Capítulo Quatro

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"É a hora de começar, não é?

Fiquei um pouco maior

Mas agora, vou admitir

Sou apenas o mesmo que eu era

Agora, você não entende?

Que eu nunca vou mudar quem sou

Então, este é o lugar onde você caiu, e fui deixado à venda

O caminho até o paraíso passa por milhas de inferno nublado

Direto ao topo, não olhe para trás

Voltando aos trapos e deixando as comodidades para uma próxima oportunidade

Você não entende?

Que eu nunca vou mudar quem sou"






It's Time - Imagine Dragons




















Credo.

Levantar cedo nunca foi tão desgastante.

Passo a mão no rosto e luto para levantar da cama a passos tropeços.

O celular toca sem parar e a minha vontade é tacar na parede. Mas, não recebi nem meu primeiro salário ainda, então, o jeito é desligar o bendito do alarme e agradecer aos céus por ter um celular que me acorde.

06:40.

Misericórdia!

Praticamente, corro até o banheiro da suite e tomo um susto ao olhar meu reflexo estampando no espelho.

As remelas nos cantos dos olhos e a baba seca na bochecha, me fazem tacar água na cara sem me importar com o rotineiro frio de Nova York.

Pego a escova de dente e coloco um pouco de pasta nas hastes macias. Faço minha higiene bucal já imaginando a situação da água que não aquece nem aqui, nem no inferno.

Suspiro prendendo o cabelo e me preparando para a água gelada da banheira.

Jogo a camisa masculina que uso como pijama e agradeço por odiar dormir de calcinha.

Um trabalho a menos para enfrentar, como diz minha mãe, mais um dia de "peleja".

Sento na banheira e começo a me lavar com pressa. Primeiro porque a bendita da água está quase rasgando minha pele por causa do frio e segundo porque o medo de atrasar no primeiro dia é maior do que vira um cubo de gelo ambulante. Assim que me dou por satisfeita da higiene matinal, saio da banheira, praticamente batendo os dentes de tanto calafrio e corro até a mala.

Não as desfiz e nem planejo.

Afinal, assim que tiver uma grana boa, irei alugar um canto somente meu onde poderei comer minhas montanhas de comida congelada.

Sorrio, ao lembrar do pedido de Dona Bernadete quanto a isso.

Mas, fazer o quê?

Um Toque do DestinoOnde histórias criam vida. Descubra agora