"E eu vou me levantar
Eu vou me levantar como o nascer do dia, eu vou me levantar
Eu vou me levantar sem medo, eu vou me levantar
E eu vou fazer isso mil vezes
E eu vou me levantar
Alta como as ondas, eu vou me levantar
Apesar da dor, eu vou me levantar
E eu vou fazer isso milhares de vezes
Mas eu prometo que vou levar o mundo a seus pés
E mover montanhas
Levar o mundo a seus pés
E mover montanhas"
Rise Up - Andra Day
Acordo assim que a porta se abre revelando minha mãe com uma colher de pau na mão.
Limpo a baba seca do canto da boca e quase morro do coração ao ver que quase melei o caderno.
Ninguém merece.
- Já amanheceu, minha menina. - Droga! Me levanto aos tropeços da cadeira e sinto uma dor absurda na coluna. - Não acredito que dormiu de novo em cima desses livros, Verônica. - Coloca a mão na cintura incrédula.
Passo a mão por meus cabelos e fito seu rosto sério.
- Ah, mãe... - Ergue a mão e nem me esforço em dá uma desculpa.
- Quantas vezes só essa semana? - Nega com a cabeça. - Meu amor, eu fico muito feliz com seu esforço e força de vontade, mas, você tem que ter sustância para aguentar estudar. E, tudo tem limite, Verônica. Nada demais nunca prestou e não será agora que irá prestar. - Suspiro vencida.
Ergo as mãos em sinal de rendição.
- Certo, Dona Bernadete. A senhora venceu. - Pisco um olho e ela me abraça forte.
- Está na hora de ganhar uma carninha nessas cadeiras. Isso é falta de caldo. Viu aí? - Aperta meu quadril e gargalho. - Falta de sustância. - Nego com a cabeça e lhe dou um beijo na bochecha.
- Mãe, você venceu. - Ergo as mãos em rendição. - Vamos lá comer. - Seus olhos brilham e ela agarra minha mão com sorriso contagiante no rosto.
Descemos os degraus com rapidez e logo dou de cara com meu pai que está com uma revistinha de palavras cruzadas.
- Não vou mais fazer essa porra! - Joga a revista em cima da mesinha de centro com a cara emburrada. - Não encontro a porcaria da palavra. É tudo mentira desse povo que escreve essa negócios. - Aponta para a revista. - Tudo balela para enganar pobre e arrancar o dinheiro que a gente já não tem. - Cruza os braços e sorrir quando me ver. - Bom dia, filha. - Solto a mão de minha mãe e vou até ele lhe dando um abraço apertado.
- Bom dia, pai. - Me afasto pegando a revista. - O que o pobre papel de fez? - Folheio um pouco não sabendo como meu pai teve a paciência de fazer tantas.
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Um Toque do Destino
RomansaSPIN-OFF de "O Despertar de uma Alma" Para cada ação há uma reação... A vida é uma escola rígida, que ensina com punhos de aços até mesmo para aqueles que não estão dispostos a aprender. Uma atitude regida pelo temor é capaz de destruir a mais impor...