Capítulo Um

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Acordo assustada com os gritos de Sarah, minha prima.

— ACORDA INFERNO, vamos perder o voo — jogou uma almofada em cima do meu corpo

— Aí calma — esfrego os olhos ainda com sono

— Eloísa já está lá embaixo com as malas e com a Gaby — abriu as cortinas — se arruma logo, estamos esperando

Levantei, tomei um banho, e comecei a me arrumar, fiz uma maquiagem simples e me vesti com uma calça cargo verde musgo e um cropped preto, no pé coloquei um air force. Hoje viajo de volta para o Brasil, mas exato para o Rio de Janeiro, complexo do alemão, morei lá até meus 14 anos, depois de alguns acontecimentos, resolvi vir para a Alemanha morar com meus tios.

Desço as escadas e vou para cozinha, tomo uma xícara de café e como uma maçã, tudo muito rápido para não me atrasar subo pro banheiro e escovo os dentes. Depois de tudo pronto vou pro carro onde a Eloisa e a Gaby estão, dou bom dia para elas e vou para o outro carro com a Sarah, estamos indo de táxi até o aeroporto de Erfurt, 12 horas de vôo até o Brasil, vou ter muito tempo para dormir.

***
Aeroporto de guarulhos📌.

Aqui estou eu, em São Paulo a caminho do Rio de Janeiro, quem diria que eu voltaria a pisar nesse chão, sempre disse que jamais voltaria. Bom já aluguei um carro para nós, ficar pegando táxi é muito ruim e acaba saindo muito caro. Agora estou com as meninas almoçando em um restaurante beira-mar, e nossa como eu tô com fome viu.

— a gente vai direto para comunidade? — Eloisa perguntou

— Sim, consegui uma casinha lá e mandei darem uma reforma nela a um tempo atrás — ela concorda e volta a comer

— mãe? Vamos encontrar o papai? — olho pras meninas sem saber o que falar, é sempre muito difícil para mim falar sobre isso com a Gaby

— Não sei filha, mas imagino que não — vejo ela abaixar a cabeça, provavelmente triste

***
Complexo do alemão 📌

Aqui estou eu na frente do complexo do alemão onde eu disse que jamais voltaria, é uma sensação estranha estar aqui novamente.

— o que as patricinhas estão fazendo aqui? — um cara aleatório com uma ak 47 nos braços nos parou

Saio do carro e como sou uma pessoa super pacífica e odeio  briga, comecei: 

— patricinha é as putas que tu comes e nem faz cerimônia

— tá com muita ondinha você em — apontou a arma na minha cara

— abre logo essa porra — bato os braços nas laterais do corpo

— tô a fim de acabar com o esse seu rostinho lindo não. Então aquieta o cu — passou a mão no meu rosto.

Esse filho da puta já tá me enchendo o saco.

— vou te comer no soco

— tá achando mesmo que eu tô com medo? Haha eu não tenho medo de puta nenhuma não

Pow

Acho que ele morreu

Pow

Juro que não fui eu.

— que merda é essa aqui no meu morro? — quem eu menos esperava apareceu

— essa louca atirou no frajola — outro cara saiu das cinzas, dou risada do apelido

— tá me tirando? Como uma garota chega aqui e atira nele assim? Se um dia tiver invasão aqui eu tô ferrado, se uma paty deu um...

— Olha como tu fala comigo, sou tuas putinhas não

— tá pensando que é quem para me interromper? Em Caralho

— Não é da sua conta, imbecil

— Lívia? O quê? Como assim? O que está fazendo aqui? — meu irmão, Nathan, apareceu, corro até ele e o abraço

— Oi! gente! Eu não sou invisível! Eu também existo —  Eloisa fez seu drama, Nathan a abraçou também.

— Oi, Tio — Gaby falou um pouco tímida, ela não conhecia o tio, não até agora

— Tio? Como assim? Quem é ela? — me olhou desconfiado.

— Bom, essa é minha filha

— você conhece as paty? — falou aquele que não deve ser nomeado

— Meu querido, se ele não nos conhece-se, por que ele estaria falando conosco? — Eloisa falou

— é burrice — Sarah continuou

— acho bom vocês ficaram bem pianinho porque aqui quem manda sou eu!

— ah meu querido! Não mesmo! E outra, eu não perguntei nada para você, você pode até mandar nos seus paus mandados mais em mim não! — perco a paciência com ele

Ele se aproximou

— Cê tá se achando a fodona né?

—  Não amor, não estou me "achando a fodona" eu SOU a fodona — dou as costas para ele e entro no carro, as meninas entraram também — Agora deixa eu passar, comprei uma casa aí dentro! — sem recuar deixaram nos passar

Homens escrotos, odeio.

Depois da ApostaOnde histórias criam vida. Descubra agora