? Não seria mais fácil para visualizar todas as coisas?