Evil Love

Confronto

Ao desmascarar seu pequeno segredo - em relação ao meu irmão e ela - a jovem abandona sua mascara de soberba, parecendo perder sua compostura pela metade. Seu rosto fica de um tom vermelho, que quase se mescla com todo o carmesim de seu conjunto. Seus olhos ganham um brilho a mais por lágrimas involuntárias que lutam para serem expostas, obviamente lágrimas de ódio, formando um marejado de raiva e ressentimentos, eu tenho total noção que toquei seu calcanhar de Aquiles, estou trazendo a tona memorias que a machucam de proposito, para desestabiliza-la.

A estratégia é tocar na ferida profunda dela, que é o meu irmão, para mostrar a Stacy que sua priminha tem problemas comigo que vão além de problemas que ela possa ter com minha personalidade, em outras palavras, temos motivos pra não nos darmos bem, esse ódio não é simplesmente por eu ser um monstro.

Hy- Cala boca desgraçado!

Diz cerrando os punhos com força, eu sorrio ao perceber que ela quer socar minha cara, o fato de eu saber exatamente como irrita-la me diverte muito, brincar com os sentimentos das pessoas é meu segundo passa tempo favorito, o primeiro tem se tornado observar a Stacy sorrir.

Porém nesse momento pela expressão temerosa em seu rosto, não vou ser capaz de vê-la sorrir novamente se não resolver está situação, merda, ela até mesmo se afastou de mim, ficando entre mim e a prima, talvez refletindo que lado escolher. O que me deixa desolado e também com um temperamento demoníaco. Vai ser difícil fazer as pazes com priminha dela agora, pois só consigo pensar em me tornar o inferno na vida dela.

As pessoas nos encaram boquiabertas, sem acreditar que ela teve a coragem de gritar comigo, devem pensar que ela é louca, já eu tenho total certeza desse fato.

Respiro fundo tentando acalmar a fera dentro de mim e encaro Hilary, mas conhecida como o furacão escarlate. Eu deixo escapar um sorriso sarcástico, que ela responde rangendo os dentes pra mim, eu quase rio.

Dou a volta na mesa, passando pelas amigas que praticamente fogem ao perceberem que meu olhar é como de um monstro. Eu seguro seu braço com força e a puxo em minha direção para confronta-la, faço o possível para não machuca-la, contendo minha ira crescente, ela tenta se livrar da minha mão e é incapaz de me encarar, mas eu seguro seu rosto com uma de minhas mãos e a faço olhar para mim.

Quando nossos olhos se encontram eu posso ver o horror estampado em seu rosto, eu devo parecer muito assustador nesse momento, é bom que seja assim, pra lembrar a ela quem eu sou.

Hy- me solta Dylan!

Eu não a solto e ela parece perder as forças.

Hy- por favor, me solta.

Eu rio do desespero dela e em parte de raiva, um riso de ódio. Ela errou em brincar comigo, esquecendo que eu posso ser bem temperamental, com um piscar de olhos o meu bom humor pode ser alterado.

Dy - quanta educação de repente, agora me chama de Dylan e pede por favor? O que te faz pensar que eu vou ser gentil com você? De acordo com suas próprias palavras, eu não sou um desgraçado com sérios problemas?

Pergunto a encarando com frieza e sem solta-la, para mostrar que nunca deve se meter comigo de novo, mas é claro que na medida do possível estou me controlando pela Stacy, que parece desesperada e decepcionada nos encarando sem saber o que fazer.

Hy- Desculpa, eu errei em te falar aquilo, me perdoa.

Eu suspiro tentando mante o controle, até a voz dela me irrita, se não fosse pela Stacy o que seria de você? Pobre garota, ingênua o bastante pra me confrontar. Eu sinto as mãozinhas da Stacy agarrarem meu braço com força.