"Eu estava chorando quando te conheci
Agora estou tentando te esquecer
O seu amor é um doce sofrimento
Eu estava chorando pra te ganhar
Agora estou morrendo, porque te deixei
Fazer o que você faz comigo. " – Aerosmith - Cryin'O MENINO PARECIA não se importar com a hora – não tinha nada para ele fazer de importante –, já era quase 13h00, e ele estava deitado em sua cama havia uns 40 minutos olhando para o teto. Ele sempre ficava pensando ao acorda. Tenho medo. À vida começa quando saímos da cama . Todos os dias o menino faz isso. Virou rotina "matinal". Ele sempre dizia que vivia mais quando não vivia de verdade, ou seja, ele vivia quando estava sonhando. Normalmente seu ''bom" humor vinha de seus sonhos. Nessa noite sonhara coisas – coisas eróticas que é melhor não entrar em detalhes –, isso havia lhe deixado meio normal. Foi apenas mais um sonho...
Ficou mais alguns minutos olhando seu venerado teto antes de levantar. Esticou seus braços e deu uma bela "espreguiçada". Foi ao banheiro, levou consigo sua toalha – sua mãe não era do tipo que lhe ajudava quando ele esquecia a tal toalha –, por via das dúvidas ele sempre levava consigo. Durante o banho ele sempre deixava a leveza das gotas de água cair sobre seu corpo – para ele, isso era um ótimo remédio; um bom "começo" de dia. Ficou ali parado por uns bons 15 minutos antes de se enrolar na toalha e voltar para o quarto. Se vestiu, deu uma olhada no espelho antes de lembrar que tinha que comer. Foi então para à cozinha onde encheu sua xícara (personalizada com um terno) de café. Era a sua boa e única droga.
Sorriu em lembrar de sua mãe que, outrora tinha feito um bolo – um bolo muito ruim, mas ele sempre acenava dizendo que sim todas as vezes que sua mãe perguntava se estava bom. Com café ele desce – pensou consigo mesmo antes de dar um leve sorriso. Não pensava em dizer pra sua mãe que ela não sabia fazer bolos, ele gostava de vê-la tentando, e amava o cheirinho do bolo recém-assado. Tomou consigo sua xícara com café e sentou em sua cadeira – que já esperava ele todos os dias ao acordar.
— O que temos pra hoje...? – disse consigo mesmo — Livros. Temos Livros... O de sempre...
Ele tinha sérias dúvidas sobre qual livro leria: Gabriela, cravo e canela, de Jorge Amado; ou, Fortaleza Digital, de Dan Brown. Optou pelo livro de Jorge Amado, pois admirava muito o jeito que o autor desenvolvia sua obra. Em outra ocasião, havia lido Capitães da Areia, e gostou muito, por isso sua escolha veio parar na tal Gabriela.
Depois de sua leitura, lembrou do seu livro – um livro por ele produzido em um aplicativo de livros chamado: Wattpad. Sempre gostou muito de filmes de ação, por isso sua escolha foi escrever um livro do gênero. Mas como ele costuma dizer: nem chega a ser um bom livro. Foi então que lembrou que havia deixado seu celular debaixo do travesseiro. Tomou o último gole do café, que agora estava frio, e retornou para seu quarto.
×××
Deu uma conferida em seus escritos, poderia ter feito melhor... – foi o que pensou. Ele sempre se auto-críticava, mas, para ele aquilo tudo não passava de aprendizado. Desde que começou a se envolver com livros, sua escrita, seu jeito de falar, seus modos mudaram muito... Um menino calmo, que sempre fica no seu canto." – ele sempre escutava esses comentários de sua mãe.
O Menino resolveu checar suas notificações no Wattpad. Entre os votos e comentários de seu livro... Tinha uma indicação de uma menina, essa que, tinha um livro chamado: Diários de uma investigação. Ela o convidava para lê-lo. O Menino sempre gostava de ter indicações, ainda mais livros do gênero investigação ou terror. Ele respondeu que leria, e deixaria seus votos e comentários.
×××
Lá estava ele deitado em um banco da praça que, por sorte estava vazia. Só estava o menino, "Gabriela" e a lua. Sim, a linda lua. Depois da aula, ele sempre ficava na praça lendo seus livros, e em dias como aquele, ele ficava deitado, e por horas ficava a admirar a linda e majestosa lua. Era pouco mais de 23h30, quando por fim decidiu ir para casa. Ajeitou seu aba reta, fingiu uma felicidade e foi para casa com as mãos nos bolsos e o olhar direcionado para o chão.
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JOUEY
Romans*Livro concluído* Um livro onde os sentimentos são vividos intensamente em cada letra. "Tudo começou com uma pergunta; e terminou com reticências..." Eu queria poder dizer que esse é apenas mais um simples livro feito por fazer, mas não é. Não para...